Revelando O Rei Feérico. Brenda Trim

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Название Revelando O Rei Feérico
Автор произведения Brenda Trim
Жанр Современная зарубежная литература
Серия
Издательство Современная зарубежная литература
Год выпуска 0
isbn 9788835410300



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feliz em saber que estou na do ar também – adicionou Brokk.

      – Mais para cheio de ar quente – provocou Ryker.

      Com um sorrisinho, Maurelle se virou para Sol e Daine.

      – E vocês?

      – Estou na do fogo. Muito mais do que ar quente – respondeu Sol, agitando as sobrancelhas.

      Daine se virou e andou de costas e as asas dele brilharam enquanto falava.

      – Eu sou da água, mas acho que podem ter escolhido errado. Comecei um terremoto ontem enquanto voltava para o dormitório quando um dos guardas gritou comigo por eu estar atrasado para o jantar.

      – Idiota – xingou Sol. – Eles sentem uma satisfação perversa ao nos atormentar.

      – Minha mã… mãe me disse que era comum que os feéricos tivessem habilidades em mais de um elemento – disse Maurelle, tentando afastar a ardência dos olhos e ignorar o nó em sua garganta. A agonia em seu coração estava entorpecida o que a deixou tanto perplexa quando aliviada.

      – A minha mãe também disse – concordou Ryker, deixando-a chocada. Presumiu que ele fosse ignorá-la. – E, se tiver esse tanto de poder, acabará chamando mais atenção dos humanos que comandam o castelo.

      – Alguém se lembra de como era quando o rei e a rainha viviam e governavam do castelo? – Daine atirou enquanto movia uma pedrinha com um aceno da mão. Todo mundo se encolheu e tentou parecer estar fazendo outra coisa quando a pedra foi de encontro à cabeça de outro estudante.

      Felizmente, ele virou para a esquerda e seguiu para o campo de treinamento da terra.

      – Cara, foi por pouco – avisou Ryker a Daine.

      – Eu sei. Foi sem querer.

      Brokk afastou o cabelo da testa.

      – Você pode ir ver a Gullvieg e pedir para fazer aula nas duas ligas. Aqui estamos – adicionou e apontou para o prédio à esquerda.

      Acenaram para os outros e os deixaram discutindo o que Daine iria fazer quanto ao seu problema. Não soou como se ele fosse pedir à diretora para treinar mais.

      – Não fique nervosa demais – encorajou-a Brokk. – Só estamos praticando telecinesia esses dias. – Do canto do olho ela viu as mãos de Ryker se fecharem em punhos na lateral do corpo.

      Era mais difícil ignorar o fato de que ele estava puto por Brokk estar sendo legal com ela.

      – Parece bem fácil. – O coração de Maurelle acelerou enquanto entravam no prédio lotado.

      Para ser da liga do ar, o prédio era muito mais fechado e sufocante do que parecia por fora. Como poderia fazer mágica de forma eficiente quando não havia janelas para abrir e convidar a brisa para entrar? O que aconteceu com as que viu do lado de fora?

      Girando em um círculo, ela esquadrinhou as paredes e notou que várias áreas onde viu vidro do lado de fora estavam bloqueadas com painéis de metal. Era como se não quisessem que eles tivessem acesso à energia necessária.

      Ryker e Brokk desapareceram na sala, então a cabeça de Brokk apareceu e ele perguntou:

      – Você vem?

      Não adiantava adiar o inadiável, pensou. Fazendo que sim, ela se apressou em direção a ele e deu uns passos para dentro da sala claustrofóbica. Não pôde ver nenhuma janela naquele cubículo. Painéis de metal cobriam o que ela presumiu ser as aberturas.

      E, em vez de ser uma sala de aula normal, a sala de pedras era redonda e os únicos objetos ali estavam alinhados de um lado. Havia uma mesa para o professor e uma maior e mais longa coberta por inúmeros objetos que ela reconheceu de sua época na escola.

      – Bom dia, turma – disse alto uma feérica esguia. Maurelle presumiu que era a professora, já que ela estava de pé na frente da sala. A fêmea usava um vestido soltinho que não disfarçava o corpo magro. Maurelle não parecia nada com uma feérica comum. Ela tinha curvas e um corpo lhe rendeu o apelido de Fofuxa quando tinha dez anos.

