Название | Vadia, Prisioneira, Princesa |
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Автор произведения | Морган Райс |
Жанр | Героическая фантастика |
Серия | De Coroas e Glória |
Издательство | Героическая фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781632919014 |
"É claro que há", disse Stephania. "Há armas no mundo ainda melhores do veneno. As palavras certas, por exemplo. Vamos ver agora. Qual destas vai doer mais? O teu amado Rexus está morto, claro. Vamos começar por aí."
Ceres tentou que o choque que sentiu não fosse visível no seu rosto. Tentou não deixar que a dor subisse o suficiente para que a miúda nobre a conseguisse ver. No entanto, ela percebeu pelo olhar de satisfação no rosto de Stephania que devia ter havido algum lampejo.
"Ele morreu a lutar por ti", disse Stephania. "Achei que gostarias de saber essa parte. Faz com que seja muito mais... romântico."
"Estás a mentir", insistiu Ceres, mas bem lá dentro ela sabia que Stephania não estava. Ela só diria algo assim se fosse uma verdade que Ceres conseguisse verificar, algo que a iria magoar e continuar a magoar quando ela descobrisse a realidade acerca disso.
"Eu não preciso mentir. Não quando a verdade é muito melhor", disse Stephania. "Thanos está morto também. Ele morreu na luta por Haylon, ali mesmo nas praias."
Uma nova onda de tristeza abateu-se sobre Ceres, espalhando-se sobre ela e ameaçando retirar-lhe todo o seu bom sendo. Ela tinha discutido com Thanos, antes de ele se ir embora, sobre a morte do seu irmão, e sobre o que ele estava a planear fazer, a lutar contra a rebelião. Ela nunca tinha pensado que aquelas poderiam ser as últimas palavras que ela lhe diria. Ela tinha deixado uma mensagem com Cosmas especificamente de modo a que não fossem.
"Mas há mais", disse Stephania. "O teu irmão mais novo? Sartes? Ele foi levado para o exército. Certifiquei-me que os raptores não o tratavam com privilégios só porque ele era o irmão da guardiã de armas de Thanos."
Ceres tentou atirar-se a ela desta vez, com a raiva que a enchia a alimentar o seu salto na direção da miúda nobre. Mas ela estava tão fraca que não havia qualquer hipótese de sucesso. Ela sentiu as pernas a enrolarem-se nos lençóis da cama, fazendo-a cair para o chão, olhando para Stephania.
"Quanto tempo achas que o teu irmão vai durar no exército?", perguntou Stephania. Ceres viu a sua expressão transformar-se em algo como falsa piedade. "Pobre rapaz. Eles são tão cruéis para os recrutas. Eles são todos praticamente traidores, afinal."
"Porquê?", conseguiu dizer Ceres.
Stephania estendeu as mãos. "Levaste Thanos de mim, e ele era tudo o que eu tinha planeado para o meu futuro. Agora, eu vou tirar tudo de ti."
"Vou matar-te", prometeu Ceres.
Stephania riu-se. "Não vais ter qualquer hipótese". Ela tocou com a mão nas costas de Ceres, e Ceres teve de morder o lábio para não gritar. "Isto não é nada. Aquela pequena luta no Stade não foi nada. As piores lutas que se possam imaginar estarão lá à tua espera, uma e outra vez, até que morras."
"Achas que as pessoas não vai notar?", perguntou Ceres. "Achas que eles não vão adivinhar o que estás a fazer? Atiraste-me para lá porque pensaste que eles se iriam erguer. O que é que eles vão fazer se acharem que estás a trai-los?"
Ela viu Stephania a abanar a cabeça.
"As pessoas veem o que querem ver. Contigo, parece que eles querem ver a sua lorde de combate princesa, a miúda que pode lutar tão bem como qualquer homem. Eles vão acreditar e vão amar-te, até ao ponto em que te transformares num motivo de chacota nas areias. Eles vão ver-te a ficares despedaçada, mas antes disso, eles vão torcer para que isso aconteça."
Ceres apenas conseguiu ver Stephania a dirigir-se para a porta. A miúda nobre parou, voltando-se para ela, e, por um momento, ela pareceu tão doce e inocente como sempre.
