Название | Fantasmas, Garotas E Outras Aparições |
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Автор произведения | Stephen Goldin |
Жанр | Научная фантастика |
Серия | |
Издательство | Научная фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788885356924 |
— Bem, desde que ele tenha as liberado. — Bullfat começou a sair, e então parou na porta. — Aliás, qual o destino delas? Estação de Tycho?
— Não, USSF 187.
— Já está na hora da rotação?
— Não, esse grupo é pessoal adicional.
— Pessoal adicional?— Bullfat gritou. — Hawkins, você sabe muito bem que o um oitenta e sete foi construído exatamente para dezoito homens rotacionados em grupos de seis a cada mês. Não há absolutamente nenhum espaço para doze pessoas a mais. Que raios você espera que seu “pessoal adicional” faça -- durma no mesmo beliche que os outros homens?
Com uma tremenda mostra de autocontrole, Hawkins conseguiu suprimir sua risada. O “pessoal adicional” sorriu conscientemente. Starling, no entanto, teve que correr para fora da sala devido a um ataque de risadas histéricas.
— Aonde diabos ele vai?— Perguntou Bullfat, assistindo Starling sair.
— Ah, ele tem andado sob muita tensão. Está prestes a tirar férias.
— Parece mais que deveria estar sob observação -- e você também, Hawkins. Você pode controlar a política da Agência Espacial, mas eu controlo os lançamentos e essa tripulação não está subindo como “pessoal adicional” para qualquer estação espacial pequena. Se você quiser levá-las lá pra cima, você pode rotacionar seis por mês como todo mundo. E ponto final. — Bullfat saiu trotando triunfante pela porta.
— Pronto para desistir, Jess?— Filmore perguntou.
— Nem um pouco. Surpreendentemente, Bullfat estava certo. Se mandássemos as garotas para o um oitenta e sete, ele iria ficar lotado mesmo. Elas estariam constantemente no caminho dos homens, e isso pode mais atrapalhar do que ajudar. Mas nem tudo está perdido. Quando o um noventa e três vai subir?
— Na próxima semana -- mas certamente você não está pensando em mandar as meninas nele, né?
— E por que não?
— USSF 193 não é uma estação de passageiros -- e sim para armazenar comida e suprimentos. Não foi projetado para viverem nele.
— Então vamos improvisar, Bill. O um noventa e três vai ser colocado em órbita paralela com o um oitenta e sete porque eles vão precisar dele para armazenamento. Ele já vai ser lançado com quatro seções já carregadas e montado no espaço. É uma questão bastante simples de colocar, no decorrer de uma semana, as seções com sofás de aceleração e cômodos -- temos que apenas nos livrar de algumas coisas não essenciais e estamos prontos. As garotas podem viver lá dentro.
— É um absurdo, Jess — Filmore resmungou.
— Na verdade não. A ideia está me agradando bem. — Hawkins sorriu levemente. — Só imagine: USSF 193, sua mercearia vizinha e puteiro ao mesmo tempo.
Filmore gemeu. As meninas, empolgadas, aplaudiram.
***
— Eu não acredito — disse Jerry Blaine. — Quero dizer, alguém lá embaixo deve estar fazendo algum tipo de brincadeira.
— Ninguém brinca com um código secreto superior — Coronel Briston rebateu. — Jess Hawkins mesmo assinou essas ordens. E você viu aquelas garotas com seus próprios olhos. Admito que seja uma loucura --
— Loucura? É surreal, cara — disse Phil Lewis. — Leia essas ordens de novo, certo, Mark. Eu tenho que ouvir essa pequena e bela mensagem mais uma vez.