      – Bom dia. Eu sou Aobhel, a professora. Bem-vinda à Telecinesia I. Srta. Longstrom – disse a professora, enquanto sorria para Maurelle. – Fico contente por ter se juntado a nós.

      Espantada, Maurelle imaginou como ela sabia o seu nome e o que mais a professora devia saber sobre ela. Sua chegada ao conservatório tinha sido bastante agitada. Ainda estava esperando para ver qual seria a sua punição por causa daquele arroubo.

      Por medo de ser isolada, ou pior, cooperou com o pessoal da enfermaria. Após aquele primeiro dia, as emoções e a dor lancinante tinham sido embotadas, deixando as coisas mais fáceis. Em algum lugar da sua mente, sabia que a mudança na atitude e nas emoções não era muito normal, mas o alívio era grande demais para questionar qualquer coisa.

      – Obrigada. Eu, é… não me deram nenhum livro ainda – confessou. A sua nuca se eriçou como se alguém a observasse. Virando a cabeça discretamente, Maurelle teve um vislumbre de uma fêmea da sua idade lhe olhando feio. Ignoraria aquilo por agora, o foco permaneceu na professora.

      – Não se preocupe. Não precisará deles para a minha aula. Praticamos e polimos habilidades nessa aula. Aedan ensinará a parte teórica, e ele lhe dará os livros. Formem duplas e continuem o treino. Vocês precisarão fazer o lápis levitar – explicou-lhe Aobheal.

      Brokk, com Ryker ao seu lado, aproximaram-se dela com um sorriso. Nenhum dos machos notou a fêmea se aproximando deles. Era a mesma que a olhava de cara feia há menos de um minuto. Ótimo, já tinha inimigas, ao que parecia. Não deveria ficar surpresa. O único motivo para os comentários sobre sua aparência não estarem circulando era porque ela estava na enfermaria.

      – Podemos treinar aqui – grunhiu Ryker. Tirando os olhos de cima da fêmea raivosa, Maurelle olhou para o macho de relance. Ele era muito lindo. Não era de se admirar que a feérica esguia com seus esplêndidos olhos azuis quisesse formar dupla com ele.

      – Você deve ter complexo de herói – frisou ela, enquanto atravessava o lugar e ficava de frente para ele.

      A risada dele era baixa e rouca, o oposto de como ele tinha soado um segundo antes. A alegria fez coisas com o seu corpo que ela odiaria que ele soubesse. Enquanto seu ventre se agitava e o resto dela se aquecia, desejou que ele soubesse. Ryker estava sendo legal. Não havia a mais remota possibilidade de ele estar atraído por ela. A péssima postura que o macho teve até então provava aquilo. Mas preferia quando ele era legal.

      – Quem disse que eu falei contigo? – rebateu ele, e parou de sorrir.

      Brokk deu um tapinha nas costas dele e lhe deu um sorriso sedutor.

      – Ignore-o. Quero você no nosso grupo.

      O rosto de Maurelle se aqueceu e ela abaixou a cabeça. Gostava da paquera descarada de Brokk e não conseguia entender as oscilações de humor de Ryker. Era óbvio que ele não gostava dela, mas gostava muito quando ele não era totalmente mau com ela.

      Um sussurro baixo chegou aos seus ouvidos naquele segundo, fazendo-a erguer a cabeça bruscamente.

      – Eu tentaria ir embora, se não fosse por você. – Jurava que foi Ryker quem sussurrou aquela última parte, mas não tinha certeza, já que ele estava lá de pé olhando feio para ela.

      – Peguei os lápis – declarou Brokk, quando voltou para o seu lado. Não notou que ele tinha se afastado. O que significava que ele não tinha dito nada.

      – O que eu faço? – perguntou, mantendo o foco em Brokk.

      – Você faz o lápis levitar – latiu Ryker, e logo sacudiu a cabeça.

      – Isso eu entendi, Capitão Óbvio – disse ela, sarcástica.

      – O que a professora nos disse é que é para focar no objeto e imaginar que ele está levitando – interveio Brokk, antes de a conversa virar uma briga.

      – Caramba! Você deve ter nascido para isso – declarou Brokk, um segundo depois de o lápis