"Oh, quase que me esqueci. Tentei dar-te o teu medicamento, mas não achei que fosses derrubá-lo da minha mão antes de te conseguir dar o suficiente."
Ela tirou o frasco que tinha tido antes, e Ceres viu-o cair no chão quando ela o deixou cair. Ele partiu-se, com os seus pedaços a girar no chão do quarto de Ceres em lascas, o que tornaria mais doloroso e perigoso ela tentar encontrar o caminho de volta para a sua cama. Ceres não tinha dúvidas de que Stephania o tinha feito de propósito.
Ela viu a miúda nobre chegar ao pé da vela que iluminava o quarto, e brevemente, imediatamente antes de a apagar, o sorriso doce de Stephania desapareceu novamente, sendo substituído por algo cruel.
"Eu estarei lá para dançar no teu funeral, Ceres. Eu prometo-te."
CAPÍTULO SETE
"Eu continuo a dizer que devemos cortar-lhe as tripas e atirar fora o seu corpo para os outros soldados do Império o encontrarem."
"Isso é porque és um idiota, Nico. Mesmo se eles vissem mais um corpo entre os restantes, quem te diz que eles se importariam? E depois teríamos o problema de levá-lo para algum lugar onde o vissem. Não. Deviamos pedir um resgate."
Thanos estava na caverna onde os rebeldes se tinham escondido para o momento, ouvindo-os a discutir sobre o seu destino. As suas mãos estavam amarradas à frente, mas pelo menos eles tinham feito o seu melhor para cobrir e proteger as suas feridas, deixando-o à frente de uma pequena fogueira para que ele não ficado enregelado enquanto eles decidiam se o iam matar a sangue frio ou não.
Os rebeldes estavam sentados noutras fogueiras, encolhidos ao redor delas, a discutir o que poderiam fazer para evitar que a ilha caísse nas mãos do Império. Eles falavam em voz baixa, para que Thanos não conseguisse ouvir os detalhes, mas ele já sabia a essência dos mesmos: eles estavam a perder e a perder à grande. Eles estavam nas cavernas, porque não havia nenhum outro lugar para onde eles irem.
Depois de um tempo, aquele que era, obviamente, o seu líder, foi ter com Thanos, sentando-se diante de si, cruzando as pernas na pedra dura do chão da caverna. Ele deu-lhe um pedaço de pão que Thanos devorou avidamente. Ele não tinha a certeza de quando é que havia comido a última vez.
"Eu sou Akila," disse o outro homem. "Eu comando esta rebelião."
"Thanos."
"Só Thanos?"
Thanos conseguia ouvir a curiosidade e a impaciência. Ele perguntava-se se o outro homem sabia quem ele era. De qualquer das maneiras, a verdade parecia ser a melhor opção naquele momento.
"Príncipe Thanos", admitiu.
Akila, ficou ali quieto à sua frente por alguns segundos, e Thanos perguntou-se se iria morrer de seguida. Tinha sido por pouco que os rebeldes tinham pensado que ele era apenas um nobre sem nome. Agora que eles sabiam que ele era um membro da família real, perto do rei que os havia oprimido tanto, parecia impossível que eles não fizessem nada.
"Um príncipe", disse Akila. Ele olhou para os outros, e Thanos viu ali o brilho de um sorriso. "Ei, rapazes, nós temos um príncipe aqui."
"Nós definitivamente devíamos pedir um resgate, então!", gritou um dos rebeldes. "Ele valeria uma fortuna!"
"Nós definitivamente devíamos matá-lo", retorquiu outro. "Pensem em tudo o que os da sua espécie nos têm feito!"
"Muito bem, já chega", disse Akila. "Concentrem-se na luta que temos pela frente. Vai ser uma noite longa."
Thanos ouviu um leve suspiro do outro homem quando os outros homens voltaram para as suas fogueiras.
"Não está a correr bem, então?", perguntou Thanos. "Tinhas dito antes que o teu lado estava a perder."
Akila atirou-lhe um olhar penetrante. "Eu devia saber quando devia manter a minha boca fechada. Talvez tu também."
"De qualquer das formas, estás a questionar-te se me matas", salientou Thanos. "Eu acho que não tenho muito a perder."
Thanos esperou. Aquele não era o tipo de homem que ele