Arrebatadas . Блейк Пирс

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Название Arrebatadas
Автор произведения Блейк Пирс
Жанр Современные детективы
Серия Um Mistério de Riley Paige
Издательство Современные детективы
Год выпуска 0
isbn 9781640290341



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cartão era simplesmente “Nanette” e o negócio era “Ishtar Escorts”.

      “Este cartão estava com a vítima quando foi encontrada,” Explicou Fowler. “A polícia entrou em contacto com a Ishtar Escorts e descobriu o nome verdadeiro da mulher, o que tornou possível identificá-la como a meia-irmã do Agente Holbrook.”

      “Como é que foi asfixiada?” Perguntou Riley.

      “Tem nódoas negras no pescoço,” Disse Fowler. “O assassino pode ter enfiado a cabeça da vítima num saco de plástico.”

      Riley observou as marcas mais atentamente. Teria aquilo sido um jogo sexual que correu mal ou um ato homicida deliberado? Ainda não podia ter a certeza.

      “O que tinha vestido quando foi encontrada?” Perguntou Riley.

      Fowler abriu uma caixa que continha a roupa da vítima. Usava um vestido rosa com um decote cavado, mas não demasiado, claramente um degrau acima da típica prostituta de rua. Era o vestido de uma mulher que queria parecer muito sexy e ao mesmo tempo adequado como traje para clubes noturnos.

      Junto ao vestido estava um saco de plástico com joias.

      “Posso ver?” Perguntou Riley a Fowler.

      “Força.”

      Riley pegou no saco e observou o seu conteúdo. A maioria era bijuteria de razoável gosto – um colar de contas, pulseiras e brincos simples. Mas um elemento se destacava entre os outros. Um elegante anel de ouro com um diamante. Pegou nele e mostrou-o a Bill.

      “Verdadeiro?” Perguntou Bill.

      “Sim,” Respondeu Fowler. “Ouro verdadeiro e diamante verdadeiro.”

      “O assassino não se deu ao trabalho de o roubar,” Comentou Bill. “Não teve nada a ver com dinheiro.”

      Riley virou-se para Morley. “Gostava de ver o local onde o corpo foi encontrado,” Disse. “Agora mesmo, enquanto ainda temos luz do dia.”

      Morley parecia intrigado.

      “Podemos lá chegar de helicóptero,” Disse. “Mas não sei o que espera encontrar. Polícias e agentes passaram aquilo a pente fino.”

      “Confie nela,” Disse Bill. “Ela vai encontrar alguma coisa.”

      CAPÍTULO OITO

      A ampla superfície do Lago Nimbo parecia quieta e tranquila quando o helicóptero se aproximou.

      Mas as aparências enganam, Lembrou Riley a si mesma. Ela sabia melhor do que ninguém que superfícies calmas podiam esconder segredos terríveis.

      O helicóptero desceu, oscilando enquanto pairava à procura de um lugar para aterrar. Riley sentiu-se um pouco enjoada graças àquele movimento irregular. Ela não gostava muito de helicópteros. Olhou para Bill sentado a seu lado. Não parecia melhor do que ela.

      Mas quando Riley olhou para o Agente Holbrook, viu um rosto vazio. Mal tinha proferido uma palavra durante o voo de meia hora de Phoenix. Riley ainda não sabia muito bem o que pensar a respeito dele. Estava habituada a decifrar as pessoas facilmente, às vezes demasiado facilmente para o seu próprio gosto. Mas Holbrook ainda era para ela um enigma.

      Finalmente o helicóptero tocou no solo e os três agentes do FBI pisaram terra firme, baixando-se debaixo das hélices que rodavam por cima das suas cabeças. A estrada onde o helicóptero aterrara não passava de uma faixa no meio das ervas do deserto onde se avistavam marcas de pneus paralelas.

      Riley reparou que a estrada não parecia ser muito frequentada. Ainda assim, parecia que haviam passado por ali suficientes veículos na semana anterior para ocultar quaisquer marcas deixadas pelo veículo conduzido pelo assassino.