Briston riu. — Caro pessoal, — ele lê — em cada seção do USSF 193 será enviada três peças de equipamento necessário para o Projeto Carícia (perfazendo um total de doze). Seu amigável Tio Sam não mediu esforços para trazê-las até vocês diretamente da Europa, então manuseie com cuidado, certo? Elas vão ser rotacionadas a cada seis meses ou menos, mas enquanto isso elas podem ser armazenadas no USSF 193. Compartilhe-as igualmente e se divertiam -- isso é uma ordem. Todas as comunicações relativas aos equipamentos devem ser endereçadas a mim pessoalmente nesse mesmo código. Isso, também, é uma ordem. Sinceramente, Jess Hawkins, Diretor, Agência Espacial Nacional.
— Iuhuuuu!— Lewis exclamou. Me lembre de nunca reclamar por pagar impostos de novo.
Então, Sydney emergiu da sala ao lado. Ela tinha retirado seu traje espacial e estava vestida com roupas leves. — Caramba, — ela disse — vocês mantêm o lugar bem frio. Nanette, Constance e eu, a gente está congelando. Estávamos pensando se algum docês rapazes gostaria de nos aquecer um pouco.
Seguindo o ranque, Coronel Briston conseguiu ser o primeiro da fila.
***
Já era muito tarde no que era considerado noite na estação, cerca de um mês depois que as meninas tinham chegado. Lucette, Babette, Francette, Toilette, Violette, Rosette, Suzette e Myrtle estavam em serviço enquanto o resto foi dormir o que podiam. Sydney estava pacificamente enrolada na cama tendo sonhos não tão inocentes, quando de repente uma pedra do tamanho de um punho masculino rasgou a parede perto de sua cama e bateu contra a parede no lado oposto. Um barulho de assobio encheu a sala, e Sydney começou a ficar sem ar enquanto o oxigênio era sugado para fora pelo buraco feito pelo meteoro.
Num flash, ela estava fora de seu quarto e fechando a porta do compartimento hermeticamente fechado atrás dela. As três outras garotas apressaram-se para fora no corredor para descobrir qual era o problema.
— Caramba!— Sydney disse quando recuperou o fôlego. — A maldita coisa está vazando!
***
— Está tudo bem agora, Sydney — Jerry Blaine disse enquanto entrava. — Eu remendei tudo. Sinto dizer que qualquer coisa que estava solto no seu quarto foi sugado para o espaço. Nada valioso, eu espero.
— Não que eu me lembre — Sydney disse-lhe. — Mas você está certo que não vai acontecer de novo?
— Como eu já te disse antes, foi algo que acontece uma vez em um bilhão. Não aconteceria outra vez em mil anos.
— Eu espero que não, moço, se não volto pra Terra rapidinho. — Ela começou a voltar para seu quarto.
— Ah, e a propósito, — Blaine falou com ela — você está reservada para hoje à noite? Bom. Eu saio lá pelas quatorze horas -- você pode vir nesse horário.
— O trabalho de uma mulher nunca acaba — Sydney suspirou sabiamente enquanto entrava em seu quarto. A maioria das coisas dela ainda estava nas gavetas, mas ela não conseguiu encontrar a pequena caixinha de pílulas que ela mantinha na escrivaninha do lado da cama. — Bem, — ela disse — já fiquei sem elas antes. Posso ficar mais um tempinho.
Foram quase quatro meses, para ser exato, quando ela decidiu que a situação precisava da atenção de mais alguém, então ela disse ao Coronel Briston, que tinha acabado de voltar depois de três meses na Terra. — Meu Deus!— Foi tudo o que ele pôde dizer.
— Não é tão grave assim.
— Não é tão grave assim? Você certamente está levando numa boa. Por que não contou a ninguém sobre isso antes?
— Bem, nunca aconteceu comigo antes.
Briston engoliu seco.
— Acho que devemos ligar para o Sr. 'Awkins. Ele sempre parece saber o que fazer.
***
Sen. McDermott: Foi você quem descobriu todos estes acontecimentos, não foi, General?
Gen. Bullfat: Pode ter certeza que foi. Eu suspeitava desde o início que Hawkins tinha enviado algumas meninas lá em cima, mas a Força Espacial nunca age sem prova absoluta.