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letras, a linguájem falada foi sucessivamente ganhando vitória sobre vitória contra a linguájem escrita. O que se escrevia e imprimia em 1836, aí está para demonstrar como já se axava alterada a ortografia estabelecida nos séculos XV e XVI.

      E pela sua parte o prezente móstra a todos, quão fecundo foi o impulso dado pelas leis sobre instrução publicadas néssa época recente, e qual o rezultado d'élas e de outras que viérão depois, principalmente as de 1844. Oje temos nos liceus um curso m[~u]ito dezenvolvido de português, e em quázi todas as escólas primárias se ensina alguma couza de gramática portugueza. Quanto á latina, de que em outro tempo avia uma cadeira quázi em cada concelho, basta dizer que, fóra dos liceus, os distritos de Leiria e Béja, por ezemplo, tem cada um a sua, e o de Lisboa tem duas; e os dicionários aprezêntão próvas irrecuzáveis de quanto vai diminuído o respeito pela etimolojia latina.

      Desde m[~u]ito, finalmente, que o latim deixou de ser a língua das relaçõis internacionais. Quando este âno o mundo católico acudiu ao Vaticâno a celebrar o meio centenário do venerável bispo d'Imola, oje assentado na cadeira de S. Pedro, fôrão bem raros os discursos e missivas em latim. Apenas de Roma vem ás nóssas xancelarias diplomas néssa língua, mas que são dados ao público em português. Passárão de móda as apóstrofes e sentenças latinas, com que d'antes se apimentávão entre nós os discursos e escritos; e até já os prègadores quázi si limítão a dar em latim o tema dos sermõis. De módo que, se ele não fora a língua dos ofícios divinos e preparatório obrigado para os estudos superiores, teria já partilhado a sórte das línguas mórtas; e vel-o-íamos em bréve a par do grego, de que temos apenas três ou quatro cadeiras, que m[~u]ito poucos alunos freqüêntão: como o móstra a d'ésta cidade, onde no âno passado se matriculárão dois, e este âno nenhum.

* * * * *

      Em vista pois de tudo isso que dis o passado e móstra o prezente, a decizão da comissão axava-se determinada por si mesma. A influência do latim está m[~u]i decadente, e o português afirma nóbre e dezassombràdamente a sua vitalidade e direito a pléna emancipação. A nóssa língua tem feito regulàrmente a sua evolução na pronúncia, constituindo-se aquí em compléta independência; tentou-se por vezes tornal-a tambem independente na escritura; e foi isto conseguido em parte pela própria força das couzas. Parecia pois não se poder deixar de realizal-a complètamente, ao tratar-se de dar-lhe uma ortografia nòrmal.

      Entendeu portanto a comissão, que xegara o momento de estabelecermos a pléna independência da língua em matéria ortográfica; fazendo com o latim, o que os latinos fizérão com o grego. O latim recebeu intato do grego, o que se julgou apropriado á sua índole e circunstáncias; o que o não éra, mas se julgou apropriável, aceitou-se apropriando-o; o que se considerou inapropriável, rejeitou-se. É o caminho que já seguírão espanhóis e italiânos, e que em França se tem instado e insta para que seja seguido; e não crê a comissão que possâmos seguir outro.

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