Название | Confissões de amor |
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Автор произведения | Sara Craven |
Жанр | Языкознание |
Серия | Sabrina |
Издательство | Языкознание |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9788413484945 |
Mas Joanne encontrou-a.
– O Zandor fez-se a ti? – perguntou, nervosa. – Meu Deus! É o cúmulo. Deve ter mulheres a caírem-lhe aos pés por todo mundo. Portanto, não precisa de andar por aí a chatear – acrescentou com paixão. – Sinceramente, Alanna, não acredites em nada do que ele diga.
– Não te preocupes, não o farei.
– Além disso, – acrescentou Joanne, mais alegremente, – és a rapariga de Gerard, não és?
«Mentira», pensou Alanna. «A verdade é que neste momento não sei quem sou nem o que faço aqui».
Ergueu o queixo.
– Claro que sim – retorquiu.
– E os meus pais morrem de vontade de conhecer-te – Joanne levou-a até ao outro lado da sala. – Mas não te preocupes. A tia Caroline e a minha mãe não são nada parecidas. Ninguém diria que são irmãs.
A senhora Dennison era uma mulher alta e forte, cujo cumprimento foi tão caloroso quanto o seu sorriso.
– Lançaram-te às feras – disse, bem-humorada. Fez-lhe um sinal para que se sentasse ao seu lado. – Receio que não nos encontres no nosso melhor momento, mas não culpes o Gerard. Ele não podia saber o que ia acontecer – voltou-se para o seu esposo. – E agora parece que a minha mãe convidou o Tom Bradham para amanhã à noite. Mais problemas.
Maurice Dennison encolheu os ombros.
– Ela ressuscita com isso, querida. Relaxa-te e deixa que seja a Caroline a preocupar-se com o pormenor de onde sentará as pessoas – olhou para o seu relógio. – É quase hora de jantar. Vou buscar Kate e Mark à zona infantil e trazê-los cá para baixo.
– A minha mãe – disse Diana Dennison quando o seu marido se afastou – deve ser a única bisavó do mundo que continua a pensar que às crianças o melhor é vê-las pouco e nunca as ouvir. Portanto, elas só descem uma vez por dia, à hora do chá. E os seus pais, por seu lado, escolhem passar grande parte do tempo lá em cima com eles.
Suspirou.
– Os pais do Mark ficariam encantados por poderem ficar com eles, e eles iriam divertir-se muito na quinta, mas a minha mãe insiste sempre em que os tragam quando convoca a família – abanou a cabeça. – Não consigo perceber porquê. Nunca gostou de crianças. Nem sequer das suas, se a memória não me falha – acrescentou, secamente.
Sorriu de novo para Alanna.
– Escandalizei-te, não foi? Mas o Gerard não se importará que saibas como é a nossa vida aqui.
– Acho que deveria deixar claro que conheço o Gerard há muito pouco tempo – retorquiu Alanna.
A senhora Dennison encolheu os ombros.
– Certamente, isso não o incomoda, ou não te teria convidado. E fico contente. Vou dizer ao meu sobrinho que será um tonto se te deixar escapar.
– Senhora Dennison, por favor… – murmurou Alanna com ansiedade.
A mulher suspirou.
– Desculpa-me, mas gosto do Gerard e quero voltar a vê-lo feliz. No entanto, se não queres, não direi nem uma palavra – sorriu com malícia. – Deixemos a natureza seguir o seu curso. Aí vem a minha irmã. Presumo que esteja na hora de passarmos à sala de jantar.
O jantar foi longo e lento, mas esteve muito longe do pesadelo que Alanna temia. Por um lado, porque a comida era excelente e, por outro, porque deu por si sentada num extremo da mesa, longe de Gerard e, por sorte, mais longe ainda de Zandor.
Os seus vizinhos mais próximos eram Desmond Healey, uma cópia calma e humorística do seu pai, e a sua bela esposa, ambos entusiastas do teatro, e divertiu-se a conversar com eles.
Quando acabou o jantar, era já tarde o suficiente para permitir-lhe desculpar-se e retirar-se para o seu quarto, após se assegurar de que Zandor não estava à vista.
Tinha reparado que Niamh Harrington também faltava e Gerard tinha desaparecido, provavelmente para continuar a sua reunião anterior. Portanto, podia fugir para o seu quarto sem mais demonstrações de afeto por parte dele e fechar a sua porta à chave.
Quando se preparava para se deitar, pensou no comentário da senhora Dennison sobre como desejava que Gerard «voltasse a ser feliz». Nunca tinha reparado que ele fosse infeliz.
Abriu as cortinas para deixar entrar o luar e tentou acomodar-se num colchão que era duro e tinha altos e baixos.
Estava quase a dormir quando ouviu baterem calmamente à porta. Ergueu-se sobre um cotovelo e viu a maçaneta a girar lentamente.
Permaneceu em silêncio e imóvel até voltar à sua posição inicial, quando ouviu uns passos a afastaram-se pelo corredor.
Tinha-se ido embora. Alanna nem precisava de perguntar-se a identidade do visitante.
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