Amor Como O Nosso. Софи Лав

Читать онлайн.
Название Amor Como O Nosso
Автор произведения Софи Лав
Жанр Современные любовные романы
Серия
Издательство Современные любовные романы
Год выпуска 0
isbn 9781094304427



Скачать книгу

convidado! – Mallory anunciou, e todos brindaram.

      Keira estava com tanta vergonha que queria desaparecer.

      A porta abriu em seguida e Bryn desfilou sala adentro. Qualquer sinal da ressaca que ela deveria estar sentindo tinha sumido completamente. Os olhos dela estavam brilhando, seu cabelo limpo e reluzente, e ela estava vestida para impressionar.

      Keira não podia evitar a inveja que às vezes sentia pela beleza de sua irmã mais velha. Ela tinha anos de memórias de garotos babando por Bryn para comprovar. O único lado bom era que sua irmã estava um pouco mais para o lado instável. Não daria para saber apenas olhando para ela. Ao vê-la, era de se pensar que ela era uma modelo, pura graça e equilíbrio.

      Bryn sentou-se à mesa com floreios e se serviu de uma porção grande de lasanha.

      – Fiz uma hora e meia de academia hoje – ela alardeou. – Eu mereço me recompensar.

      Keira não lembrava a última vez que ela tinha ido à academia. Na verdade, os últimos dois meses tinham sido um borrão de bebida e comida. De toda a cerveja Guinness e frituras no café da manhã na Irlanda às massas e gelatos na Itália, ela estava honestamente surpresa de ainda não ter ficado obesa. Era somente graças a todas aquelas colinas na Itália e aos passeios lamacentos na Irlanda que tinha conseguido ficar mais ou menos em forma.

      – Você malha muito? – Cristiano perguntou a Bryn. Ele parecia interessado ao invés de sugestivo, o que aliviou Keira, apesar dela não entender por que ele queria saber.

      Bryn assentiu. – Spinning é o que eu mais faço. Ah, e escalada. Tem uma parede ótima onde eu faço.

      Cristiano se animou – Eu amo escalar!

      – Ama? – Keira perguntou, surpresa. De alguma forma, aquilo nunca tinha surgido em conversas.

      – Sim – ele disse, assentindo empolgado antes de voltar sua atenção à Bryn. – Você tem que me levar qualquer hora.

      – Eu adoraria – Bryn respondeu.

      Keira se encolheu. Essa conversa toda estava lhe deixando no limite. Ela queria colocar o máximo de distância possível entre Cristiano e sua irmã.

      Mallory pareceu adequadamente impressionada com o histórico de escalada de Cristiano. – Então, o que mais você faz? – ela perguntou. – Fisicamente?

      – Mãe – Keira gemeu. – Que tipo de pergunta é essa?

      – Eu gosto de nadar – Cristiano respondeu. Então, com uma piscadela para Keira, ele adicionou – E dançar a noite toda.

      – É mesmo? – Mallory perguntou. – Você dança flamenco?

      – Isso é espanhol, mãe! – Keira exclamou.

      Cristiano explodiu em risadas. Bryn também riu baixo. Até Mallory pareceu achar seu erro divertido. Keira era a única que não. Talvez Bryn tivesse razão sobre ela ser rígida?

      – Então, como foi sua aventura italiana? – Mallory perguntou a Keira, inclinando-se sobre a mesa para dar batidinhas em sua mão. – Outro sucesso? – os olhos dela se atiraram para Cristiano.

      Keira sentiu o rubor subir em suas bochechas. – Foi lindo – ela disse, tentando direcionar a conversa para longe do fato dela ter instigado outro romance, e mais para o país em si. – A paisagem é de outro mundo. A comida é incrível. E a cultura, então!

      – Não se esqueça dos homens – Bryn adicionou, mexendo as sobrancelhas.

      Keira lhe deu um olhar fulminante. – Sim, as pessoas são maravilhosas também. Cristiano me levou para conhecer os pais dele em Florença. Eles foram super amigáveis.

      Mallory olhou para Cristiano, impressionada. – Você é próximo da sua família?

