No Olho Do Furacão. Rebekah Lewis

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Название No Olho Do Furacão
Автор произведения Rebekah Lewis
Жанр Современные любовные романы
Серия
Издательство Современные любовные романы
Год выпуска 0
isbn 9788835406501



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pelo corredor.

      Ele fez sinal para ela entrar antes dele. Christophe pode ter se adaptado à vida de pirata, mas não tinha esquecido de como ser um cavalheiro. Na maioria das vezes. Ele se encolheu, lembrando-se do ultraje no rosto da mulher quando ele se ofereceu para pagar pelos serviços dela. Cristo, ele tinha sido um idiota pretensioso.

      Assim que entrou, Christophe olhou ao redor da pequena cabine para um. Parecia mais com um quarto de pousada do que com uma cabine de barco. Uma pousada muito elegante que não existia em 1715. A mobília estava pregada. O puro luxo dos lençóis, das pinturas e da mobília foi chocante, tudo parecia tão limpo e intrincado! A janela de um dos lados ia do chão ao teto, e o guarda-corpo do outro lado dava a entender que ela se abria como uma porta para que se pudesse desfrutar da vista do oceano. Tão diferente de quaisquer alojamentos ou porões de navio em que ele já viajou. Precisou manter as mãos cruzadas para se impedir de sair olhando e tocando todas as superfícies.

      – Há quanto tempo você tem estado… navegando? – Ela escolheu as palavras com cuidado.

      – Não muito. – Por alguma razão, ele achou que fosse importante justificar a sua aparência. Nada de uniforme militar, mas armado. Muito parecido com um pirata da sua época. – Eu fui forçado à pirataria há mais ou menos um ano. Ganhei o respeito dos meus homens e fui subindo de posição. E escapei no momento em que o nosso navio foi atacado.

      Ela fez que sim e se sentou no banco construído na parede ao lado da janela.

      – Ouvi falar dessa época. Eles foram terríveis, e você fez o que tinha que fazer. – Ela começou a brincar com a barra da blusa azul brilhante, mas não deixou de olhar para ele, sentando-se ereta, como se tentasse decifrar o tipo de pessoa que ele era. Como se a alma dele fosse tão digna quanto as histórias sugeriam.

      A Sra. Baker se acomodou mais no assento e tirou os chinelos. As unhas dos pés estavam pintadas de vermelho. Ela mexeu os dedos quando o viu olhando. Embora ela fosse velha, a mulher tinha um sorriso lindo.

      – Uma pena eu não ser uns quarenta anos mais jovem. – A alegria coloria a voz dela. – Sempre sonhei em viajar no tempo ou conhecer alguém que tenha viajado. Eu teria arrasado com o seu mundo, jovem. Você não ia saber o que te atingiu.

      Ele não era de corar fácil, mas ouvir uma senhora dizendo aquilo para ele quase levou o rubor às suas bochechas. Como respondia a uma coisa assim?

      A senhora riu.

      – Ah, bem. A maior parte da minha família se mudou de Nassau para o Mississippi há umas duas gerações e trouxe com eles histórias de outras pessoas que diziam ter visto viajantes do tempo. As histórias eram passadas de mãe para filha, histórias de acontecimentos misteriosos que aconteciam no Triângulo do Diabo.

      Christophe tremeu e olhou para a enorme janela. Nunca tinha acreditado nas superstições que rodeavam aquela misteriosa parte do Atlântico. Veleiros inteiros nunca mais foram vistos, nem histórias eram contadas sobre eles, e a julgar pelo o que aconteceu com o Calypso, ele imaginou que teriam sido vítimas de pirataria ou dos perigos da intempérie. Uma tempestade de arrasar com um navio nem sempre chegava à terra, e muitas vezes os detritos do naufrágio eram levados para longe ou os piratas atacavam antes de sequer serem vistos.

      – Diz a lenda – prosseguiu a Sra. Baker, e ela olhou por cima do ombro dele. – Que todo mundo tem uma alma-gêmea, e a cada trezentos anos essas almas têm a chance de se encontrar. Às vezes, as almas se prendem ao futuro, ou vice-versa. – Ela ergueu as palmas na frente dela para demonstrar. – Mas elas precisam estar passando sobre um vórtice no mesmo lugar, no mesmo dia. – Então ela juntou as mãos.

      – O redemoinho – saiu em um sussurro. O vívido espiral de água azul-esverdeada que sugou o bote para as profundezas. Ele não ter morrido foi um milagre. Outro arrepio percorreu o seu corpo enquanto ele ficava de costas para a janela. A luz do quarto deixava o vidro muito escuro para ver bem o que estava lá fora, mas o movimento familiar do oceano ainda era o mesmo. Ele poderia muito bem ter se afogado em vez de terminar aqui.

      – O vórtice apareceu para você na forma de um redemoinho? Imagino que tenha sido muito assustador.

      Ele tossiu uma risada.

      – Foi… não agradável.

      A Sra. Baker sorriu.

      – E você, por acaso, se encontrou com alguém por quem sentiu uma atração instantânea? – Ela estalou os dedos. – Uma compulsão para estar com ela, mesmo sabendo que deveria estar imaginando como sobreviverá nessa nova época?

      Uma imagem da rapariga de mais cedo veio à sua mente e ele suspirou. Ela o enfeitiçara através do redemoinho e então o expulsou no momento em que ele demonstrou desejo? Claro, ele a tinha insultado, mas ela estava assustadiça. Ele queria ver as defesas dela ruírem enquanto se entregava a ele. Ver a apreensão dar lugar à paixão. Por alguma razão insondável, ansiava ganhar a confiança dela, como se fosse o maior tesouro de toda a terra e mares.

      – Ah – a Sra. Baker levou as mãos às bochechas. – Encontrou. – Então, como se o que quer que ela tivesse visto na sua expressão tivesse resolvido o problema que apontara, a senhora usou a bengala para voltar a ficar de pé. – Josiah vai voltar logo, e nós não temos tempo a perder. Teremos dois dias nas Bermudas antes de voltarmos para terra e sua alma-gêmea ir embora para longe de você. Vamos limpá-lo, alimentá-lo e ver o que podemos fazer quanto a sua documentação, para que, assim, você possa encantá-la.

      Documentação? Se ele tivesse chegado a uma nova época, todos os traços da sua identidade teriam se perdido. Talvez o afogamento tivesse sido uma melhor opção.

      Se não fosse por ela. Sua beleza de cabelos escuros.

      Como se pegando a deixa, uma batida na porta sinalizou a chegada de Josiah antes de ele abrir a porta e verificar que Christophe não tinha feito nada vil com a mãe.

      – Foi lhe dada uma oportunidade que muitos de nós jamais teremos – disse a Sra. Baker, como se eles não tivessem sido interrompidos. – Então não a deixe escapar, Christophe Jones. Como meu filho disse, os contos normalmente tratam de recompensas para aqueles que são bons e honestos. Parece que você estava no meio do Triângulo das Bermudas, na hora certa para receber essa chance.

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