Um Sonho de Mortais . Морган Райс

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Название Um Sonho de Mortais
Автор произведения Морган Райс
Жанр Героическая фантастика
Серия Anel Do Feiticeiro
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9781632915801



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de suas amarras. O barulho continua por todos os navios de sua frota e Erec vê as amarras de todos os seus homens se afrouxando e cada um deles sendo libertado, um de cada vez.

      Todos olham para Erec e ele coloca um dedo sobre os lábios, fazendo sinal para que eles fiquem quietos. Erec vê que os guardas não tinham notado e que permanecem de costas para eles, em pé diante da grade do navio, brincando entre si e observando a escuridão da noite. Obviamente, nenhum deles está de guarda.

      Erec faz um sinal para que Strom e os outros o sigam em silêncio e, com Erec liderando o caminho, todos rastejam na direção dos guardas.

      "Agora!" Erec ordena.

      Ele de repente entra em ação com um salto e todos o seguem, correndo juntos até alcançarem os guardas. Quando eles se aproximam, alguns dos guardas, alertados pelo ranger da madeira do convés, se viram e começam a sacar suas espadas, mas Erec e os outros, guerreiros experientes e desesperados para aproveitar sua única chance de sobrevivência, são mais rápidos e reagem rapidamente. Strom se joga sobre um deles e agarra seu pulso antes que ele possa dar um golpe; Erec enfia a mão no cinto do homem, rouba sua adaga e corta sua garganta enquanto Strom pega a espada das mãos dele. Apesar de todas as suas diferenças, os dois irmãos trabalharam perfeitamente em equipe, como sempre haviam feito, lutando como um só.

      Todos os homens de Erec pegam as armas dos guardas, matando-os com suas próprias espadas e adagas. Outros homens simplesmente se aproximam dos guardas que demoram a reagir, empurrando-os, gritando, sobre a amurada e derrubando-os no mar.

      Erec olha para seus outros navios e vê que todos os seus homens também estão matando os guardas do Império.

      "Cortem as âncoras!" Erec ordena.

      Ao longo de sua frota, os homens de Erec cortam as cordas que os mantém no lugar e logo Erec sente a sensação familiar de seu navio movendo-se sob seus pés. Finalmente, eles estão livres.

      Trombetas soam, gritos ecoam e tochas são acesas por todos os navios quando a frota do Império finalmente percebe o que está acontecendo. Erec se vira e olha para os navios que bloqueiam o seu caminho para o mar aberto, sabendo que ele o confronto mais importante de sua vida o espera.

      Mas ele não se importa mais. Seus homens estão vivos. Eles estão livres. Agora eles têm uma chance e, desta vez, eles morrerão lutando.

      CAPÍTULO QUATRO

      Darius sente seu rosto sujo de sangue e, ao olhar para trás, vê uma dúzia de seus homens sendo abatida por um soldado do Império que se aproxima montado em um imenso cavalo negro. O soldado golpeia uma espada maior do que qualquer outra que Darius já tinha visto e, com um único golpe, corta as cabeça de uma dúzia dos homens de Darius.

      Darius ouve gritos eclodirem ao seu redor e vê seus homens sendo mortos por todas as direções. É uma cena surreal; os soldados golpeiam suas grandes espadas e os homens de Darius são abatidos, primeiro em grupos de dez e então, aos milhares.

      Darius de repente se encontra em cima de um pedestal e, até onde seus olhos são capazes de enxergar, vê milhares de cadáveres. Todo o seu povo foi morto e seus corpos estão empilhados dentro das paredes de Volúsia. Não resta um único soldado com vida, todos foram dizimados.

      Darius grita de agonia, sentindo-se desamparado, quando soldados do Império o agarram por e o arrastam, gritando, na direção da escuridão.

      Darius acorda sobressaltado, debatendo-se com falta de ar. Ele olha ao seu redor, tentando entender o que havia acontecido, o que é real e o que é sonho. Ele ouve um barulho de correntes e, quando seus olhos se acostumam com a escuridão, ele começa a perceber a origem do barulho. Ele olha para baixo e vê seus tornozelos algemados com correntes pesadas. Ele sente dores intensas e pontadas agudas em seus ferimentos recentes e percebe que seu corpo está coberto de feridas, com sangue ressecado por toda a extensão de seu corpo. Qualquer movimento lhe causa dor e ele tem a sensação de ter sido como se tivesse sido atacado por um milhão de homens. Um de seus olhos está quase completamente fechado pelo inchaço.

