Cian. Charley Brindley

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Название Cian
Автор произведения Charley Brindley
Жанр Приключения: прочее
Серия
Издательство Приключения: прочее
Год выпуска 0
isbn 9788835410249



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que você vai querer perguntar a Cian sobre isso primeiro – disse Kaitlin.

      Capítulo Sete

      Quando acordei depois da meia-noite para puxar o cobertor sobre Cian, ela havia partido.

      Eu queria ir encontrá-la, mas nunca conseguiria, a menos que ela quisesse ser encontrada. Ela poderia estar em uma das árvores, olhando para mim naquele momento, voltando à sua aldeia ou em milhares de outros lugares na floresta escura. Talvez ela tenha tomado sua decisão e me deixado para sempre, esse pensamento me deixou arrasado, desamparado.

      Eu cutuquei o fogo e olhei em volta procurando lenha, a bolsa de Cian estava ao lado da minha. Foi um alívio ver arco e as flechas ao lado do nosso equipamento, ela não deixaria aqueles para trás. Acendi o fogo e esperei.

      Hero acordou com o som das chamas crepitando, quando me sentei com o cobertor puxado sobre meus ombros caídos ele se aproximou e ficou ao lado da fogueira, olhando para mim. O seu hábito de soprar uma lufada de ar pelo focinho era incrivelmente irritante. Ele bufou para mim e saiu trotando para a floresta. Que cachorro.

      Ele voltou cerca de vinte minutos depois, seguido por Cian, ela estava completamente molhada.

      – O que aconteceu? Eu perguntei, colocando o cobertor em volta dela.

      Hero foi até Rachel e deitou-se ao lado da garota adormecida.

      –Estou onde a corrente de água desce sobre o topo rochoso – disse Cian – como você diz isso?

      Ela tirou a saia molhada e me entregou, coloquei-a sobre minha mochila perto do fogo para secar.

      –Cachoeira?

      –Sim, eu estava naquela cachoeira quando o cachorrinho Hero chegou ao lado das águas e me deu uma lambida feliz.

      – Por que você estava na cachoeira?

      Esfreguei o cobertor macio sobre seus ombros e braços, depois a virei em direção ao fogo para secar as costas.

      – Gostar água pulando em mim, jogar todas as coisas feridas.

      A combinação de yanomami e português de Cian não era tão clara, mas o uso de sinais de mão me ajudava a entender, às vezes, seu corpo me dizia tudo que eu precisava saber. Eu quase podia ver as águas frias caindo sobre ela e acalmando as dolorosas lembranças.

      Eu a virei para mim, envolvi o cobertor em seu corpo e a abracei, ela deitou a cabeça no meu peito.

      – Cian – eu disse depois de um momento.

      Ela olhou para mim.

      – Quando você foi buscar água antes do jantar, levou os ratos com você.

      Ela fez que sim com a cabeça.

      – Mas quando voltou, o saco estava vazio.

      – Eles se foram agora.

      – Para onde?

      – Eu os libertei, eles correm para as árvores, nunca olham para trás.

      – Ótimo.

      – Saxon – disse ela, pegando um canto do cobertor para secar os cabelos – Quantas noites e dias leva para atravessar a água grande que Kaitlin fala, para ir à sua tribo?

      – Minha tribo?

      Ela fez que sim com a cabeça.

      – Ah – exclamei – o Encontro Cigano.

      Não sou cigano, pelo menos não de sangue, mas suponho que estejam tão perto de ser minha tribo quanto qualquer outra pessoa.

      – É uma jornada de mais de quatro semanas a partir daqui.

      – Semanas?

      – Quase trinta dias – eu disse.

      Ela soltou o cobertor, que escorregou das minhas mãos e caiu no chão. Olhei para minha irmã e sobrinha, elas ainda estavam dormindo.

      – Mostre-me os dedos – disse ela, pegando minha mão.

      Contei meus dez dedos para ela, depois seus dez dedos, depois os meus novamente.

      – Até aqui?

      Eu assenti.

      – Você sair perto agora?

      – Sim – eu disse.

      – Aquele lugar que você vai, é casa de árvores como este também?

      –Está nas montanhas dos Pirineus e, sim, provavelmente na floresta.

      – O que são montanhas dos Pirineus?

      – Muitas grandes colinas – eu disse usando minhas mãos para ajudar a explicar.

      – Tem boa caça lá, certo?

      – Talvez.

      – Você volta para a Amazônia algum dia?

      – Eu não sei

      Ela olhou para mim por um longo momento e então sua expressão mudou. Seu rosto ainda tinha aquela aparência doce e aberta de quem está apaixonado e quer que seu amante o conheça, mas também via algo que não estava presente antes. Era como se ela tivesse tomado uma decisão, e seus olhos assumiram um olhar determinado.

      Ela pegou sua saia quente e enrolou-a em torno de si, dobrando a borda ao longo de sua cintura para segurá-la no lugar, então levantou meu braço esquerdo até que ele se estendeu, paralelo ao chão. Ela encarou o fogo e olhou novamente para mim, deixei cair minha mão para colocá-la em seu quadril.

      – Não – ela disse – devolva a mão para onde estava no ar.

      Eu fiz o que ela disse, então ela estendeu o braço esquerdo para combinar com o meu, as pontas dos seus dedos alcançaram meu pulso.

      – Hmm – disse ela – uma mão mais longa que o meu.

      – Por que você está medindo meu braço?

      Ela pegou minha mão, colocando-a nas costas dela

      – Cian faz Saxon curvar e aguçar as mãos dele para poder caçar naquele outro lugar da floresta, atravessando água grande.

      Talvez ela não pudesse falar minha língua tão bem, mas eu a entendia perfeitamente.

* * * * * *

      Dez dias depois, eu estava no convés, final da tarde, fumando meu cachimbo e assistindo o Atlântico. Embarcamos no Borboleta Nova, pelo porto do Rio de Janeiro. O borboleta era um antigo cargueiro de 480 pés e bandeira portuguesa. Minha irmã e eu fomos contratados juntos e conseguimos passagem para Lisboa, eu servia como marinheiro e Kaitlin trabalhava na cozinha com outra mulher que veio do Egito. O nome copta dela era, para nós, impronunciável, por isso a chamávamos Cleópatra.

      O trabalho a bordo serviu para nós dois, e foi satisfatório para nossos bolsos, assim como para nossas almas. Construir nosso caminho através do oceano, exatamente como havíamos feito juntos muitas vezes antes, tanto a leste quanto a oeste.

      Este era o nosso segundo dia fora do Rio, e meu turno havia acabado de terminar. Era bom estar no mar novamente. Uma longa jornada no oceano elimina o pó das regalias continentais. Preocupações que me inundavam apenas uma semana antes, agora pareciam triviais em comparação com a vastidão das águas profundas que nos cercavam.

      Despertei de meus devaneios por alguém se aproximar ás minhas costas, logo reconheci quem era pelo som dos passos no convés.

      Capítulo Oito

      – Olá, Dortworthy – eu disse sem me virar.

      Com aquelas botas de caubói, ele não seria capaz de ser nem um pouco discreto.

      –Boa noite, Sr. Saxon, tentei não o incomodar, era evidente que estava em profunda concentração.

      Então por que não seguiu outro caminho?

      Por alguma estranha razão, Dortworthy considerou