Название | Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1 |
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Автор произведения | Джек Марс |
Жанр | Шпионские детективы |
Серия | |
Издательство | Шпионские детективы |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781094304045 |
O café estava frio agora, mas Reid mal notou. Seus dedos tremiam. Não havia nenhuma dúvida sobre isso; o que quer que estivesse acontecendo com ele, essas eram memórias - suas memórias. Ou de alguém. Os caras, eles cortaram algo do pescoço dele e chamaram aquilo de supressor de memória. Isso não poderia ser verdade; este não era ele. Esta era outra pessoa. Ele tinha as memórias de outra pessoa se misturando com as suas próprias.
Reid colocou a caneta no guardanapo novamente e escreveu o nome final. Disse-o em voz alta: "Johansson". Uma forma surgiu em sua mente. Cabelo loiro comprido, macio e com brilho. Maçãs do rosto macias e bem torneadas. Lábios carnudos. Olhos cinzentos, cor de ardósia. Uma recordação surgiu...
Milão. Noite. Um hotel. Vinho. Maria se senta na cama com as pernas dobradas por baixo dela. Os três primeiros botões de sua blusa estão abertos. Seu cabelo está despenteado. Você nunca tinha percebido o quão longas suas pestanas eram. Duas horas atrás você assistiu ela matar dois homens em um tiroteio, e agora é Sangiovese e Pecorino Toscano. Seus joelhos quase se tocam. Seu olhar encontra o seu. Nenhum de vocês fala. Você pode ver nos olhos dela, mas ela sabe que você não pode. Ela pergunta sobre Kate...
Reid estremeceu quando uma dor de cabeça surgiu, espalhando-se por seu crânio como uma nuvem de tempestade. Ao mesmo tempo, a visão ficou turva e desbotada. Ele fechou os olhos e segurou as têmporas por um minuto inteiro até a dor de cabeça recuar.
Que diabos foi aquilo?
Por alguma razão, parecia que a lembrança dessa mulher, Johansson, desencadeara a enxaqueca breve. Ainda mais inquietante, no entanto, foi a sensação bizarra que o dominara. Parecia... Desejo. Não, era mais do que isso - parecia paixão, reforçada pela excitação e até por um pouco de perigo.
Ele não podia deixar de se perguntar quem era a mulher, mas sacudiu a lembrança. Não queria incitar outra dor de cabeça. Em vez disso, colocou a caneta no guardanapo de novo, prestes a escrever o nome final - Zero. Isso era o que o interrogador iraniano havia dito. Mas antes que pudesse escrevê-lo ou recitá-lo, teve uma sensação bizarra. Os cabelos da nuca estavam eriçados.
Ele estava sendo vigiado.
Quando olhou para cima novamente, viu um homem parado na porta escura do Féline, seu olhar fixo em Reid como um falcão olhando para um rato. O sangue de Reid gelou. Ele estava sendo vigiado.
Este era o homem que ele devia encontrar, estava certo disso. Ele o reconhecera? Os homens árabes não o reconheceram. Esse homem estava esperando outra pessoa?
Ele pousou a caneta. Lenta e sorrateiramente, amassou o guardanapo e colocou-o em seu café frio.
O homem assentiu uma vez. Reid assentiu de volta.
Então o estranho abeirou-se dele por trás, procurando algo escondido na parte de trás de suas calças.
CAPÍTULO CINCO
Reid levantou com tanta força que sua cadeira quase caiu. Sua mão imediatamente envolveu o cabo texturizado da Beretta, quente da permanência em suas costas. Sua mente gritou freneticamente. Este é um lugar público. Há pessoas aqui. Eu nunca usei uma arma antes.
Antes de Reid sacar a pistola, o estranho tirou uma carteira do bolso de trás. Sorriu para Reid, aparentemente se divertindo com seu nervosismo. Ninguém mais no bar parecia ter notado, exceto a garçonete com o cabelo de ninho de rato que simplesmente levantou uma sobrancelha.
O estranho aproximou-se do bar, colocou uma nota sobre a mesa e murmurou alguma coisa para o barman. Então foi para a mesa de Reid. Ficou atrás da cadeira vazia por um longo momento, com um sorriso em seus lábios.