      Ele sorriu e assentiu. – Muito. Tirando quando estou viajando a trabalho, eu os vejo no mínimo uma vez por semana.

      – Isso é tão legal – Mallory disse, abaixando o olhar contemplativamente para sua lasanha. – Minhas meninas estão sempre muito ocupadas para me ver. Estou a apenas uma viagem de táxi de distância, mas parece que vivo no Canadá.

      Bryn revirou os olhos. – Somos mulheres modernas, mãe. Nós trabalhamos.

      – Eu passei mais ou menos 48 horas em Nova Iorque nos últimos dois meses! – Keira adicionou.

      Mallory apenas deu de ombros, mantendo a expressão ferida em seu rosto para obter o efeito máximo. Bryn parecia ser imune àquele tipo de coisa, mas isso sempre irritava Keira. Ela sentia que seu relacionamento com sua mãe era muito bom. E dificilmente era como se Mallory fosse uma velha solitária que ficava sentada em casa o dia todo! Ela podia estar aposentada agora, mas tinha muitas amizades e todo tipo de hobbies com que se ocupar.

      – Como está sua lasanha? – Mallory perguntou a Cristiano em seguida. – Suponho que não se compare à receita da sua supermãe, não é?

      Bryn apenas riu do tom de abandono de sua mãe. Keira não estava a fim de paparicá-la. Ela respondeu antes que Cristiano ao menos tivesse a chance, na tentativa de aliviá-lo da estranha interação social.

      – Claro que não se compara – ela disse. – Nossa comida é completamente diferente. A maior parte é importada. Quer dizer, os ingredientes italianos são tão frescos e nutritivos – ela cutucou sua massa emborrachada com o garfo. – Até os tomates têm sabor diferente na Itália.

      – Mas comida americana é boa também – Cristiano adicionou, diplomaticamente. – Keira e eu comemos bagels no café da manhã hoje cedo. Foi muito empolgante.

      Bryn fez uma cara que indicava que ela achava a empolgação de Cristiano por um bagel adorável. Keira não suportou a forma como ela olhava para Cristiano, como se ele fosse um cachorrinho fofo.

      – E por quanto tempo você vai ficar em Nova Iorque? – Mallory perguntou.

      Ótimo, Keira pensou. De novo essa pergunta.

      – Eu ainda não sei – Cristiano respondeu. – Mas não tenho nenhuma razão para sair correndo.

      Uma pequena ranhura apareceu na testa de Mallory. – Não? Você não tem que voltar para casa para trabalhar?

      Cristiano meneou a cabeça, desprendido. – Meu trabalho é só casual, e a maior parte durante o verão. Guia turístico. Garçom. Essas coisas.

      Keira notou que a ruga na testa de sua mãe se aprofundou.

      – Trabalho casual? – ela repetiu, o tom de sua voz revelando seu desgosto.

      – As coisas são diferentes lá – Keira explicou. – A cultura é diferente. As pessoas não passam uma por cima da outra por uma promoção como fazem aqui.

      – Mas ele não é mais uma criança – Mallory disse a Keira, exasperada. – Ele não devia ter alguma ideia do que quer fazer com a vida dele?

      – Mãe! – Keira exclamou.

      Cristiano apenas riu, de alguma forma encontrando humor na situação. – Eu vou encontrar meu caminho um dia, Mallory – ele a tranquilizou. – Não estou com pressa.

      Ele baixou o olhar sereno para sua lasanha. Por cima da cabeça dele, Mallory disparou uma expressão dolorida a Keira. Se ela pensava que Keira estava deixando para casar e ter filhos muito tarde, o que ela devia pensar sobre o fato de Cristiano não ter encontrado uma carreira ainda?

      Com os pratos vazios, Mallory foi buscar a sobremesa. Sorvete. Keira tinha comido tanto gelato na Itália que aquela era a última coisa que queria, especialmente o péssimo substituto americano que sua mãe tinha comprado. Mas Cristiano foi educado como sempre e produziu todos os sons apropriados enquanto comia.

      – Vocês estão todos espremidos no apartamento da Bryn por enquanto? – Mallory perguntou.

      – Eu estou deixando que eles fiquem com a cama