Magia, Caos & Assassinato. January Bain

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Название Magia, Caos & Assassinato
Автор произведения January Bain
Жанр Зарубежные любовные романы
Серия
Издательство Зарубежные любовные романы
Год выпуска 0
isbn 9781802500721



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— Ele assentiu, ocupado pegando pedidos. Mas ele passou o meu na frente, colocando-o imediatamente.

      — Obrigada. Você viu a Tulipa?

      Ele balançou a cabeça, pegando meu dinheiro e me entregando o troco. Levei o néctar de cor dourada de volta à nossa mesa e o coloquei no centro, gotas de umidade condensando e escorrendo pelas laterais da jarra transparente. Um barulho alto perto da entrada chamou minha atenção. Eu escaneei a área, minha pele formigava com os sentidos aumentados. A multidão se separou, revelando minha irmã errante vindo em direção à nossa mesa. E agora, o que aconteceu?

      Capítulo Quatro

      — Cheguei aqui o mais rápido que pude! — Quase sem fôlego, Tulipa colocou a mão no peito, arfando. — É a Sra. Hurst. Ela se foi. — Lágrimas fluíam pelo rosto avermelhado, pingando do queixo.

      — O quê? O que você está falando? — O campo de força negra da minha leitura anterior com a mulher voltou como uma vingança, escurecendo as bordas da minha visão.

      Ace ficou de pé, pegou os ombros de Tulipa e a levou para uma cadeira. — Me diga o que você viu?

      — Fui ver a Sra. Hurst, para entregar o resto de sua geleia — ela, ela não atendeu a porta. Eu não queria deixar do lado de fora, então fui pela porta dos fundos para colocar na mesa da cozinha. Eu peguei a chave de debaixo do tapete. E lá estava ela. — Ela soluçou. — Morta. — Tulipa deixou o rosto cair em suas mãos, grandes soluços sacudindo os ombros delgados.

      — Por que você levou para ela esta noite? — Confuso, meu cérebro procurou respostas. — Eu ia entregar amanhã, devidamente rotulada. — Pelo menos demos a luz verde do Feitiço Kismet, exceto por aquele frasco que ela tinha levado mais cedo. Isso ainda me atormentava.

      Ela levantou o rosto manchado de lágrimas para mim. — Ela ligou para a casa e deixou uma mensagem dizendo que era uma emergência e que precisava imediatamente. É por isso que estou atrasada. Eu não sei por que ela precisava disso tão cedo, mas você sabe como ela é. Oh meu Deus, foi horrível. O rosto dela — estava azul e a língua… — Tulipa tremeu e fechou os olhos.

      — Você ligou para o um-nove-zero? — perguntou Ace.

      — Não. Eu apenas corri direto para cá. Eu não sabia o que mais fazer. — Tulipa balançou a cabeça, seus olhos se alargando com mais emoção. Me levantei e a puxei para mim, abraçando e acalmando-a, esfregando suas costas em movimentos circulares.

      — Está tudo bem. Estou com você.

      Ace se levantou. — Vou lidar com isso e ligar para lá. Qual é o endereço? — Ele puxou o telefone, franzindo a testa quando descobriu que não havia sinal. Ele olhou para mim com uma pergunta em seus olhos.

      — A casa da Sra. Hurst fica nos limites da cidade na Rua do Anel. É uma casa enorme em estilo vitoriano com moldura branca e acabamento preto.

      Ele se virou para sair e eu olhei para Tulipa. — Tudo bem se eu for lá?

      Ela assentiu e a entreguei para Estrela. Corri atrás do policial de pernas longas, o alcançando na saída. — Eu vou com você.

      Eu não lhe dei tempo para protestar, só subi no banco do passageiro de sua SUV branca com o logotipo da PRMC, Para Servir e Proteger, colada no para-choque traseiro e coloquei o cinto de segurança.

