De Volta À Terra. Danilo Clementoni

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Название De Volta À Terra
Автор произведения Danilo Clementoni
Жанр Научная фантастика
Серия
Издательство Научная фантастика
Год выпуска 0
isbn 9788835400417



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a mão direita para o colega.

      — Ok, aceito — exclamou o outro, apertando a mão grande.

      O objeto que se materializou diante dos dois companheiros atônitos definitivamente não era nada que a natureza, apesar de sua imaginação infinita, pudesse ter criado de forma independente. Parecia uma espécie de flor metálica com três pétalas longas, sem haste, e um pistilo central levemente cônico. O lado de trás do pistilo tinha a forma de um prisma hexagonal, com a superfície da base ligeiramente maior que a do cone no lado oposto, e que servia como suporte para a estrutura inteira. As pétalas retangulares se ramificavam dos três lados equidistantes do hexágono, medindo pelo menos quatro vezes mais do que a base.

      — Parece um velho tipo de moinho de vento, como aqueles que eram usados séculos atrás, nos grandes prados do leste — disse Petri, sem tirar os olhos do objeto nem por um segundo, à mostra na grande tela.

      Azakis sentiu um arrepio nas costas, ao se lembrar de alguns protótipos antigos que os Anciãos sugeriram para ele estudar antes da partida.

      — É uma sonda espacial — concluiu Azakis. — vi alguns assim, com design parecido nos velhos arquivos da Rede — disse, enquanto se apressava em encontrar, por meio do N^COM, mais informações sobre o assunto.

      — Uma sonda espacial? — Petri disse, e se virou com ar assustado para seu companheiro. — e quando foi lançada?

      — Não acho que seja uma das nossas.

      — Não é nossa? O que quer dizer, meu amigo?

      — Quero dizer que não foi construída nem lançada por nenhum dos habitantes do nosso planeta Nibiru.

      A expressão no rosto de Petri estava ficando cada vez mais desnorteada. — Como assim? Não me diga que você acredita naquela estupidez sobre alienígenas também?

      — O que eu sei é que nada desse tipo jamais fora construído no nosso planeta. Verifiquei todo o arquivo da Rede e não há nenhuma correspondência com o objeto que vemos. Nem mesmo nos projetos nunca realizados.

      — Não é possível! — disse Petri. — o seu N^COM deve estar fora de fase. Verifique de novo.

      — Sinto muito, Petri. Já verifiquei duas vezes e tenho certeza de que essa coisa não é nossa.

      O sistema de visualização de curto alcance gerou uma imagem tridimensional do objeto, recriando meticulosamente seus mínimos detalhes. O holograma flutuava suavemente no meio da sala de controle, suspenso a meio metro do solo.

      Petri, com um movimento da sua mão direita, começou a fazê-lo girar lentamente, examinando cuidadosamente cada detalhe.

      — Parece ser feito de uma liga de metal leve — disse Petri, em um tom mais técnico, comparado ao de espanto que inicialmente o arrebatou. — os motores devem ser alimentados por essas três pétalas, que parecem estar cobertas com um tipo de material sensível à luz solar — ele havia finalmente começado a mexer nos comandos do sistema. — o pistilo deve ser uma espécie de antena transceptora e o prisma hexagonal é definitivamente o "cérebro" dessa coisa.

      Petri estava movendo o holograma cada vez mais rápido, inclinando-o em todas as direções. De repente parou e disse: — Olhe aqui. Na sua opinião, o que é isso? — perguntou, no momento em que ampliava os detalhes.

      Azakis se aproximou o máximo possível. — Parecem símbolos.

      — Eu diria dois símbolos — corrigiu Petri — ou melhor, um desenho e quatro símbolos próximos.

      Azakis ainda estava procurando ativamente, no N^COM, algo na Rede. Mas não havia absolutamente nada que correspondesse ao objeto à sua frente.

