Название | Chegada |
---|---|
Автор произведения | Морган Райс |
Жанр | Героическая фантастика |
Серия | As Crónicas da Invasão |
Издательство | Героическая фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781640296855 |
“Eles não vão se distrair com o carro por muito tempo” Kevin supôs. “Precisamos de pensar em outra coisa.”
“Há imensos carros lá em cima no estacionamento” disse Chloe.
Luna bufou. “Para os quais não temos chaves.”
“Eu não preciso de uma chave. Era isso que eu estava a fazer lá em cima, até eles irem atrás de mim.” Ela ainda soava como se quisesse provocar uma discussão, mas naquele momento, se eles todos conseguissem sair dali, Kevin conseguiria viver com isso.
“Precisamos de ficar calados” disse Kevin, e elas olharam para ele como se ele tivesse acabado de dizer a coisa mais óbvia do mundo. Todos continuaram a andar para a frente rastejando, subindo a montanha até ao cume e ao parque de estacionamento que existia ali para os visitantes. Por enquanto, pelo menos, parecia estar vazio.
“Podias muito bem tirar essa máscara idiota” Chloe disse para Luna. “Eu disse-te, o que quer que tenha sido que eles colocaram no ar já desapareceu. Ou estás com medo?”
Esta última frase foi o suficiente para atingir Luna. De uma maneira contundente, ela tirou a máscara, pendurando-a no seu cinto.
“Eu não estou com medo” disse ela. “Simplesmente não sou estúpida.”
“Precisamos de encontrar um carro” disse Kevin, interrompendo antes que elas pudessem discutir novamente.
Havia muito por onde escolher, deixados onde quer que tivessem sido estacionados pelas pessoas que visitavam a montanha. Havia SUVs e minivans, carros modernos e antigos em todos os tipos de cores e...
“Aquele” Chloe disse, apontando para uma pick-up que parecia tão maltratada que Kevin estava surpreendido por restar ainda alguma coisa dela. A pintura estava a descascar e a ferrugem aparecia em alguns pontos. “Eu vou conseguir por aquele a funcionar.”
Eles foram até lá e viram que uma das janelas estava ligeiramente aberta. Chloe puxou-a ainda mais para baixo, depois pôs a mão lá dentro e abriu a porta.
“Não te preocupa que ela saiba como fazer tudo isto?” Luna perguntou a Kevin.
Chloe olhou para trás. “Nem todos nós temos pequenas vidas perfeitas, líder de claque.”
Kevin ficou quase grato pela visão de um grupo de pessoas controladas a avançarem lentamente, obviamente à procura.
“Rápido” ele disse “para a pick-up!”
Eles entraram, mantendo a cabeça baixa. Chloe estava no banco do condutor a trabalhar algo com a ignição. Parecia estar a demorar muito tempo.
“Eu pensei que tu tinhas dito que conseguias fazer isto” sussurrou Luna.
“Eu gostaria de te ver a tentar” Chloe retrucou.
“Desde que nos consigas levar para a NASA” disse Luna.
Chloe abanou a cabeça. “Nós vamos para Los Angeles.”
“São Francisco” insistiu Luna.
“Los Angeles” Chloe ripostou.
Kevin sabia que tinha de intervir, porque, se não o fizesse, provavelmente elas ainda estariam a discutir quando as pessoas controladas os alcançassem.
“Por favor, Chloe, nós precisamos ouvir esta mensagem. E... bem, se não der certo, então talvez pudéssemos ir para Los Angeles. Juntos.”
Chloe ficou calada por um minuto. Kevin ousou dar uma olhadela por cima do painel de instrumentos do carro. Ele esperava que ela tomasse uma decisão em breve, porque o grupo de pessoas controladas estava a aproximar-se.
“Eu acho que vocês basicamente salvaram-me a vida da outra vez” disse Chloe. “Ok.”