      Franzindo a testa, ele ligou o motor e entrou no trânsito.

      — Fui levado a acreditar que esta era uma pequena cidade quieta.

      — Sim, bem, nós temos nossos momentos. Mas assassinato — isso quase nunca acontece.

      — O que faz você pensar que é assassinato? — O olhar que ele me deu me prendeu no banco.

      — Não sei com certeza. — Engoli minha preocupação. — Mas com o que Tulipa disse sobre o estado do corpo dela, parece possível. Vire aqui. — Talvez eu devesse ter dito algo para a Sra. Hurst sobre a energia escura? Uma terrível inquietação me preencheu ao pensar que eu poderia ser parcialmente responsável por não avisá-la. A adrenalina fez meu corpo tremer.

      Mais algumas quadras tensas e ele parou na frente da única mansão da cidade. Algumas luzes estavam brilhando atrás das cortinas da sala de estar e nas arandelas de ferro forjado que decoravam a entrada da casa de estilo gingerbread.

      — Você espera aqui — Ace ordenou, alcançando na parte de trás para tirar sua arma de seu coldre. Ele não a estava usando, já que não estava no horário de trabalho. Fiz uma careta. Essa era a minha cidade. Não dele. Eu saí do veículo da polícia ao lado dele.

      Eu estremeci, o ar da meia-noite me dando arrepios instantâneos. Colocando meus braços ao meu redor, fui atrás de Ace. Marchamos ao redor do lado da casa, passando pela exibição de peônias de cor fúcsia perfumadas em plena floração, e pelo caminho para a porta dos fundos. Ela estava bem aberta, atestando a saída apressada de Tulipa. Um halo de luz vindo da cozinha esculpia um meio círculo no chão. Os grilos cantavam, o ar da noite estava espesso com apreensão.

      Ace parou, ouvindo. — Fique aqui — ele ordenou. Puxando sua arma, ele passou pela porta.

      Esperei dez segundos. Quando nenhum tiro foi dado, eu entrei lentamente para dentro. Eu não tinha passado anos lendo todos aqueles livros policiais da Agatha Christie por nada.

      Avaliei a sala completamente da esquerda para a direita, identificando as duas caixas de geleia de damasco que Tulipa tinha entregue empilhadas na bancada. Um pote aberto do néctar doce estava espalhado através de um jogo americano vermelho na mesa, o vidro descansando na borda, a geleia ainda escorrendo no chão como uma gosma grossa. Minha visão foi para baixo e eu vi uma perna deitada em um ângulo estranho no chão perto de uma cadeira. Eu vi o olhar sério de Ace e me abracei com mais força. Ignorando-o, me movi lentamente ao redor do perímetro da mesa, me preparando. Sra. Hurst. O rosto azulado com a língua inchada pendurada para fora, exatamente como Tulipa havia descrito. Oh não. Um rosto azul era preocupante. Uma colher abandonada estava ao lado dela como se ela a tivesse derrubado enquanto provava. O medo gelou meu coração. A pobre mulher não merecia esse final. Ninguém merecia. Seus membros estavam todos torcidos em ângulos estranhos, como se ela tivesse tido convulsões. Horrível. Perturbador. E assustador.

      — Não. Toque. Em nada. — Ace estava no modo de policial.

      — Eu sei! Não sou idiota.

      Seu olhar disse que de qualquer maneira essa afirmação não foi provada. Ainda.

      — Espere aqui. — Ele saiu para verificar a casa — por possíveis intrusos, eu supus. Obviamente, não tendo encontrado nenhum, ele se juntou a mim novamente e colocou sua arma de lado.

      Pouco ciente de Ace usando o telefone da casa para reportar o evento para o despachante do turno noturno no destacamento, me virei, achando uma invasão na privacidade da mulher continuar olhando por mais tempo. Balancei a cabeça consternada. Quem ou o que a matou? Meu coração afundou. E se ela tiver engasgado na