Uma Canção Para Órfãs . Морган Райс

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Название Uma Canção Para Órfãs
Автор произведения Морган Райс
Жанр Героическая фантастика
Серия Um Trono para Irmãs
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9781640298569



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no jantar. Para não denunciar o que sentiu ao ver aquele rosto, ou com a novidade de que Sebastian planeava casar-se com ela.

      O facto do seu filho mais novo se ter ido embora atrás dela tornava as coisas mais complicadas. Normalmente, Sebastian era o estável, o inteligente, o obediente. De muitas maneiras, ele seria um rei melhor do que o seu irmão, mas não era assim que essas coisas funcionavam. Não, o papel dele era viver a sua vida tranquilamente, fazendo o que lhe mandavam, não fugindo, fazendo o que desejava.

      "Eu também tenho outra coisa para tu fazeres" disse a Viúva. Ela começou a andar fazendo um circuito lento pelo jardim, forçando Rupert a segui-la da mesma maneira que um cão seguia atrás do seu dono. Neste caso, porém, Rupert era um cão de caça e ela estava prestes a proporcionar o odor.

      "Não me deste já tarefas suficientes, Mãe?" ele quis saber. Sebastian não teria discutido. Não tinha discutido com nada, exceto no único caso que interessava.

      "Tu causas menos problemas quando estás ocupado" disse a Viúva. "Em qualquer caso, este é o tipo de tarefa em que a tua presença pode realmente ser útil. O teu irmão agiu a sangue quente ao fugir desta forma. Eu acho que vai ser preciso o tato de um irmão para trazê-lo de volta."

      Rupert riu-se "A julgar pela forma como ele partiu, vai ser preciso um regimento para trazê-lo de volta."

      "Então leva um " disse a Viúva. "Tu tens uma comissão, portanto usa-a. Leva os homens que precisas. Encontra o teu irmão e trá-lo de volta."

      "Sem um arranhão, certo?" Rupert perguntou.

      Os olhos da Viúva estreitaram-se ao ouvir isso. "Ele é teu irmão, Rupert. Tu não vais magoá-lo mais do que o necessário para trazê-lo para casa são e salvo."

      Rupert olhou para baixo. "Claro, mãe. Enquanto eu estiver a fazer isto tudo, queres que eu faça mais alguma coisa?"

      Houve algo na forma como ele o disse que fez a Viúva fazer uma pausa, virando-se para encarar o seu filho.

      "O que é que estavas a pensar?" ela perguntou.

      Rupert sorriu e acenou com a mão. Do extremo do jardim, uma figura nas vestes de um sacerdote começou a aproximar-se. Ao ficar apenas a alguns passos, ele fez uma grande vénia.

      "Mãe" disse Rupert, "posso apresentar-te Kirkus, segundo secretário da alta sacerdotisa da Deusa Mascarada?"

      "Foi a Justina que te enviou?" perguntou a Viúva, usando deliberadamente o nome da grande sacerdotisa para relembrar o homem da companhia em que ele estava agora.

      "Não, sua majestade" disse o sacerdote, "mas há uma questão de extrema importância."

      A Viúva suspirou ao ouvir isso. Na sua experiência, as questões de extrema importância para os sacerdotes envolviam principalmente doações para os seus templos, a necessidade de punir os pecadores que, aparentemente, não estavam a ser suficientemente fustigados pela lei, ou pedidos para interferir nos assuntos dos seus irmãos por toda a Água-Faca. Justina tinha aprendido a manter esses assuntos para si mesma, mas os seus subordinados às vezes andavam por aí num burburinho, irritando-a como vespas cobertas de preto.

      "Vale a pena ouvir, mãe" disse Rupert. "Ele tem passado o seu tempo ao redor da corte, a tentar ganhar uma audiência. Tu perguntaste onde é que eu estava antes? Eu estava à procura de Kirkus porque eu imaginei que tu poderias querer ouvir o que ele tinha a dizer."

      Isso foi o suficiente para fazer com que a Viúva reconsiderar ouvir o sacerdote. Tudo o que servisse para fazer com que Rupert afastasse a mente das mulheres da corte era digno da sua atenção, pelo menos por um curto período de tempo.

      "Muito bem" disse ela. "O que tens a dizer, segundo secretário?"

      "Sua Majestade" disse o homem, "houve um ataque muito cruel à nossa Casa dos Não Reclamados, e depois aos direitos do sacerdócio."

