Название | As Lendas Da Deusa Mãe |
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Автор произведения | Pedro Ceinos Arcones |
Жанр | Социология |
Серия | |
Издательство | Социология |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788835413738 |
Jingpo
São em torno de 130.000 pessoas que vivem perto da fronteira birmanesa (na Birmânia são conhecidos como Kachin). Uma das suas cerimônias mais importantes é celebrada a cada três anos em homenagem a Deusa da Terra. O mito que traduzimos, A Deusa do Sol, mostra uma divindade feminina preocupada com a igualdade entre as pessoas.
Lisu
Um milhão de pessoas que vivem no sudeste da China (província de Yunnan) e em outros países do sudeste asiático. Cada um dos clãs em torno dos quais a sociedade Lisu está organizada traça sua origem através de um antepassado ancestral. Alguns dos mitos e rituais apresentam características de um tempo em que as mulheres eram mais importantes do que os homens. As divindades dos rios ainda são femininas entre esses clãs. O breve conto que traduzimos, Como os homens ficaram inteligentes, nos mostra o momento em que as mulheres perdem seu papel dominante.
Baima
Também conhecidos como Baima zangzu, (Tibetanos Baima), ou Tibetanos de Pingwu (distrito onde vivem), é um dos grupos étnicos ainda não reconhecido oficialmente na China. São em torno de 10.000 pessoas com uma cultura antiga que faz relação com os povos Di que viviam na zona rural, há séculos atrás. Alguns autores asseguram que o Reino das Mulheres que mencionam nas crônicas da dinastía Tang foram constituídos por Baima.
3. De idiomas Zhuang –Dong
Os povos da família Zhuang-Dong ainda guardam um papel importante para as divindades femininas. Contudo, há grandes diferenças entre os que vivem nas regiões meridionais, cuja cultura foi profundamente influenciada pelo budismo theravada, e os que vivem nas regiões setentrionais (sempre dentro de zonas tropicais ou subtropicais) que conservam melhor seu mundo espiritual, tendo recebido mais influências da cultura chinesa. São todos povos das terras baixas, dedicados ao cultivo do arroz, que vivem perto da água.
Dong
São quase três milhões de pessoas que vivem em uma faixa que se estende pelo sul da China, ocupando parte das províncias de Hunan, Guizhou e Guangxi. Criou-se um grande debate em torno da sua criação sobre a origem e o desenvolvimento do culto à Shatianba. A verdade é que, seja ela originária da remota antiguidade ou se sua aparição é mais recente, ela impregna todos os aspectos da vida espiritual dos Dong, como testemunham seus templos das aldeias e sua festa principal celebrada em sua homenagem. Sobre eles traduzimos o mito A criação pela deusa Shatianba.
Dai
São em torno de 1.200.000 pessoas na China, com várias ramificações bem diferentes. Os povos relacionados com eles formam a população majoritária no Laos e na Tailândia.
O budismo chegou às terras dos Dai há quase mil anos. Desde então, mudou-se todos os aspectos da sua vida e cultura. No entanto, ainda são encontrados vestígios da cultura anterior, como a presença entre eles de mulheres civilizadoras, dos quais traduzimos vários contos e especialmente a história da Deusa do Arroz, que ilustra a adaptação sincrética realizada pelas religiões tradicionais e o budismo. Sua festa mais importante é o Ano Novo Dai, que relembra as façanhas de um personagem feminino.
Shui
Os Shui são 400.000 pessoas que vivem na província de Guizhou no sul da China. Entre os Shui descobrimos que a sua história da criação é protagonizada pela deusa Yaxian, cuja história traduzimos nessa obra. Além dessa deusa, há diversas divindades femininas que se encarregam, especialmente, de proteger a saúde das mães e seus filhos, e as que são convocadas em caso de doença.
