Название | Malícia de Mulher |
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Автор произведения | Barbara Cartland |
Жанр | Языкознание |
Серия | A Eterna Colecao de Barbara Cartland |
Издательство | Языкознание |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781788673563 |
O cabelo de Lucretia era negro, emoldurando o rosto oval, muito bonito, com um nariz pequeno e uma boca doce e carnuda. Mesmo assim, ela olhava para o espelho, aflita, pensando na preferência do Marquês por mulheres sofisticadas como a Duquesa de Devonshire e Lady Hester Standish.
Era compreensível que, vivendo ao lado de Merlyncourt, tivesse ouvido todos os mexericos sobre o mais falado, bonito e disputado jovem da alta sociedade. E agora sabia, instintivamente, quase inconscientemente, que sempre havia suspeitado das maquinações do pai.
Lembrava de ter sentido uma enorme curiosidade sobre o Marquês, desde o primeiro momento em que pisou em Dower House e viu os telhados de Merlyncourt despontando através das árvores.
Tinha ido sozinha muitas vezes para o bosque que ficava atrás da casa, onde, de seu posto de «vigia», como chamava, podia ver Merlyncourt em todo seu esplendor. Toda aquela beleza a deixava encantada e sentia que, de uma maneira qualquer que não sabia definir, iria significar muito em sua vida.
O Marquês tinha saído de casa para se alistar em seu regimento, o que não impedia as pessoas de pararem de falar dele. Os empregados da casa, os trabalhadores do campo, todos comentavam o jovem patrão, até que, com a morte do pai, passaram a tratá-lo apenas por patrão.
Lucretia tinha ouvido contar suas travessuras quando criança, suas escapadas de adolescente e seus casos de amor. Como era muito curiosa, incentivava sempre os mexeriqueiros para lhe contarem mais. Soube que a Sra. Munns, a governanta de Merlyncourt, estava praticamente inválida com reumatismo e conseguiu que a mãe lhe desse autorização para levar lá algumas ervas especiais.
Depois que Lady Mary morreu, a Sra. Munns achou que era uma obra de caridade deixar que a órfã viesse frequentemente conversar em Merlyncourt. Nunca saberia as vezes sem conta que Lucretia tinha inventado uma desculpa qualquer para ir lá pedir-lhe conselhos, e assim poder conversar sobre o Marquês e saber as últimas novidades sobre ele.
Havia também outras pessoas que serviam de fonte de informação.
Alguns jovens tinham-se encontrado com ele em Londres, e faziam comentários velados sobre seus casos de amor. Lucretia ficou sabendo que Lady Hester Standish andava atrás do Marquês, praticamente ao mesmo tempo que ele. Assim que se tornaram amantes, a notícia se espalhou rapidamente pelo condado.
Lady Hester era há muito tempo assunto de críticas e desaprovações. Mas ninguém questionava sua beleza.
—A criatura mais adorável que os meus olhos jamais viram!— Lucretia tinha ouvido o Conde de Munster comentar um dia, ao almoço.
—Seu comportamento é uma vergonha— rebateu a Condessa, imediatamente.
—O que você esperava, com todos os homens de St. James correndo atrás dela e a adulando?
A esposa torceu o nariz, e ele continuou:
—Mesmo na minha idade, não consigo deixar de invejar o jovem Merlyn!
—Francamente, Robert, falar assim em frente das meninas!
—Desculpe, minha cara, desculpe!
Lucretia tinha presenciado tudo com os olhos baixos, mas agora, olhando-se no espelho, constatava que era exatamente o oposto da tão falada Lady Hester.
Como é que iria competir com o louro platinado e a alva perfeição da maioria das beldades inglesas, se seus cabelos eram negros e seus olhos tinham a escuridão de uma tempestade?
—Não terei a menor chance— murmurou, desanimada.
De repente, orgulho e determinação fizeram com que levantasse o queixo e resolvesse não desistir facilmente. Não ia sucumbir sem luta.
Foi até a janela. Ao longe, podia ver as chaminés de Merlyncourt por cima das árvores.
Ele estava lá! Tinha voltado para casa e, se seu pai tinha razão, viria pedir sua mão em casamento!
«Tenho que conquistá-lo!», disse a si mesma. «Posso não ser o tipo de beleza que ele gosta, posso não ser sofisticada, mas tenho uma coisa que talvez falte a todas as outras: inteligência!»
Afastou-se da janela e tocou a campainha, chamando a criada.
—Ponha na mala meia dúzia de vestidos. Não preciso de muitos, porque vou fazer compras; só o suficiente para os primeiros dias que estiver em Londres. Vamos embora já! Imediatamente!
—Agora, senhorita? Mas eu preciso de um certo tempo!
—Não há tempo para discussões. Peça a alguém que a ajude e vá fazer suas malas. Vamos para Londres, Rose, e será uma viagem muito importante! Talvez, a mais importante que já fiz.
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