      "Achas que eu ainda não ouvi falar sobre isso?" a Viúva ripostou. Ela olhou para Rupert. "São estas as tuas novidades?"

      "Sua majestade" insistiu o sacerdote, "a miúda que matou as nossas freiras não foi submetida à justiça. Em vez disso, ela encontrou refúgio numa das Companhias Livres. Com os homens de Lorde Cranston."

      O nome da companhia atraiu o interesse da Viúva, um pouco.

      "A companhia de Lorde Cranston foi muito útil no passado recente" disse a Viúva. "Eles ajudaram a expulsar uma força de invasores das nossas margens, combatendo-a."

      "Isso... "

      "Cala-te" interrompeu a Viúva, cortando a palavra do homem a meio da sua argumentação. "Se a Justina realmente se importasse com isso, ela levantaria o problema. Rupert, porque é que me trouxeste este assunto?"

      O seu filho sorriu como um tubarão. "Porque eu tenho andado a fazer perguntas, Mãe. Tenho sido muito minucioso."

      O que significava que ele tinha torturado alguém. O seu filho só sabia realmente fazer as coisas desta maneira?

      "Eu acredito que a miúda que Kirkus procura é a irmã de Sophia" disse Rupert. "Alguns dos sobreviventes da Casa dos Não Reclamados falaram sobre duas irmãs, uma das quais estava a tentar salvar a outra."

      Duas irmãs. A Viúva engoliu em seco. Sim, isso fazia sentido, não fazia? A sua informação tinha-se concentrado em Sophia, mas se a outra também estava viva, então ela poderia ser igualmente perigosa. Talvez até mais, a julgar pelo que ela tinha conseguido fazer até agora.

      "Obrigada, Kirkus" ela conseguiu dizer. "Eu vou tratar desta situação. Por favor, deixa-me que a discuta com o meu filho."

      Ela conseguiu transformar aquilo numa dispensa, e o homem afastou-se apressadamente do seu campo de visão. Ela tentou refletir sobre aquilo. Era óbvio o que precisava de acontecer a seguir. A questão era simplesmente como. Ela pensou por um momento... sim, isso poderia resultar.

      "Então," disse Rupert, "queres que eu mate também essa tal irmã dela? Presumo que não queiramos algo assim vingativo?”

      Claro que ele iria pensar em vingança. Ele não sabia o perigo real que elas representavam, ou os problemas que dai poderiam resultar se alguém descobrisse a verdade.

      "O que propões fazer?" perguntou a Viúva. "Invadir e enfrentar o regimento de Peter Cranston? Provavelmente vou perder um filho, se tu o fizeres, Rupert.

      "Achas que eu não conseguiria vencê-los?" ele ripostou.

      A Viúva fez-lhe sinal para ele se calar. "Eu acho que há uma maneira mais fácil. O Novo Exército está a reunir-se, portanto enviaremos o regimento de Lorde Cranston para o combater. Se eu escolher a batalha com sabedoria, os nossos inimigos ficarão feridos, enquanto a miúda morrerá, e tal não irá parecer mais do que outro túmulo não identificado numa guerra."

      Rupert olhou para ela naquele momento com uma espécie de admiração. "Porque é que eu, Mãe, nunca soube que tu poderias ter tanto sangue frio."

      Não, ele não sabia, porque ele não tinha visto as coisas que ela tinha feito para manter os restos do poder que ela tinha. Ele tinha lutado contra rebeldes, mas não tinha visto as guerras civis, nem as coisas que tinham sido necessárias no seu rasto. Rupert provavelmente pensava que ele era um homem sem limites, mas a Viúva tinha descoberto da maneira mais difícil que ela conseguia fazer o que quer que fosse necessário para garantir o trono da família.

      Ainda assim, não valia a pena pensar nisso. Isso acabaria em breve. Sebastian estaria de volta com a sua família, são e salvo, Rupert ter-se-ia vingado da sua humilhação, e duas miúdas que deveriam ter morrido há muito tempo iriam para o túmulo sem deixar rasto.

      CAPÍTULO SEIS

      "É um teste" Kate sussurrava para si mesma enquanto perseguia a sua vítima. "É um teste."

      Ela continuava a dizer isso para si mesma, talvez na esperança de que a repetição o tornasse verdade, talvez porque