Voltas No Tempo. Guido Pagliarino

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Название Voltas No Tempo
Автор произведения Guido Pagliarino
Жанр Научная фантастика
Серия
Издательство Научная фантастика
Год выпуска 0
isbn 9788893987080



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cientistas pertenciam às disciplinas de medicina, ciências naturais, físicas e matemáticas da Academia Real da Itália, além do Presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, o conde e senador Luigi Cozza, que havia sido contratado no Gabinete como uma referência organizacional e membro de ligação com o Governo.

      Em primeiro lugar, tratava-se de uma questão de compreender o funcionamento da aeronave estrangeira, a fim de ser capaz de construir não só semelhantes, mas, com sorte, melhores, mantendo assim na Itália, "de modo formidável", nas palavras do Duce, o primado técnico aviatório, que, naqueles anos, tinha sido reconhecido no mundo e, com ele, a supremacia militar concreta no ar e a sujeição psicológica à Itália de todos os potenciais inimigos. O programa comportava a concentração das pesquisas, o mais rapidamente possível, num centro dotado de instalações de ponta, que havia sido denominado, prontamente, de Instituto Central Aeronáutico e que se pretendia criar fora de Roma, mas não longe da sede universitária do PE/33; foi logo identificado o lugar, o campo de aviação Barbieri em Montecelio, onde as instalações teriam surgido entre 1933 e 1935 e em torno do qual seria construída a nova cidade de Guidonia.

      Como aparecia a partir do segundo segmento do filme restaurado, nudistas alienígenas eram pessoas semelhantes a humanos, além de alguns consideráveis características:

      Tinham um rosto semelhante ao focinho de coalas terrestres, mas desprovidos de pelagem, e quatro dedos em cada mão como, por sua vez, quatro eram os dos esqueletos humanoides encontrados, e, por esta razão, a aritmética dessa espécie inteligente, como se deduziu das folhas com cálculos e como tinha sido possível verificar, após o decifração dos símbolos, graças às contagens da Dra. Raimonda Traversi, de 28 anos, matemática e estatística brilhante da equipe, era baseada em oito25: os antepassados desses coalas antropomórficos deve ter começado a fazer contas, no passado distante, em seus oito dedos, enquanto os humanos tinham começado a computar em seus dez, criando, diferentemente, uma aritmética decimal; outra diferença notável era uma bolsa marsupial na barriga das fêmeas: "espécies de mamíferos marsupiais placentários", decretou, com absoluta obviedade, o Major Dr. Aldo Gorgo, de 50 anos, magro e desengonçado, cirurgião militar de bordo e biólogo coordenador do grupo de ciência astrobiológica.

      Todos os achados mostravam que, no momento de seu desaparecimento, a civilização do planeta 2A Centauri26 tinha se encontrado na mesma situação científico-tecnológica que a Terra na primeira metade do século XX; no entanto, em uma primeira datação aproximativa dos vários artefatos e dos esqueletos, verificou-se que eles se encaixavam em uma idade contemporânea as anos terrestres entre 1650 e 1750 de modo que a civilização alienígena, no momento da sua extinção, tinha precedido de mais de dois séculos a do nosso planeta: de volta para casa, a datação teria sido repetida com instrumentos muito mais sofisticados do que aquele portátil fornecido para a cronoastronave 22, mas o resultado provavelmente não teria mudado muito.

      Havia um grande desejo entre os cientistas de descobrirem a causa do desaparecimento dessa raça inteligente. Em primeiro lugar, a gravação no disco de som recuperado poderia ter dado uma resposta, após a limpeza sonora e um trabalho de interpretação, não fácil, não obstante a ajuda dos robôs tradutores; e dois documentos de papel encontrados na mesma sala também poderiam ter beneficiado; mas este estudo e outros só podiam ter ocorrido depois de regressarem à Terra, na Universidade La Sapienza de Roma, em nome da qual a missão científica saltou para aquele planeta distante; e no momento da repatriação, tendo quase já passado o período, correspondente a um máximo de três meses terrestres a partir do momento da partida, pelo qual foi obrigado a retornar por uma lei do Parlamento dos Estados Confederados da Europa, a Lei do Cronocosmo.