      Lentamente, Darius se vira e examina os seus arredores. Por um lado, ele se sente aliviado que tudo aquilo tinha sido apenas um sonho, mas lentamente as lembranças do que havia ocorrido invadem a sua mente e o pesar tomar conta de Darius. Aquele tinha sido um sonho, mas também tinha havido muita verdade em seu pesadelo. Ele começa a ter flashbacks de sua batalha contra o Império dentro dos portões de Volúsia. Ele se lembra da emboscada, dos portões sendo fechados, das tropas que os haviam cercado e da morte de todos os seus homens após terem sido traídos.

      Ele se esforça para que todas as lembranças aflorem e a última coisa da qual ele consegue se lembrar é de ter levado um golpe forte de machado na cabeça após ter matado vários soldados do Império.

      Darius estende o braço, chacoalhando as correntes, e sente a enorme ferida na lateral de sua cabeça, estendendo-se até o seu olho inchado. Aquilo não tinha sido apenas um sonho. Aquilo tudo tinha realmente acontecido.

      Quando todas as lembranças voltam, Darius é inundado pela angústia e pelo pesar. Seus homens, todas as pessoas que ele tinha amado, estão mortos. Tudo por causa dele.

      Ele olha ao seu redor freneticamente à procura de qualquer sinal de um de seus homens, qualquer sinal de sobreviventes; talvez muitos tenham vivido e sido transformados, assim como ele, em prisioneiros.

      "Saia da frente!" Diz um comando severo no meio da escuridão.

      Darius sente mãos ásperas erguendo-o pelos braços e colocando-o em pé. Em seguida, ele sente uma bota chutando suas costas com força.

      Ele geme de dor ao tropeçar, balançando suas correntes, e é arremessado para cima das costas de um menino diante dele. O garoto estica o braço e dá uma cotovelada no rosto de Darius, que é arremessado do volta para trás.

      "Não toque em mim outra vez," dispara o garoto.

      Um menino com uma expressão de desespero no rosto encara Darius, que finalmente percebe estar acorrentado a uma longa fileira de meninos, estendendo-se para ambos os lados, cujas pesadas correntes de ferro prendem seus pulsos e tornozelos. Eles estão sendo levados por um túnel escuro de pedras e os capatazes do Império chutam e dão cotoveladas no grupo à medida que eles avançam.

      Darius avalia os rostos ao seu redor sempre que possível, mas não reconhece ninguém.

      "Darius!" Sussurra uma voz urgente. "Não baixe suas guardas novamente! Eles pretendem matá-lo!"

      O coração de Darius bate acelerado ao som daquela voz familiar e, ao se virar, ele vê seus velhos amigos Desmond, Raj, Kaz e Luzi acorrentados alguns homens atrás dele na fila, aparentemente tendo sido espancados como ele. Seus amigos olham para ele com alívio, claramente felizes em ver que ele ainda está vivo.

      "Abra essa boca mais uma vez," um capataz grita para Raj, "e eu cortarei sua língua."

      Darius, apesar de sentir-se aliviado em rever seus amigos, se pergunta sobre os inúmeros outros que haviam lutado e servido ao seu lado, liderados por ele para as ruas de Volúsia.

      O capataz continua avançando pela fileira e quando ele fica fora de alcance, Darius olha para trás e sussurra de volta.

      "O que houve com os outros? Será que mais alguém sobreviveu?"

      Ele secretamente torce para que centenas de seus homens tenham escapado e estejam esperando por ele em algum lugar esperando, talvez como prisioneiros.

      "Não," é a resposta decisiva que ele recebe. "Nós somos os únicos. Todos os outros estão mortos."

      Darius tem a sensação de ter levado um soco no estômago. Ele sente que havia decepcionado a todos e, apesar de si mesmo, uma lágrima escorre pelo seu rosto.

      Ele tem vontade de chorar e uma parte dele deseja morrer. Ele mal consegue acreditar; todos aqueles guerreiros de todas aquelas aldeias de escravos… Aquele tinha sido o começo do que seria a maior revolução de todos os tempos, uma revolução que poderia mudar a face do Império para sempre, mas tudo havia terminado abruptamente com o massacre de