Название | Agentes Da Lei E Assaltantes |
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Автор произведения | Katherine McIntyre |
Жанр | Зарубежные любовные романы |
Серия | |
Издательство | Зарубежные любовные романы |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781802500516 |
— Poderia ser o caso se eu pensasse que você é quem anda cometendo esses assassinatos.
As patrulhas pareciam estar em sua rotina habitual, tirando conclusões precipitadas antes mesmo de avaliarem a cena.
— Não acredita que uma mulher é capaz da tarefa? — Ellie mostrou os dentes com seu sorriso. — Encontrará a morte em um beco com essa lógica.
A ousadia dessa mulher era diferente de tudo que ele já havia encontrado. Bernard piscou por um momento antes de suspirar.
— Eu conheci muitos assassinos, homens e mulheres. Só não acredito que você seja um deles.
Uma carranca franziu a testa dela.
— Você seria o primeiro.
— Os padrões do Açougueiro são precisos e cuidadosos demais. Você é muito desleixada para caber na descrição, minha querida. — o dedo dele no gatilho começou a relaxar, contanto que ela não puxasse uma daquelas facas para ele, ele não planejava atirar.
Os patrulheiros devem tê-la avistado quando roubava o cadáver e correram ao fazer suposições. Todos os detalhes somados.
Ellie apertou a mão contra o peito.
— Eu deveria estar ofendida, meu bom cavalheiro.
Bernard ergueu as sobrancelhas e baixou a pistola.
— No entanto, suponho que não esteja. — ele não largou o punho, pronto para erguer a arma de novo se ela tentasse fugir.
No entanto, os olhos inteligentes da mulher já haviam se concentrado nesse movimento, e ela permaneceu plantada em seu lugar. A lasca de luar cintilou nos paralelepípedos rachados entre eles, destacando as rachaduras e fragmentos. Aqui, ao ar livre, não era o lugar para ter essa conversa.
— Suponho que não prefira conversar em meio a uma dose de gim? — a mulher arriscou, ela colocou as mãos nos quadris. — A menos que queira continuar esta conversa no frio arrepiante.
— Suponho que tem um lugar em mente? — Bernard respondeu, aliviado por ela ter feito a sugestão.
Ele jamais gostou muito de ficar por aí com as costas expostas.
A mulher balançou as sobrancelhas e deu um sorriso lascivo.
— O Rato Afogado. — ela disse antes de lançar um olhar superficial para a própria roupa.
Uma risada entrecortada escapou dela, e Bernard não pôde evitar que seu lábio se curvasse. Ela continuou:
— No entanto, com toda a franqueza, a taverna fica bem nessa mesma rua.
Bernard guardou a arma no coldre ao lado do corpo antes de oferecer a mão.
— É melhor eu me apresentar então. Sou o detetive Bernard Taylor.
Ela bateu a mão na dele com um forte tapa.
— Sou suspeita de ser assassina em série e ladina, Eleanor Whitfield. Embora possa me chamar de Ellie. Agora, vamos voltar para a taverna. A lareira de lá viria a calhar para me aquecer após meu passeio pelo canal.
Ellie deu o primeiro passo à frente, passou pela entrada da casa abandonada e entrou na rua de paralelepípedos.
Bernard balançou a cabeça, roçando o queixo com o polegar para esconder o sorriso. Esta mulher o seduziu assim que começou a falar. Ela podia ser uma violadora da lei, mas quanto mais falavam, mais ele confirmava sua avaliação de que ela não era a Açougueira da Broad.
— Mostre o caminho. — ele chamou atrás dela, embora ela já tivesse começado a caminhar.
Ellie fez um gesto rude para o céu, mesmo enquanto continuava ao longo da rua, passando pelos barracos abandonados neste distrito. Com alguns passos rápidos, ele a alcançou para manter o ritmo enquanto viravam à direita na rua.
— Estou chocada que um cavalheiro chique como você se atreveria a mostrar a cara neste bairro. — Ellie falou devagar e com um olhar de relance.
