Название | O Escritor (Português Do Brasil) |
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Автор произведения | Danilo Clementoni |
Жанр | Героическая фантастика |
Серия | |
Издательство | Героическая фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788835408147 |
Planeta Kerion - A trágica descoberta
— O contêiner (|) acabou de sair do túnel de intercomunicação — anunciou o pequeno Keriano encarregado da coordenação de manobras. — Vai chegar no ponto de ancoragem em 0.1 cens.
— Quero que o tragam aqui imediatamente para verificar o conteúdo e analisar os dados armazenados — o Supervisor RTY ordenou ao seu subordinado.
O estranho objeto ovalado, vindo de quase sessenta e cinco anos-luz, fora interceptado por uma espécie de campo de contenção que o apanhou na órbita do planeta e rapidamente o arrastou na direção da grande abertura da estrutura enorme e completamente metálica que se estendia por cerca de duzentos quilômetros quadrados ao longo da linha equatorial de Kerion.
— Contêiner (|) quase em posição — disse o coordenador.
— Se apresse e traga para cá! — gritou RTY. — É estritamente necessário descobrir o que aconteceu em /\.
Assim que o invólucro chegou ao ponto de ancoragem, foi imediatamente levado sob a guarda de dois Kerianos com figuras definitivamente incomuns. Um era bastante semelhante a uma espécie de carroceria sem rodas, enquanto o outro se assemelhava mais a um caranguejo gigante com seis patas. O caranguejo pegou delicadamente o contêiner e o depositou dentro da carroceria Keriana, que depois de receber a confirmação de que fora carregada com sucesso, sem nenhum som, partiu numa velocidade inacreditável em direção aos laboratórios.
— Contêiner (|) chegou! — exclamou o coordenador. — Time de inspeção, conduza uma análise completa do conteúdo.
Quatro Kerianos, também com figuras meio bizarras, correram para o objeto, e depois de mergulhá-lo em uma pequena área de ancoragem contendo uma solução à base de amônia, começaram a verificá-lo internamente. Apenas alguns minutos se passaram quando o menor dos quatro Kerianos anunciou: — Novecentos e noventa almas presentes, todas em perfeitas condições. Estou enviando o registro de eventos gravados pela cápsula para o sistema central.
— No monitor — ordenou RTY imperativamente.
As imagens mostravam a superfície da Lua rapidamente se afastando, enquanto um grande objeto perfeitamente esférico se aproximava da área do laboratório subterrâneo /\. Depois de alguns instantes, um clarão ofuscante quase saturou a filmagem e logo depois, não havia nada. A área inteira estava como se tivesse sido atingida por um martelo gigante. As imagens somente mostravam uma enorme área plana de solo lunar, incrivelmente lisa e polida. A gravação continuou por alguns instantes, mostrando o satélite se afastando gradualmente, depois foi interrompida.
— O laboratório! — exclamou RTY, estupefato. — Foi totalmente destruído.
— Não sobrou nada — comentou o coordenador amargamente. — A gravação terminou.
— Isso foi um ataque descarado e intencional à nossa base. Eu sabia que não devíamos ter confiado naquela espécie alienígena.
— Acha que essa arma esférica foi construída por eles?
— Só existem dois planetas habitados nesse sistema solar, e existem seres dessa espécie em ambos. Não devíamos ter estabelecido a nossa base lá.
— É uma tragédia abominável — disse o coordenador Keriano, lamentando. — Havia quase dez milhões de almas no laboratório, prontas para serem transferidas. Somente as novecentos e noventa que conseguiram escapar do desastre na cápsula (|) foram salvas.
— Ainda não posso acreditar — exclamou RTY, atônito. — Devemos notificar o Supremo TYK imediatamente.
Tell-el-Mukayyar – A gravação
Enquanto isso, Petri e seus três amigos entraram na tenda laboratório da Doutora Hunter.
— Agora estou realmente curioso — disse Azakis, agitado. — Quero saber o que não funcionou no seu sistema de engancho.
— Não, caro amigo. Verá que as coisas são um pouco diferentes — respondeu Petri, enquanto projetava um holograma tridimensional, a cerca de meio metro do chão.
— Essa coisa que você faz sempre me impressiona — exclamou Jack ao observar as imagens que estavam se formando no meio da tenda.
— Agora vou retroceder um pouco — disse Petri, enquanto se ocupava com um estranho instrumento e as cenas eram reproduzidas ao contrário. — Este é o momento em que levamos o General Campbell, o Senador Preston e aqueles dois personagens esquisitos que nos atacaram quando estávamos tentando recuperar a carga, na Área 51.
— Sim, ok. Lembro-me bem disso — comentou Azakis.
— Agora vou te mostrar uma coisa — e o holograma mostrou o sujeito obeso se aproximando de Azakis agressivamente, então lhe dando um leve empurrão com o ombro.
— Ele pensou que podia me assustar — disse o capitão alienígena. — Não me fez mexer nem um milímetro. Mas o que isso tem a ver com a perda do controle remoto?
— Espere um instante. Só me deixe ampliar este detalhe... O que está vendo é a mão do sujeito gordo enquanto, com muita destreza, ele puxa o dispositivo do seu cinto.
— Inacreditável — exclamou o Coronel. — Uma manobra digna dos melhores trombadinhas que espreitam pelo submundo.
— Com o pretexto de lhe dar um empurrão, ele aproveitou a chance de roubar seu controle remoto — acrescentou Elisa. — É uma velha técnica que ladrões de lojas passam de geração a geração.
— Ele roubou de mim? — perguntou Azakis, atônito.
— Exatamente, meu velho — confirmou Petri.
— E como diabos ele reativou e executou o comando de autodestruição? Você o desativou completamente, se não estou enganado?
— Sim, Zak. O dispositivo foi desativado. Provavelmente depois que foram soltos, ele e o comparsa devem ter feito uma busca nas informações incontáveis que deixamos para os terráqueos e encontraram uma maneira de driblar o sistema de bloqueio.
— Aqueles dois destruíram a nossa espaçonave e nos impediram de voltar para casa — Azakis deixou escapar, mais furioso do que jamais estivera. — Quando botar minhas mãos neles, vou fazer com que se arrependam de terem nascido, juro.
— Acalme-se, meu amigo. Já está feito. Não podemos fazer mais nada. Antes disso, o que devemos fazer é rastrear esses dois canalhas e recuperar o que roubaram de nós antes que também descubram outras funções.
— Por quê, o que mais faz? — perguntou Elisa intrigada.
— Não faz diferença, por enquanto. É melhor que você não saiba.
— Caramba, tantos segredos — respondeu a doutora, um pouco chateada.
— Com certeza, se conseguiram descobrir como ativar a autodestruição, também poderão descobrir o resto — disse Azakis, preocupado.
— Mas vocês não deveriam estar pensando em uma maneira de voltar para casa primeiro? — perguntou o Coronel. — Isso não me parece um problema tão urgente.
— Está certo, Jack, mas essa coisa pode ser bem perigosa nas mãos erradas.
— E essas são definitivamente as mãos erradas — acrescentou Elisa.
— Mas deve haver exatamente uma forma — disse Petri, quase sussurrando.
— Bem? Fale. Terei de ficar de joelhos e te implorar? — exclamou Azakis, irritado.
— Esse dispositivo é equipado com um sistema especial de alimentação elétrica. Se ainda estivéssemos na Theos, eu poderia fabricar um dispositivo que seria capaz de identificar os rastros de emissões que