A mentira mora ao lado . Блейк Пирс

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Название A mentira mora ao lado
Автор произведения Блейк Пирс
Жанр Современные детективы
Серия Um mistério psicológico de Chloe Fine
Издательство Современные детективы
Год выпуска 0
isbn 9781640296299



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– Rhodes disse. – Onde você encontrou o telefone?

      - Debaixo da mesa encostada na parede da sala.

      Chloe podia ver que Rhodes estava animada com a descoberta, mas não queria dar muito crédito a ela. Ela apenas assentiu em aprovação e voltou a trabalhar, procurando digitais na janela.

      As duas sentiram que, graças ao vídeo no Snapchat, seu trabalho estava prestes a terminar ali. Elas tinham a evidência perfeita e tudo o que fizessem depois seria mera metodologia ou rotina.

      Chloe imaginou que poderia colaborar e não causar nenhuma outra tensão entre as duas. Ela pegou o telefone e voltou à sala. Caminhou pela cozinha e viu as marcas das balas na parede. Mas ela sabia que a chave para o caso estava no telefone que estava carregando, esperando para fazer o assassino daquela família pagar pelo que fez. E, em sua mente, ela não pode deixar de pensar que aquilo fora fácil demais. Ela tinha certeza que Rhodes pensava a mesma coisa e aquilo, de alguma forma, diminuiu sua animação.

      CAPÍTULO QUATRO

      Elas voltaram à sede do FBI duas horas depois, e Chloe sentia que já havia evidências mais do que suficientes para que houvesse um suspeito sob custódia até o fim do dia. O vídeo do Snapchat era o que de mais poderoso elas haviam encontrado, mas elas também acabaram encontrando duas digitais, a pegada no tapete do quarto e dois fios de cabelo grudados na janela do quarto.

      Elas apresentaram suas descobertas ao Diretor Assistente Garcia, em uma pequena mesa de reuniões nos fundos do escritório dele. Quando Chloe mostrou a ele o que havia encontrado no telefone, viu que ele tentou esconder um pequeno sorriso de satisfação. Ele também parecia feliz em ver quão profissionalmente e dentro das normas Rhodes havia empacotado e catalogado cada uma das evidências encontradas.

      Talvez ela também devesse mudar de departamento, Chloe pensou com um pouco de maldade.

      - Trabalho incrível - Garcia disse, levantando-se da mesa e as cumprimentando como se fossem estudantes sendo premiadas. – Vocês trabalharam rápido, minuciosamente, e não vejo como não ser possível conseguirmos uma prisão concreta com isso tudo.

      As duas agentes agradeceram. Chloe sentiu-se um pouco melhor ao ver que Rhodes não sabia como lidar com elogios, tanto quanto ela.

      - Agora, Agente Fine, recebi uma ligação do Diretor Johnson antes de vocês entrarem. Ele quer encontrar com você em cerca de quinze minutos. Agente Rhodes, por que você não vai ao laboratório e vê o que acontece com todas as evidências que vocês trouxeram?

      Rhodes assentiu, ainda como se fosse uma boa aluna. Enquanto isso, Chloe sentiu-se em pânico novamente. Quando ela visitara Johnson, no dia anterior, ele havia lhe dado uma notícia que mudara tudo. O que ele teria planejado agora?

      Guardando suas perguntas para si, ela caminhou em direção ao escritório dele. Quando entrou na pequena área de recepção, viu que a porta estava fechada. A secretária do diretor apontou para uma das cadeiras encostadas na parede enquanto falava com alguém ao telefone. Chloe sentou-se e finalmente tirou um momento para refletir sobre o que aquele dia significava para ela e para sua carreira.

      De um lado, ela havia descoberto uma evidência importante que provavelmente levaria à prisão de um membro de uma gangue que havia matado uma família inteira. Mas ao mesmo tempo, ela havia cometido um erro de principiante ao provavelmente ter estragado o que seria uma pegada. Imaginou que, no longo prazo, a pegada não interessaria, graças à prova do Snapchat. Ainda assim, estava muito envergonhada por ter tido a atenção chamada por Rhodes daquela maneira. Imaginou que, na melhor das hipóteses, as duas coisas ficariam “quites”: sua descoberta incrível balanceando com seu erro terrível.

