Название | Caravana |
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Автор произведения | Stephen Goldin |
Жанр | Научная фантастика |
Серия | |
Издательство | Научная фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788885356535 |
Peter parou fora da missão e desceu da bicicleta. Esta era sua melhor perspectiva para passar a noite. Ele poderia se alimentar na missão e depois passar a noite sentado contra a parede. As noites podem ser geladas em Los Angeles, mas normalmente não eram insuportavelmente frias. Um dos seus poucos pertences—além do dinheiro, que nem sempre era útil—era o cobertor enfiado na sua mochila. Isto seria suficiente para mantê-lo aquecido esta noite.
Começou a empurrar sua bicicleta para a missão quando notou algo acontecendo em uma rua a oeste da parede do edifício. Um homem negro com uma moto estava sendo incomodado por um bando de jovens brancos.
“Eu acho que ele é de Pacoima”, um dos baderneiros estava dizendo. “Vindo aqui para nos espiar, descobrir quais são nossos pontos fracos. Provavelmente ele e seus amigos querem fazer uma pilhagem de gasolina esta noite. E então, brilhoso, onde conseguiu a motoca?”
O negro era jovem, alto e angular; em dias mais felizes, poderia ter sido um jogador de basquete. Ele vestia uma camisa regata vermelha, calça azul e uma bandana também vermelha na testa. O seu rosto era adornado com um nítido cavanhaque e bigode pretos e era coberto por uma juba curta de cabelos encaracolados. Expressava um olhar digno e ardente. “Toque nessa moto”, disse ele, “e eu vou esculpir o Gettysburg Address3 em seu traseiro branco.” A sua voz era tão tranquila, quase inaudível, mas ainda tinha um sentimento de força nela.
O bando ficou surpreendido por um instante, e então começaram a rir nervosamente. Eram nove contra um. “Quem você pensa que é, nego, vindo aqui e dando ordens?”, perguntou o líder, movendo um passo mais perto. O resto do bando fez o mesmo.
Em um movimento rápido, o negro foi a seu bolso das calças, puxou um canivete e abriu a lâmina. A sua mão movia em um pequeno círculo na frente dele, dando a aparência de que a lâmina estava flutuando sozinha. “Não são ordens,” disse ele. “apenas bons conselhos.”
Os baderneiros pararam novamente. As coisas estavam ficando quentes e eles estavam incertos sobre o que fazer. O líder estava na pior situação—ele não queria amarelar na frente de seus companheiros. Assim, após olhar o canivete por um momento, ele calmamente foi a seu cinto e puxou sua própria arma, uma baioneta do exército montada numa haste de madeira. "Se você quer brincar, nós podemos lhe fazer companhia, não é pessoal?" Inspirados pelo seu comportamento, os outros pegaram suas facas.
Peter olhou ao redor. Ninguém no parque estava em uma posição para ver o que estava acontecendo. Se estavam, ignoravam muito bem. Sentiu uma sensação de embrulho em seu estômago e o cuspe em sua boca azedou. Verificou que a sua própria faca estava solta na sua bainha, para o caso de ser necessário.
O bando foi circulando sua presa, mas com menos confiança do que poderia sentir idealmente. A prospectiva vítima não era um impotente forasteiro assustado por seu bullying, mas um homem de aparência poderosa com uma faca afiada e um aparente conhecimento de como usá-la. A gangue avançou com cautela.
O negro ficou parado no lugar, rodando lentamente para manter um olho nas pessoas por trás dele bem como àquelas em frente. A sua faca preparada e apontada diretamente para a garganta do líder.
Com um berro alto, semelhante a um touro, o líder foi para cima. O negro evadiu com facilidade e rapidamente moveu seu punho naquilo que parecia um movimento sem muito esforço—ainda assim, quando o líder se endireitou novamente, Peter pôde ver que um profundo corte tinha trespassado sua orelha esquerda, que sangrava profusamente. “Próximo,” disse o negro, rindo.