Era jovem, tinha trinta anos na melhor das hipóteses, com cabelos curtos e uma barba por fazer. Era muito magro e seu rosto era descarnado, fazendo com que as maçãs salientes de seu rosto e o seu queixo saliente parecessem quase caricaturais. O mais desarmante eram os óculos de aro preto que usava, exatamente como se Buddy Holly tivesse crescido nos anos 80 e descoberto a cocaína.
Reid percebeu que era destro; suspendeu o cotovelo esquerdo perto do corpo, o que provavelmente significava que tinha uma pistola pendurada em um coldre de ombro em sua axila para que pudesse atirar com a mão direita se fosse necessário. Seu braço esquerdo prendia sua jaqueta preta de camurça para esconder a arma.
"Mogu sjediti?", perguntou finalmente o homem.
Mogu...? Reid não entendeu imediatamente. Não era russo, mas estava perto o suficiente para ele compreender o significado a partir do contexto. O homem estava perguntando se poderia se sentar.
Reid apontou para a cadeira vazia em frente a ele e o homem sentou-se, mantendo o cotovelo esquerdo dobrado o tempo todo.
Assim que se sentou, a garçonete trouxe um copo de cerveja âmbar e colocou-o diante dele. "Merci", disse. Sorriu para Reid. "Seu sérvio não é tão bom?"
Reid sacudiu a cabeça. "Não." sérvio? Ele supôs que o homem que encontraria seria árabe, como seus sequestradores e o interrogador.
"Em inglês, então? Ou français?"
"Como preferir." Reid ficou surpreso com a sua calma. Seu coração estava quase explodindo do peito de medo e... E para ser honesto consigo mesmo, alguma excitação.
O sorriso do homem sérvio se alargou. "Eu gosto deste lugar. É escuro. É quieto. É o único bar que conheço neste distrito que serve Franziskaner. É o meu favorito." Ele tomou um longo gole do copo, de olhos fechados e um grunhido de prazer escapou de sua garganta. "Que delicioso." abriu os olhos e acrescentou, "Você não é o que eu esperava."
Uma onda de pânico tomou conta de Reid. Ele sabe de tudo, pensou. Ele sabe que você não é quem ele deveria encontrar e tem uma arma.
Relaxe, disse o outro lado, a nova parte. Você pode lidar com isso.
Reid engoliu em seco, mas de alguma forma conseguiu manter seu comportamento frio. "Nem você", respondeu.
O sérvio riu. "Certo. Mas somos muitos, sim? E você… é americano?"
"Expatriado", respondeu Reid.
"Não somos todos?" outra risada. "Antes de você, conheci apenas um outro americano em nosso… qual é a palavra… conglomerado? Sim. Então, para mim, não é tão estranho.".
Reid ficou tenso. Não sabia se era uma piada ou não. E se ele sabia que Reid estava mentindo e estava ganhando tempo? Colocou as mãos no colo para esconder os dedos trêmulos.
"Você pode me chamar de Yuri. Como posso te chamar?"
"Ben." foi o primeiro nome que veio à mente, o nome de um mentor de seus dias como professor assistente.
"Ben. Como você veio trabalhar para os iranianos?"
"Com", Reid corrigiu. Ele estreitou os olhos. "Eu trabalho com eles."
O homem, aquele Yuri, tomou outro gole de sua cerveja. "Certo. Com. Como isso aconteceu? Apesar de nossos interesses mútuos, eles tendem a ser um... grupo fechado."
"Eu sou confiável", disse Reid sem pestanejar. Ele não tinha ideia de onde essas palavras estavam vindo, nem de onde vinha a convicção com a qual elas apareciam. Ele as disse tão facilmente como se tivesse ensaiado.
"E onde está Amad?" Yuri perguntou casualmente.
"Não pôde vir", Reid respondeu convincentemente. "Mandou lembranças."
"Tudo bem, Ben. Você diz que a ação está feita."
"Sim."
Yuri se inclinou para frente, seus olhos se estreitaram. Reid sentiu o cheiro do malte em sua respiração. "Eu preciso ouvir você dizer isso, Ben. Diga-me, o homem da CIA está morto?"
Reid