Название | Ameaça Na Estrada |
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Автор произведения | Блейк Пирс |
Жанр | Зарубежные детективы |
Серия | |
Издательство | Зарубежные детективы |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781094304595 |
Quando o diretor finalmente chamou o nome de Riley, seus joelhos se enfraqueceram no caminho até o corredor. Ao apressar-se em direção ao palco, Riley sentiu que já não estava dentro de seu próprio corpo.
Finalmente no palco, levantou a mão e repetiu as palavras do diretor Cormack:
- Eu, Riley Sweeney, juro solenemente que irei defender a constituição dos Estados Unidos contra todos seus inimigos, estrangeiros e internos.
Precisou segurar uma lágrima ao continuar.
É real, disse a si mesma. Está acontecendo.
Era um juramento curto, mas Riley achou que sua voz fosse faltar antes do fim. Finalmente, disse as últimas palavras:
- ... e que vou cumprir fielmente os deveres do trabalho no qual estou prestes a ingressar. Que Deus me ajude.
Riley estendeu sua mão, esperando que o diretor Cormack lhe entregasse seu distintivo. No entanto, o homem sorriu e colocou o distintivo no pódio.
- Agora espere, senhorita. Temos algo a fazer.
Riley tossiu. Ela não poderia se formar, no final das contas?
O diretor pegou uma pequena caixa preta do bolso de sua jaqueta e disse:
- Riley Sweeney, sinto-me honrado em conferir-lhe o prêmio de Liderança por Excelência.
Riley congelou, chocada.
O diretor abriu a pequena caixa e tirou dela uma fita, com uma medalha. Aplausos tomaram conta do auditório quando Cormack colocou a medalha no pescoço de Riley. Cormack a agradeceu pela iniciativa e liderança durante suas semanas na Academia.
Riley tentou escutar as palavras dele com atenção, mas estava tonta de tanta surpresa.
Não desmaie, ordenou a si mesma. Fique em pé.
Desejou que alguém estivesse gravando as palavras do diretor, porque tudo estava confuso para ela naquele momento.
Cormack a entregou algo.
Meu distintivo do FBI, Riley deu-se conta ao aceitá-lo.
Depois, ele estendeu a mão. Ela o cumprimentou e virou-se para sair.
Quando Riley Sweeney, nova agente do FBI, saiu do palco, viu que nem todos os formandos pareciam felizes por ela. Na verdade, havia um claro ressentimento no rosto deles. Mas ela não os culpava. Quando voltara do caso de assassinato, Riley fora designada líder de equipe várias e várias vezes nas atividades da Academia. Não era segredo para ninguém que alguns alunos achavam que a recente tarefa de campo de Riley havia lhe dado uma vantagem injusta sobre os outros. Ela tinha de certeza que os formandos que já tinham um passado nas forças da lei deveriam ser os mais inconformados.
Riley voltou a seu lugar, emocionada por ter recebido o prêmio e sem conseguir se lembrar de nenhuma situação parecida em sua vida.
Enquanto isso, o restante dos formando subiu ao palco para receber seus distintivos. Quando John levantou-se, Riley sorriu e acenou para ele, recebendo um aceno envergonhado como resposta.
Depois que os últimos alunos fizeram seus juramentos, o diretor Cormack novamente parabenizou os formandos pela conquista e encerrou a cerimônia. Os alunos levantaram-se de seus lugares e procuraram seus amigos.
Riley rapidamente localizou John e Frankie, que pareciam muito orgulhosos, exibindo seus novos distintivos.
- Conseguimos! – John disse, abraçando Riley.
- Somos agentes do FBI de verdade! – Frankie disse, também abraçando Riley.
- Somos mesmo! – Riley disse.
Frankie acrescentou:
- E o melhor de tudo: vamos trabalhar todos juntos na sede de Washington. Vamos continuar juntos!
- Vai ser incrível! – Riley concordou.
Ela respirou fundo. Depois de um verão intenso, tudo estava dando certo. Mais do que ela poderia imaginar.
Riley procurou Ryan e o viu caminhando pela multidão, em sua direção.
Ele estava mesmo presente, e tinha um sorriso estampado no rosto.
- Parabéns, meu amor – ele disse, beijando-a na bochecha.
- Obrigada – Riley disse, retribuindo o beijo.
Segurando a mão de Riley, Ryan disse:
- Agora podemos ir para casa.
Riley sorriu e assentiu. Sim, aquela era outra notícia boa daquela formatura. Durante as semanas na Academia, Riley havia morado no dormitório, enquanto Ryan ficara no apartamento dos dois, em Washington. Eles tinham passado muito pouco tempo juntos desde então, muito menos do que ambos desejaram.
Sua contratação para a sede de Washington significava que ela trabalharia a apenas algumas estações de metrô de seu apartamento. Eles poderiam organizar suas vidas juntos, e talvez começar a planejar o casamento em breve.
Mas antes que Ryan e Riley pudessem sair, John a chamou.
- Riley, espere um minuto. Temos mais uma coisa para fazer.
Os olhos de Riley arregalaram-se quando ela se lembrou...
Sim, temos mais uma coisa para fazer.
Riley e seus amigos saíram no ar gelado do inverno, onde os novos agentes estavam se alinhando e atravessando o pátio em direção ao cofre de armas do FBI. Riley e seus dois amigos apressaram-se para entrar na fila, enquanto Ryan os seguiu.
Riley percebeu que Ryan parecia perplexo.
Ele não percebeu o que está acontecendo aqui, pensou.
Não havia tempo para discutir naquele momento. Riley e seus amigos estavam se aproximando do intendente.
Quando finalmente chegaram, o homem entregou a cada um uma arma de fogo—uma pistola Glock, de calibre 22.
Ryan ficou de boca aberta, surpreso—e também assustado, Riley sabia.
Ele vai ter que se acostumar com isso, pensou.
Riley sorriu para ele e disse:
- Tudo bem, podemos ir embora agora.
Aliviada ao ver que Ryan não fez nenhum comentário sobre a arma de fogo, Riley despediu-se de seus amigos e voltou ao pátio.
Vai ficar tudo bem, pensou.
Foi quando um jovem aproximou-se dela segurando um envelope.
- Você é Riley Sweeney? – o jovem perguntou.
- Sim.
O jovem lhe entregou um envelope e disse:
- Me mandaram te entregar isso. Você precisa assinar aqui, para confirmar que recebeu.
Riley assinou e abriu o envelope imediatamente.
Cambaleou para trás, surpresa, ao ler seu conteúdo.
- O que é isso? – Ryan perguntou.
Ela respirou fundo e respondeu:
- Uma transferência de cargo.
- O que isso significa?
- Não vou trabalhar na sede de Washington. Me colocaram na Unidade de Análise Comportamental, em Quantico.
Ryan gaguejou:
- Mas—mas você disse que... nós íamos morar juntos.
- Nós vamos – Riley apressou-se em garantir. – Não é tão longe, na verdade.
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