Ela continuou a fazer o que estava a fazer com a ignição. O motor tossiu. Kevin olhou para cima e viu cada uma das pessoas controladas pelos alienígenas a olhar fixamente para eles agora, com a intensidade de um gato que acabara de avistar um rato.
“Hum... Chloe?”
Eles começaram a correr para a frente.
“Consegues fazer isto ou não?” Luna perguntou.
Chloe não respondeu, limitando-se a continuar a trabalhar no que estava a fazer. O motor gaguejou novamente, e, depois, começou a trabalhar. Chloe olhou para cima triunfante.
“Veem! Eu disse-vos que...”
Ela parou logo a seguir quando uma figura bateu na pick-up, tentando agarrá-los.
“Tira-nos daqui” disse Kevin, e Chloe assentiu.
A pick-up foi aos solavancos para a frente enquanto ela conduzia, aparentemente não se importando se batia nas pessoas controladas ou não. Eles giraram em torno de um carro e um soldado atirou-se para a frente da pick-up. Chloe não diminuiu a velocidade nem por um momento, e o estrondo quando o atingiram foi horrível. Ele bateu no capô, rebolou e levantou-se, mas nessa altura eles já se tinham afastado.
Ou quase afastado, de qualquer das maneiras. Mas havia limites para a velocidade a que eles conseguiam ir na estrada da montanha, especialmente com o risco de haver carros abandonados no caminho, deixados onde as pessoas estavam quando o vapor converteu os seus ocupantes. Chloe estava a contorná-los, mas, ainda assim, isso estava a atrasá-los ao ponto das pessoas controladas se estarem a aproximar.
“Eles não estão a desistir” disse Luna olhando para trás.
“Eles não se cansam, eles não param” Chloe disse, e houve algo na maneira como ela o disse que sugeriu que ela o tinha aprendido da maneira mais difícil. “Segurem-se.”
Kevin agarrou-se ao painel quando ela acelerou, com a pick-up a rolar de forma alarmante enquanto contornava os obstáculos no caminho. Kevin tinha a certeza de que eles iriam bater a qualquer momento, mas de alguma forma, incrivelmente, isso não aconteceu. Chloe puxava o volante de um lado para o outro, e a pick-up arrastava-se em resposta.
Eles derraparam para perto da beira da estrada, e Kevin não sabia o que é que seria pior: bater ou ser apanhado. No entanto, Chloe parecia já ter decidido, porque eles não abrandaram. Eles desceram pela montanha e Kevin pôde ver as pessoas controladas a ficarem cada vez mais para trás.
“Conseguimos” disse ele. “Nós sobrevivemos.”
Luna abraçou-o. Por cima do ombro, Kevin pôde ver o olhar no rosto de Chloe.
“Agora tudo o que temos a fazer” disse Luna “é ir para a cidade, entrar num lugar do qual mal conseguimos sair e encontrar uma mensagem de um segundo conjunto de alienígenas sem sermos agarrados pelos primeiros.”
Colocado assim, parecia uma tarefa impossível. Kevin mal conseguia imaginar conseguirem chegar inteiros ao instituto da NASA, mas ainda assim eles precisavam de o fazer.
Era a única esperança que o mundo tinha.
CAPÍTULO CINCO
“Estou tentada a dizer 'já estamos quase lá'” disse Luna, com um sorriso para Kevin.
Kevin deveria ter adivinhado que um dos maiores perigos de uma viagem como esta não era apenas o risco de cair, ou ser emboscado por pessoas controladas por alienígenas, ou qualquer coisa assim. Era a possibilidade de Luna ficar suficientemente entediada para começar a pensar em maneiras de se entreter. Ele não tinha dúvida de que isso significaria uma discussão com Chloe e, como Chloe estava a conduzir, isso não parecia uma coisa boa.
Muitas coisas não pareciam, desde a nave alienígena a pairar no céu, do tamanho da lua e sinistra, até ao silêncio, quase ao vazio, das estradas. Tudo isso apenas o lembrava de quão estranha era toda aquela situação e o quanto