— Considerando que não cresci longe daqui, essas ruas não me assustam como fazem a maioria dos patrulheiros. — ele murmurou.
A mandíbula dele endureceu por um momento quando o cheiro de ferro floresceu na periferia, como às vezes acontecia. — Além disso, após passar algum tempo lutando na guarda naval, pouco nesta cidade me incomoda.
Ellie soltou um assobio baixo, a mão apoiada no quadril como se fosse desembainhar uma lâmina a qualquer momento.
— Então, não é um mero policial, mas um soldado? Está procurando por outras penas para enfeitar sua boina extravagante? Um sujeito de grande coração para os pobres miseráveis de Londres?
Bernard bufou com a tentativa dela de irritá-lo. Pouco o fazia perder a compostura.
— Hoje em dia, estou apenas procurando impedir o vira-lata que está massacrando inocentes pela cidade.
No final do quarteirão, uma lâmpada a gás fraca piscava do lado de fora de uma taverna, luzes âmbar iluminando as janelas. A placa do Rato Afogado já tivera anos melhores, agora estava lascada e com tinta desbotada, mas Ellie não estava brincando com ele.
Ela lançou outro olhar superficial.
— Tem que parecer tão afetado e formal? Sua bolsa será furada, e terá uma faca enfiada no estômago se continuar assim.
Bernard soltou um suspiro e desfez os botões da jaqueta externa, deslizando a gravata para enfiá-la no bolso. Com alguns movimentos hábeis, ele retirou as abotoaduras e qualquer outro item que pudesse ser arrancado de sua pessoa, colocando-as nos bolsos também. Arrastou o indicador e o polegar para baixo do bigode e da barba por instinto. Bernard não pôde deixar de notar como os olhos de Ellie piscaram para o movimento. A mulher parecia absorver tudo, em especial onde ele guardava suas sutilezas.
— Tenho a sensação de que a maior ameaça à minha bolsa está ao meu lado. — ele arriscou quando pararam na frente do Rato Afogado.
Alguns camaradas estavam do lado de fora, dando uma tragada em qualquer substância que fizesse a fumaça amarelada se infiltrar no céu diante deles. Bernard seguiu o protocolo dessas ruas, mantendo o olhar para a frente e a curiosidade para si.
Ellie agarrou a maçaneta e abriu a porta antes de entrar na frente. Ele entrou em seguida, o barulho o envolvendo ao chegar. O bar a essa hora da noite estava lotado, a maioria dos lugares ocupados. O clamor comprimido por dentro o lembrou de estar de volta a um navio. Ele avistou uma mesa de canto no fundo dos aposentos apertados.
— Por que você não pega a mesa enquanto pego o gim?
— Se está pagando, seu Policial. — Ellie respondeu.
O sorriso malicioso fez os olhos castanhos dela brilharem. Ele não pôde deixar de observar enquanto ela se afastava dele, os quadris balançando com a precisão de um pêndulo. Bernard se aproximou da bancada de mogno lascada, manchada pelos respingos de cerveja derramada em momentos anteriores, e se espremeu entre dois homens, meio-ratos e fedendo a gim barato.
— O que posso fazer por você? — o atendente se aproximou com rigidez suficiente para que Bernard quase pudesse ouvir as articulações rangendo. O homem estava carrancudo, como se fosse cuspir na cara dele.
Bernard ergueu dois dedos.
— Doses de gim.
O atendente soltou um grunhido e pegou uma garrafa aberta de gim no balcão à sua frente. Derramou o líquido em dois copos que já haviam visto dias melhores e os empurrou. Bernard colocou moedas no balcão e, em um movimento rápido com o líquido, agarrou os copos, indo até onde Ellie esperava. A mulher inclinou o assento para trás, até que batesse contra a parede e balançou os dedos na direção dele.
Senhor, em que eu me meti?
Ele se sentou em frente a ela