      No final do jantar, a Comandante, a Major engenheira Margherita Ferraris, tinha comunicado sem preâmbulos aos oficiais e cientistas fora de serviço, todos sentados com ela em torno da grande mesa da cantina e reuniões: "Senhores, em breve vamos voltar para casa": Margherita era uma mulher esbelta, de 37 anos, solteira, de 1 metro e 85 cm, de altura, de cabelos negros e com um rosto cheio e gracioso: uma pessoa determinada e uma oficial absolutamente brilhante; graduou-se com as mais altas notas, uma dúzia de anos antes, em Engenharia Espacial na Universidade Politécnica de Turim e, tendo sido admitida por concurso, durante os últimos dois anos, também para a Academia Cronoastronáutica Europeia, coligada àquele e a outros politécnicos do continente, ela obteve o posto de tenente do Corpo junto com seu diploma; tenho iniciado no serviço, primeiramente foi designada como segundo oficial em um navio cronoastronáutico que carregava o número 9, quer dizer, o nono em ordem de construção, e anos mais tarde ela tinha ascendido a subcomandante do mesmo charuto com o posto de Capitão: ela tinha tido uma experiência completa, pois o navio 9 tinha sido engajado inicialmente em missões espaciais e, nos últimos anos, em viagens ao passado da Terra; Margherita tinha sido promovida recentemente a Major e tinha comandado a novíssima nave 22.

      "Estou ansioso para ouvir o disco sonoro, logo que o tenhamos acomodado no nosso laboratório em Roma", disse aos comensais o professor Valerio Faro, diretor junto ao La Sapienza do Instituto de História das Culturas e das Doutrinas Econômicas e Sociais, um solteirão de 40 anos, de cabelos castanhos, de quase dois metros de altura e de físico robusto.

      "Sim, eu estou ansiosa também", repetiu a Dr. Anna Mancuso, uma pesquisadora de História e colaboradora de Faro, uma siciliana de 30 anos com belo traços e grandes olhos verdes, loira, porque era descendente distante dos ocupantes normandos de sua ilha, bela apesar da estatura não tão alta, de apenas 1 metro e 74 cm, em comparação com a média feminina europeia de 1m e 80cm.

      "Eu também tenho grande curiosidade sobre isso", disse o antropólogo Dr. Jan Kubrich, um professor associado de 45 anos de idade da Universidade La Sapienza, um loiríssimo gorduchinho de 1 metro e 85 cm de altura, estatura média para o padrão masculino daquele tempo, homem cientificamente rigoroso, mas, infelizmente, apaixonado pela vodca Lime a ponto de comprometer a sua própria saúde.

      Seguiu-se Elio Pratt, um professor associado de Astrobiologia em La Sapienza, de 40 anos, especializado em flora e fauna aquáticas, além de um excelente mergulhador que se distinguiu em competições de mergulho nos mares terrestres: "Eu já tive muitos resultados nas espécies que eu recolhi em dois navios, mas certamente, uma vez em Roma, eu poderei aprofundar-me muito mais.

      "Seguirei seu trabalho com grande interesse e acredito que poderei ser-lhe útil nas traduções", disse a matemática e estatística Raimonda Traversi.

      O coordenador do grupo astrobiológico Dr. Aldo Gorgo não tinha, entretanto, falado: sendo ele o médico militar de bordo e não um docente ou pesquisador universitário, simplesmente continuaria seu serviço na nave, deixando a continuação da investigação a cargo dos outros estudiosos.

      Menos de uma hora depois, no tempo terrestre, a nave 22 tinha deixado a órbita do planeta indo para o espaço profundo para efetuar, a partir da distância de segurança regulamentar, o salto cronoespacial rumo à Terra: como já na chegada antes de entrar em órbita, a 2A Centauri tinha-se apresentado à cronoastronáutica em sua totalidade, coberta com gelo nas áreas ártica e antártica, ambas sem terra abaixo, e com dois continentes, ambos na área boreal, cada um com dimensões pouco menores do que a Austrália, divididos por um estreito braço do mar, enquanto o outro lado do globo estava coberto inteiramente por um oceano.

      Às 10 horas e 22 minutos, hora de Roma, de 10 de agosto de 2133, a cronoespaçonave 22 tinha entrado em órbita ao redor do nosso mundo. Na Terra, eram transcorridas pouco mais de dezoito horas desde quando, às 16 horas e 20 minutos de 9 de agosto, a expedição científica tinha embarcado com destino ao segundo planeta da estrela Alpha Centauri A: foi graças ao dispositivo Cronos do charuto que na Terra não tinha passado nem mesmo um dia, mesmo que a expedição tenha permanecido por muito tempo naquele mundo alienígena. A fadiga que pesava sobre todos, porém, era o dos meses de trabalho suportados.

      Os cientistas e a parte da tripulação que tinha gozado da primeira rodada de franquia estavam ansiosos para relaxar, tanto aqueles que não tinham família em um feriado tranquilo,