      Quando a porta do escritório de Johnson abriu, seus pensamentos foram interrompidos. Ela olhou para a porta e viu Johnson colocar a cabeça para fora. Ele a viu e sequer disse algo. Apenas a chamou para seu escritório. Era impossível saber se aquela era uma demonstração simples de pressa ou de raiva.

      Chloe entrou no escritório e, quando o diretor fechou a porta, apontou para a cadeira no outro lado de sua mesa—um lugar que estava se tornando cada vez mais familiar para Chloe. Quando ele sentou, Chloe finalmente pode ler sua expressão. Ela tinha certeza de que ele estava irritado com algo.

      - Você deve saber – ele disse, - que eu acabei de falar com a Agente Rhodes no telefone. Ela me contou que você basicamente destruiu uma pegada na cena do crime.

      - É verdade.

      Ele assentiu, desapontado.

      - Estou decepcionado, porque por um lado, ela é tão nova quanto você. E o fato de ela ter me ligado basicamente para falar mal de você me deixa puto. Mas ao mesmo tempo, estou feliz por ela ter me contado. Porque mesmo esse sendo seu primeiro dia, é importante fica atento a esse tipo de coisas. Você sabe, é claro, que eu não chamo todos os agentes que cometem um erro no meu escritório para falar com eles sobre isso. Mas com você, achei que eu deveria te chamar, já que eu mudei seus planos no último minuto. Você acha que isso te tirou do lugar certo?

      - Não. Eu simplesmente não vi. Eu estava muito focada em analisar a janela e não vi a pegada.

      - É compreensível, mas um pouco tosco. Mas o Diretor Assistente Garcia me disse que você encontrou uma evidência que deve nos levar a uma prisão—um celular com uma aba do Snapchat aberta. Correto?

      - Sim senhor. – E por razões que não entendia, Chloe queria completar: mas qualquer um poderia ter encontrado, sinceramente. Foi meio que sorte.

      - Eu me considero um cara que perdoa muito – ele disse. – Mas saiba que mais erros como esse da pegada podem resultar em consequências sérias. Por enquanto, no entanto, quero você e a Agente Rhodes em outro caso. Você tem algum problema em trabalhar com ela?

      A palavra sim veio até a ponta da língua, mas Chloe não queria parecer mesquinha.

      - Não, eu posso lidar com isso.

      - Eu olhei os relatórios dela. Os instrutores dela dizem que ela é muito esperta, mas tem uma tendência a tentar as coisas sozinha. Então, meu conselho é que você não deixe que ela tome o controle total do caso.

      Sim, eu já percebi isso, Chloe pensou.

      - E sendo honesto, eu já a avisei sobre isso - ele prosseguiu. – Eu também disse a ela que não gosto quando novos agentes tentam ferrar com outros. Então, espero que ela seja mais esperta no próximo caso. Eu e o Diretor Garcia vamos supervisionar isso daqui para frente, só para ter certeza de que tudo está nos conformes.

      - Tudo bem, eu agradeço.

      - Fora a pegada destruída, você fez um excelente trabalho hoje. Eu gostaria que você passasse o restante do dia escrevendo um relatório da cena do crime e de sua relação com a Agente Rhodes.

      - Sim, senhor. Algo mais?

      - Por enquanto é isso. Só... como eu disse... se você começar a sentir que essa mudança de última hora está atrapalhando seu trabalho, me diga.

      Chloe assentiu e se levantou. Ao sair do escritório, sentiu como se tivesse desviado de uma bala—como uma criança quando é chamada na sala do diretor, mas é liberada apenas com um pequeno tapa no punho. Ainda assim, o fato de Johnson ter elogiado a maior parte de seu trabalho no dia a deixou mais à vontade.

      Ela voltou à sua pequena estação de trabalho—um cubículo, mais especificamente—com sua mente disparada. Imaginou se já haveria existido algum novo agente que fora chamado duas vezes no escritório do Diretor em menos de quarenta e oito horas. Sentiu-se importante e, ao mesmo tempo, que estava sendo minuciosamente examinada a todo momento.

      Enquanto esperava pelo elevador, viu outro agente vindo. Chloe quase não reconheceu seu rosto, do pequeno grupo de agentes que fora incluído no programa PaCV no dia anterior.

      - Você é a Agente Fine, certo? – Ele disse, sorrindo.

      - Sou – ela respondeu,