Zhuang
São mais de 17 milhões de pessoas que vivem principalmente na Região Autônoma Guangxi dos Zhuang. No seu cotidiano há vários vestígios de um culto no passado às deusas e de uma simbologia genital feminina, como vemos nas suas cerimônias em homenagem às cavernas. Seu poema de criação é Buluotuo, que mostra um deus masculino. Nos últimos anos, as pesquisas trouxeram à tona uma série de escrituras sagradas chamadas Mo, tanto entre os Zhuang quanto entre os Buyi, que a partir da história da criação de Miliujia, que traduzimos aqui, apresentam um rico mundo espiritual de culto à deusa.
Entre os Buyi, intimamente relacionados a eles, existe uma complexa mitologia em torno da deusa, em cuja honra se celebram algumas das cerimônias mais importantes.
4. De idiomas Miao Yao
Miao
Cerca de 7 milhões de pessoas que vivem no sul da China e nos países do sudeste asiático. Os chamados Miao na China incluem ao menos 4 povos bem diferentes, que são, segundo Lemoine21: Hmong, A Hmao, Mhu ou Hmu e Qho Xiong. A maioria dos estudos realizados depois da fundação da República Popular da China misturam esses diferentes grupos em uma única entidade Miao, o que não facilita no que diz respeito ao conhecimento da cultura de cada um deles. A maioria do povo Miao, especialmente os Hmong, desenvolveu padrões culturais que dão mais importância aos homens, uma vez o culto aos ancestrais é mantido pela linhagem masculina, e esse culto é básico para o renascimento dos antepassados e, portanto, para a correta ordem espiritual da família e da sociedade. Ainda assim, identificam-se em seus mitos e lendas tradicionais diversos vestígios de um tempo em que o papel da mulher era o mais importante.
Entre os Miao de Wenshan (na província de Yunnan), as divindades femininas desempenham um papel preponderante na criação. Entre os Chuang Miao identifica-se a figura do principal ancestral como a primeira mãe.
A mãe borboleta, como criadora da humanidade, desempenha um papel importante entre alguns grupos de Miao.
Yao
Os Yao são um grupo de povos que vivem nas regiões montanhosas do sul da China e dos países do Sudeste Asiático. Cerca de 2 milhões de pessoas linguisticamente relacionadas com os Miao (Hmong), também compartilham com eles uma origem misteriosa que nem a linguística nem a mitologia conseguiram desvendar até o momento. Acredita-se que são provenientes das margens do rio Yangtze, mas como dissemos, sua origem segue sujeita a intensa especulação.
Supõe-se que a maioria dos grupos Yao têm uma origem em comum, embora não se descarte que, alguns povos incluídos entre eles não estejam tão relacionados assim como se pensa. De fato, os Yao geralmente cultuam seu ancestral divino Pangu, um cachorro que comete uma série de atos heroicos para salvar o reino, pelo qual é recompensando com a mão da filha do rei, com quem da origem aos Yao. Somente os Bunu não têm em sua mitologia a história de Pangu. A criação do mundo, entre eles, é a obra de um personagem feminino: Miluotou. Os Bunu são cerca de 400.000 pessoas que vivem na província de Guangxi.
5. Povos turcos.
Os Uygures, o mais numeroso dos povos turcos da China, vivem há 15 séculos na Rota da Seda, o que os permitiu receber profundas influências religiosas e culturais dos povos da Ásia Central. Zoroastrismo, budismo, maniqueísmo e finalmente islamismo, são algumas das religiões que surgiram nas terras atualmente habitadas pelos Uygures. A Deusa do Céu cria o mundo, é o mito que traduzimos, que sugere que no passado a mulher pode ter desempenhado um papel mais elevado na sociedade.
6. Povos mongóis
Há certos relatos históricos que sugerem o culto às deusas entre os mongóis. A importância que tem entre eles as udugan ou xamãs femininas (literalmente criadoras), faz pensar o mesmo. O mito de Maider cria o céu e a terra dos mongóis Oiratos é uma prova desses cultos antigos. A bondade da deusa também serve para ter uma ideia do importante papel que desempenhavam as deusas nas suas lendas antigas.
7. Povos Man Tungus
São povos que vivem nas florestas no sul da Sibéria e no norte da China. Eles possuem grandes semelhanças culturais, mesmo depois