Três outros atacaram a partir de direções diferentes. Um recebeu um chute rápido na virilha que o fez dobrar-se de dor; o segundo encontrou apenas o ar quando a vítima já havia se deslocado para causar um golpe na mão do terceiro. “Vamos lá,” gritou o líder da gangue de um canto mais afastado. “O que somos? Um bando de frangotes? Peguem ele!”
Todos eles convergiram de uma só vez, embora mostrando um grande respeito pelas proezas da sua vítima. O negro tinha um maior alcance do que a maioria deles e foi capaz de mantê-los momentaneamente à distância com seus cortes, mas ele não podia durar para sempre contra os seus números superiores.
Peter não era um bom lutador, embora tivesse mais do que a sua quota de prática ao longo do último ano. Ele geralmente evitava brigas se pudesse, mas esta foi uma que ele não podia ignorar se quisesse viver com a sua consciência limpa. Sacando a sua faca e emitindo um grito alto, ele correu para frente.
A gangue foi surpreendida por este ataque a partir de um novo sentido e travou por um momento, dando Peter uma vantagem que precisava muito. Ele incapacitou um dos inimigos com uma punhalada rápida na lateral, sob as costelas. Virando para o próximo homem, golpeou na altura da face, cortando um pouco acima da sobrancelha. Sangue vazou do corte para dentro do olho, cegando o sujeito e fazendo com que ele pensasse que seu olho tivesse sido vazado. O baderneiro caiu no chão, aos gritos.
O negro não hesitou como seus atacantes. A sua faca estava ocupada cortando seus adversários, fazendo-os lutar defensivamente. Mas agora eles tinham se recuperado da surpresa do ataque de Peter e lançaram uma contraofensiva própria. Peter encontrou-se enfrentando dois tipos grandes ameaçadores com homicídio em seus olhos. Sem o elemento de surpresa do seu lado, os dois baderneiros eram sem dúvida os melhores combatentes. Peter afastou-se deles lentamente até que descobriu que a suas costas estavam contra a parede da missão. Os outros dois continuavam se aproximando dele, sorrisos maldosos em suas faces.
O que estava à sua esquerda arremeteu-se contra ele. Peter tentou girar para longe, mas não foi rápido o suficiente—a faca do atacante cortou a parte superior do seu braço esquerdo, enviando uma onda de dor através de seu corpo. O sangue brotou, colorindo sua já encardida camisa, mas teve pouco tempo para se preocupar com isso—lutava por sua vida.
Seu giro o colocou em uma má posição, porque agora tinha o seu lado esquerdo para fora e o seu lado direito—juntamente com a sua faca—contra a parede. Peter teve que se abaixar rapidamente quando o segundo invasor, vendo a abertura, fez um golpe perigoso em direção a sua cabeça. A lâmina assoviou apenas um quarto de polegada sobre seu cabelo.
No entanto, ao fazer o golpe, o jovem ficou com a guarda aberta. Peter avançou e deu-lhe uma estocada na barriga do atacante. O homem soltou um grito de dor e encolheu-se lentamente no chão. Peter com agilidade puxou sua lâmina e rolou no chão para escapar do primeiro atacante, que vinha para cima dele outra vez.
Quando ficou em pé viu o homem diante dele em uma posição agachada de combate. Circularam um ao outro por breves momentos, então o sujeito atacou. Peter tentou dar uma de Matador4, evadindo o ataque e aparando a investida, mas foi apenas parcialmente bem-sucedido. A faca do baderneiro cortou através de sua camisa e arranhou as costelas do lado esquerdo. Peter girou o corpo e tomou distância.
O jovem, sentindo uma presa fácil, atacou de novo. Contudo, ele chegou a apenas meio caminho de Peter. Gritando ele caiu para frente. Um canivete estava enfiado em seu pescoço.
Peter olhou em sua volta, estudando o campo de batalha. Sete corpos estavam espalhados no chão, a maioria deles vivos, mas gravemente feridos. Os dois membros da gangue restantes fugiam descendo a rua. No centro da devastação, o homem negro admirava sua obra com calma. Parecia incólume. Com um sorriso direcionado a Peter, ele aproximou-se e puxou seu canivete da garganta da última