A Última Missão Da Sétima Cavalaria: Livro Dois. Charley Brindley

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Название A Última Missão Da Sétima Cavalaria: Livro Dois
Автор произведения Charley Brindley
Жанр Героическая фантастика
Серия
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9788835428169



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      * * * * *

      Quando o vento parou, os remadores foram postos ao trabalho. Felizes pelo exercício, eles pegaram seus remos.

      Os remos dos navios logo se transformaram em um concurso de força e resistência.

      Todos os vinte e sete navios brigavam pela posição de liderança, com os navios gregos menores logo ultrapassando os barcos romanos mais lentos.

      Logo depois do anoitecer, os remadores nos barcos menores largaram seus remos e ficaram apenas com a maré, esperando até que os grandes navios os alcançassem.

      O Savoy chegou, e como uma abelha rainha, foi recebido enquanto os outros barcos formavam fila para a refeição da noite.

      * * * * *

      Karina ficava na enfermaria e era frequentemente acordada para tomar conta dos pacientes.

      Antes de partir para o Afeganistão com a Sétima Cavalaria, ela estava estudando medicina veterinária. Ela tinha todos os livros didáticos, e também Anatomia de Gray, Terapia Cirúrgica Atual, Complicações em Cirurgias de Cuidados Agudos e uma dúzia de outros livros de referência médica em seu iPad.

      Ela havia se tornado bastante habilidosa em tratar lacerações, ossos quebrados, e doenças menores comuns. Porém, se tratando de medicina interna, ela dependia de fotos, ilustrações e instruções dos livros para tentar aliviar a dor e o sofrimento.

      Tarde da noite, alguém a chacoalhou pelo ombro enquanto sussurrava palavras que ela não entendia.

      Ela se virou e viu um homem de uns trinta e cinco anos, ajoelhado ao lado da sua cama. Ele estava suado e apertava sua barriga.

      Rolando da cama, Karina pensou que provavelmente era um ferimento de faca. Quando os remadores não estavam ocupados com os remos, eles se ocupavam lutando, geralmente por causa de uma mulher.

      Ela sinalizou para ele deitar na cama dela e se esticar.

      O homem se sentou na cama mas não conseguiu se deitar completamente reto por conta da dor extrema que sentia.

      Ele continuava apertando a barriga, abaixo das costelas.

      Karina puxou sua mão para ver melhor, mas não havia ferida aberta.

      Colocando a palma da mão em sua testa, ela sabia que a temperatura dele estava acima de trinta e oito.

      Ela colocou o capacete rapidamente. “Alguém quer ajudar em uma apendicectomia?”

      “Com certeza,” Kady disse.

      “Estou dentro,” Apache disse.

      “Quem está dirigindo seu barco?” Karina perguntou.

      “Nesse caso sou eu,” Sparks disse.

      “E eu,” Jai Li disse.

      “Vocês dois tem que fazer tudo juntos?” Kady perguntou.

      “Sim, tudo,” Sparks disse.

      Jai Li deu risada.

      “Se aproxime do Essex, Sparks,” Karina disse. “Eu preciso da Kady, Tin Tin, Apache, facas afiadas e água quente.”

      “Estamos dentro.”

      “Eu gostaria ver como corta também,” Jai Li disse.

      “Certo,” Karina disse. “Estou lendo as instruções agora.”

      O fogo estava sempre ativo na cozinha do Savoy, então não demorou para que três panelas de água quente estivessem prontas para Karina.

      Kady, Sparks e Jai Li trouxeram a água quente para o navio hospital.

      Enquanto estudava as fotos no livro de cirurgia, Karina colocou um dedo na lateral do homem, na direita, logo abaixo das costelas.

      “O apêndice está mais ou menos aqui,” ela disse.

      “Mais ou menos?” Kady perguntou.

      “A posição varia, dependendo do tamanho da pessoa.”

      O homem gemeu e se virou para ficar em posição fetal.

      “Nós temos que deixar ele reto,” Karina disse.

      Quando Kady e Sparks tentaram esticar o corpo dele, ele gritou.

      Jadis, que havia feito uma cama para si com a pele de urso ao fim das camas dos pacientes no convés, veio ver o que eles estavam fazendo. Ela colocou sua mão no pescoço do homem, e depois segurou sua mão. Depois de um momento, ela balançou a cabeça e soltou a mão dele.

      Ela se apressou até o lugar onde dormia para pegar suas bolsas. Quando voltou, abriu uma delas e removeu uma tira de couro enrolada. Ela abriu a tira no convés; tinha uma dúzia de bolsos com abas.

      Depois de pegar um copo de couro da outra bolsa, ela encheu com água quente das panelas de barro.

      Os demais observavam enquanto ela pegava duas folhas secas de um dos bolsos e depois as amassou, colocando na água. Usando um pedaço curto de casca de árvore, ela mexeu o líquido até que ficou marrom escuro e morno.

      Usando sinais, ela indicou para Karina que quando ele bebesse o líquido, iria relaxar e dormir.

      “Ou isso ou ele vai morrer,” Kady disse.

      “Seu apêndice vai explodir,” Karina disse, “e isso vai matá-lo se não conseguirmos que ele relaxe para podermos operá-lo.”

      “Você tem certeza de que consegue fazer isso?” Kady perguntou.

      “Não. Tudo que eu posso fazer é seguir as instruções e as imagens.”

      “É melhor que não fazer nada,” Apache disse.

      Karina acenou com a cabeça para Jadis dar a bebida para o homem.

      Jadis indicou que eles deviam sentá-lo, então ela se sentou ao lado dele e falou suavemente enquanto levava o copo de couro até seus lábios.

      Ele tomou um gole e tentou empurrar o copo.

      Jadis puxou ele para seu peito, ainda falando em uma voz baixa e melódica.

      “Isso parece algum tipo de canto,” Apache disse.

      “É,” Kady disse, “o canto de uma encantadora.”

      A expressão do homem se suavizou enquanto ele olhava nos olhos de Jadis. Ele continuou a olhar para ela enquanto bebia do copo.

      Logo, o copo estava vazio, e ele estava completamente encostado em Jadis enquanto ela cantava para ele.

      Dentro de alguns minutos, seu corpo relaxou.

      Karina o segurou e o deitou de costas na cama.

      O homem estava completamente mole e roncava levemente.

      Karina virou seu iPad para Jadis ver a ilustração detalhada do apêndice.

      Jadis olhou para a tela por um momento, depois sorriu. Ela disse algumas palavras e apontou para a lateral direita do homem.

      “Ela diz,” Tin Tin disse, “ela nunca viu dentro disso quando vivo. Mas só depois morto.”

      “Bom, agora ela vai ver enquanto ele está vivo.” Karina levantou a túnica do homem para expor seu estômago.

      “Ah, não,” Kady disse. “Por que nenhum deles usa roupa de baixo?” Ela esticou um pano para cobrir suas partes privadas.

      Quando Jadis viu a faca que Karina estava limpando, ela ergueu sua mão num gesto que dizia espere um pouco.

      Ela abriu outra bolsa e pegou um pó vermelho. Depois de encher novamente o copo com água quente, ela jogou o pó vermelho, depois mexeu com a casca de árvore. Ela mergulhou seu dedo no liquido, levou à boca para provar, depois adicionou um pouco mais de pó.

      Satisfeita com o resultado