      O desenho representava um retângulo, composto por quinze listras horizontais vermelhas e brancas. No canto superior esquerdo, havia um outro retângulo azul, contendo cinquenta estrelas brancas de cinco pontas. À sua direita, estavam quatro símbolos:

      JUNO

      — Parece uma espécie de escrita — opinou Azakis. — Talvez os símbolos representem o nome de quem criou a sonda.

      — Ou talvez seja o seu nome — rebateu Petri. — a sonda se chama “JUNO" e o símbolo dos criadores é aquela espécie de retângulo colorido.

      — Seja o que for, não foi feita por nós — afirmou Azakis. — Você acha que poderia ter alguma forma de vida nela?

      — Acho que não. Pelo menos, não de nosso conhecimento. O espaço da cápsula posterior, que é o único lugar onde poderia haver qualquer coisa, é muito pequeno para manter um ser vivo.

      Enquanto falava, Petri já havia começado a digitalizar a sonda, procurando qualquer sinal de vida dentro. Após alguns momentos, uma série de símbolos apareceu na tela e ele rapidamente os traduziu para o companheiro.

      — De acordo com os nossos sensores, não há nada “vivo” ali. Nem parece ter armas de qualquer tipo. Em uma primeira análise, eu diria que essa coisa é uma espécie de nave de reconhecimento de exploração do sistema solar, em busca do quê, não sabemos.

      — Pode ser — disse Azakis, — mas a pergunta que devemos nos fazer é: enviada por quem?

      — Bem — supôs Petri — se excluirmos a presença dos misteriosos alienígenas, eu diria que os únicos capazes de fazer tal coisa só poderiam ser seus velhos amigos terráqueos.

      — O que você está dizendo? A última vez quando os deixamos, mal conseguiam montar um cavalo. Como podem ter atingido um nível de conhecimento como esse em tão pouco tempo? Enviar uma sonda pelo espaço não é uma piada.

      — Pouco tempo? — contestou Petri, olhando-o diretamente nos olhos. — não esqueça que, para eles, já se passaram quase 3.600 anos. Considerando que a vida média era de no máximo cinquenta ou sessenta anos, quer dizer que se passaram pelo menos sessenta gerações. Talvez eles se tornaram muito mais inteligentes do que pensamos.

      — E talvez seja por isso — acrescentou Azakis, tentando completar o raciocínio do seu amigo — que os Anciãos estavam tão preocupados com esta missão. Eles haviam previsto isso, ou pelo menos, consideraram essa possibilidade.

      — Bem, eles poderiam ter mencionado algo para nós. A visão dessa coisa quase me deu um treco.

      — Ainda estamos no nível de conjecturas — disse Azakis, esfregando o polegar e o indicador no queixo — mas parece fazer sentido. Vou tentar entrar em contato com os Anciãos e arrancar um pouco mais de informações, se eles tiverem. Você, por sua vez, tente descobrir mais sobre essa coisa. Analise sua rota atual, velocidade, massa, etc. e tente fazer uma previsão sobre o seu destino, quando partiu e quaisquer dados armazenados. Quero saber o máximo possível do que nos espera lá.

      — Ok, Zak — disse Petri, enquanto hologramas coloridos com uma infinidade de números e fórmulas flutuavam no ar à sua volta.

      — Ah, e não se esqueça de analisar a parte que você identificou como uma antena. Se for real, é capaz de transmitir e receber. Eu não gostaria que o nosso encontro já tivesse sido comunicado para seja quem for que mandou essa sonda.

      Dito isto, Azakis caminhou rapidamente em direção à cabine do H^COM, a única, em toda a nave, equipada para comunicações de longa distância, e estava entre as portas dezoito e dezenove dos módulos de transferência interna. A porta se abriu com um leve chiado e Azakis entrou na cabine estreita.

      Por que será que a fizeram tão pequena, me pergunto… Pensou ao tentar instalar-se sobre o assento, esse também decididamente minúsculo, que abaixava automaticamente. Talvez queriam que fosse usado o mínimo possível…

      Quando a porta se fechou atrás dele, ele começou a executar uma série de comandos no console à sua frente. Precisou esperar vários segundos para o sinal estabilizar. De repente,