Название | A bela cativa |
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Автор произведения | Michelle Conder |
Жанр | Языкознание |
Серия | Sabrina |
Издательство | Языкознание |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788413752464 |
– Uma secretária nova?
– Sim. Olhe, não vou responder a mais perguntas até responder às minhas. – Ao pôr as mãos nas ancas, o decote do robe abriu-se. – Porque está tão interessado no meu irmão?
Tentando não olhar para o decote, Jag tentou também controlar a sua libido.
– Ele tem uma coisa minha. – Cerrou os dentes e questionou-se como Milena estaria. Se estava bem ou se precisava dele.
– Roubou-o?
A surpresa que o seu tom de voz transmitia fez com que ele fizesse uma careta.
– Poderia dizer-se que sim.
Regan percebeu que ele ficava tenso ao responder. Mais uma vez, fê-la pensar num leão disposto a atacar. Era evidente que o que o irmão levara era importante para ele. E isso explicava o seu interesse por Chad. No entanto, embora Chad tivesse passado uma má época depois da morte dos pais, não era uma má pessoa. Era inteligente, muito mais do que ela, e fora por isso que sempre tentara certificar-se de que ele acabava os estudos em Inteligência Artificial, na universidade, com boas notas. Um sucesso que o levara até àquele país belo e indómito.
Um lugar muito parecido com o estranho que ela tinha à sua frente e que a deixava com falta de ar cada vez que pousava o olhar dos seus olhos azuis nela. Era possível que fosse o que mais odiava, a forma como o seu corpo reagia a apenas um dos seus olhares.
Estava a observá-la e ela teve de se esforçar para ignorar as sensações que experimentava. Se ele não lhe tivesse tocado, se não a tivesse agarrado e apertado contra o seu corpo, teria sido mais simples.
Regan sentiu que os mamilos endureciam ao recordar como lhe tocara com o braço. Era como uma rocha e ela estava sozinha com ele num quarto de hotel.
– Não foi o Chad – comentou ela, com fúria.
– Foi ele, sim.
– O meu irmão não é um ladrão – contradisse, com convicção. – Está enganado.
– No meu trabalho, não posso dar-me ao luxo de cometer erros. Na verdade, tenho de voltar. Onde está o seu telemóvel?
– Para que quer o meu telemóvel?
Ele semicerrou os olhos de tal forma que as pestanas escuras esconderam quase por completo a sua cor azul.
– Já me entretive o suficiente, menina James. Onde está?
Levantou-se do sofá e ela recuou.
– Primeiro, diga-me quem é. Deve-me uma resposta, pelo menos, por me ter assustado.
– Não lhe devo nada. – Olhou para ela de cima a baixo. – Sou o rei de Santara, o xeque Jaeger Salim al-Hadrid.
– O rei? – Regan cobriu a boca com a mão e conteve um risinho. A julgar pela roupa que usava, parecia mais um mercenário do que um rei. Tinham-no contratado para matar Chad? Pensava que o levaria até ao seu irmão? – Duvido. Quem é realmente?
Imediatamente, apercebeu-se de que se enganara ao rir-se daquele homem. Fulminou-a com o olhar, deu um passo para ela e disse, com frieza:
– Sou o rei.
– Está bem, está bem… – Regan esticou a mão para o deter. – Acredito. – Estava a mentir, mas ele não tinha de saber. Precisava que se fosse embora o quanto antes.
Tentou não pensar na simetria perfeita do seu rosto e em concentrar-se em sobreviver. Era evidente que era um louco ou um assassino e ela estava sozinha com ele no quarto.
O medo apoderou-se dela. Tentou recordar que todos consideravam que ela tinha um dom para a comunicação, mas ele não era uma criança de sete anos que tinha um telemóvel escondido por baixo da secretária.
– Acha que estou a mentir? – perguntou ele.
– Não, não. – Regan tentou tranquilizá-lo, mas ele deu uma gargalhada.
– Incrível…
Ele abanou a cabeça e Regan avaliou rapidamente a distância que havia até à porta.
– Demasiado longe – murmurou ele, como se lhe tivesse lido a mente. Provavelmente, não fora muito difícil, visto que ela estava a olhar para a porta como se desejasse que se abrisse sozinha.
– Olhe…
Ele aproximou-se dela tão depressa que Regan não conseguiu continuar a frase.
– Não há mais perguntas. Não há mais jogos. Dê-me o seu telemóvel ou terei de procurar por todo o lado até o encontrar.
– Está na casa de banho.
Ele semicerrou os olhos.
– Ia tomar banho quando apareceu – explicou ela. – Eu gosto de pôr música enquanto tomo banho.
– Vá buscá-lo.
Regan quase lhe disse para pedir por favor, mas decidiu que o melhor que podia fazer era estar calada. Quanto mais depressa encontrasse o que procurava, mais depressa se iria embora.
Dirigiu-se para a casa banho e parou ao ver que ele a seguia. Olhou para ele através do espelho e os seus olhares encontraram-se por uns instantes. Não pôde evitar que uma onda de excitação a invadisse por dentro. Envergonhada, baixou o olhar e agarrou no telemóvel. Deu-lho e cruzou os braços a modo de proteção.
– Palavra-passe?
Ela sentiu o calor do seu corpo e desejou que ele se retirasse para trás.
– Trudyjack – disse ela.
– Os nomes dos seus pais? – Olhou para ela, surpreendido. – Podia ter usado ABC.
Regan olhou para ele, espantada. Como sabia que eram os nomes dos seus pais? Como sabia tanto a respeito dela?
– Quem é? – sussurrou ela, assustada.
– Já lhe disse. Sou o rei de Santara. Descobri tudo a seu respeito pouco depois de aterrar no meu país.
Regan engoliu em seco e apoiou-se no lavatório. Seria mesmo quem dizia que era? Não parecia possível, no entanto, tinha uma aura de poder e autoridade inconfundível. Embora ela pensasse que os assassinos também.
Observou-o enquanto ele olhava para a lista de contactos e de mensagens de correio eletrónico.
– O telemóvel do Chad está desligado – informou ela, incapaz de manter o voto de silêncio que fizera há instantes. Não conseguia evitá-lo. Nunca soubera estar em silêncio. – Sei porque tento falar com ele todos os dias.
– Não tem o telemóvel com ele.
– Então, o que procura no meu telemóvel?
– Um número pré-pago. Um endereço de correio eletrónico de um remetente desconhecido.
– Como sabe que não tem o telemóvel com ele?
Ignorando a pergunta, ele continuou:
– Tem outro telemóvel?
Regan franziu o sobrolho. Porque é que Chad não levara o telemóvel? Era como parte da sua pessoa.
– Não, mas se tivesse, não lhe diria.
Olhou fixamente para ela e ela sentiu um calor forte na barriga.
– Gosta de me provocar, não é verdade, menina James?
Regan sentiu que o coração acelerava. Não, não gostava de o provocar. Nada.
Olhou para ela e guardou o telemóvel no bolso. Desejava dizer-lhe que não podia ficar com ele, mas, àquelas alturas, a única coisa que queria era que se fosse embora.