      O ruidoso motor do helicóptero parou, tornando mais fácil a Riley e Bill conversarem com Holbrook enquanto o seguiam a pé até ao local onde o corpo fora encontrado.

      “Diga-nos o que puder sobre lago,” Pediu Riley a Holbrook.

      “É um de uma série de reservatórios criados por barragens ao longo do Rio Acacia,” Disse Holbrook. “É o mais pequeno dos lagos artificiais. Tem muito peixe e é um popular lugar de recreação, mas as áreas públicas estão situadas do outro lado do lago. O corpo foi descoberto por dois adolescentes pedrados. Vou mostra-vos o local exato.”

      Holbrook levou-os para fora da estrada até um cume de pedra com vista para o lago.

      “Os miúdos estavam aí onde está,” Disse. Apontou na direção da margem do lago. “Olharam lá para baixo e viram-na. Disseram que lhes parecia apenas uma forma escura na água.”

      “Em que altura do dia é que os miúdos estiveram aqui?” Perguntou Riley.

      “Um pouco mais cedo do que agora,” Respondeu Holbrook. “Tinham faltado à escola e pedraram-se.”

      Riley abarcou a cena. O sol estava baixo e o topo das falésias vermelhas do outro lado do lago estavam iluminadas pelo sol. Alguns barcos flutuavam na água. A distância entre o local e a água não era muita, talvez apenas três metros.

      Holbrook apontou para um lugar próximo onde o declive não era tão acentuado.

      “Os miúdos foram até lá abaixo para verem mais de perto,” Disse. “Foi aí que descobriram do que é que se tratava.”

      Pobres miúdos, Pensou Riley. Já haviam passado duas décadas desde que ela tinha experimentado marijuana na faculdade. Mesmo assim, podia muito bem imaginar o ampliado horror da descoberta sob a influência da droga.

      “Queres ir até lá abaixo para vermos mais de perto?” Perguntou Bill a Riley.

      “Não, vê-se bem daqui,” Disse Riley.

      O seu instinto dizia-lhe que estava certa no essencial. Afinal de contas, de certeza que o assassino não tinha arrastado o corpo por aquele declive por onde os miúdos tinham descido.

      Não, Pensou. Ele ficou aqui mesmo.

      Parecia que a vegetação esparsa ainda estava quebradiça no local onde ela se encontrava.

      Respirou fundo algumas vezes, tentando ver as coisas sob a perspetiva do assassino. Sem dúvida que ali tinha estado à noite. Mas a noite estava sem nuvens ou nublada? Bem, naquela época do ano no Arizona, o mais provável era a noite estar sem nuvens. E lembrou-se que a lua estaria luminosa há uma semana atrás. Na noite estrelada e banhada de luar, conseguiria ver o que estava a fazer com bastante nitidez – muito possivelmente até sem precisar de uma lanterna.

      Riley imaginou o assassino a pousar o corpo ali. Mas o que fizera de seguida? Obviamente que fizera o corpo rebolar. Caíra diretamente na água.

      Mas algo neste cenário parecia não bater certo. Pensou novamente, como já o fizera no avião, por que é que ele fora tão descuidado.

      Na verdade, dali o mais certo era ele não ter conseguido ver que o corpo não se afundara muito. Os miúdos tinham descrito o saco como “uma forma negra na água”. Daquela altura, o saco submerso estaria provavelmente invisível até numa noite sem nuvens. Ele assumira que o corpo se tinha afundado, como sucede com os cadáveres recentes na água doce, sobretudo quando auxiliados pelo peso de pedras.

      Mas porque é que ele partiu do princípio de que ali a água era profunda?

      Espreitou na direção da água clara. À luz do fim de tarde, conseguia facilmente ver o ressalto submerso onde o corpo tinha aterrado. Era uma pequena área horizontal, não mais do que a ponta de uma pedra. À sua volta, a água era negra e profunda.

      Olhou em redor do lago. Falésias despontavam de todos os lados na água. Era possível perceber que o Lago Nimbo tinha sido um desfiladeiro profundo antes da barragem o encher de água. Apenas detetara alguns locais onde se podia caminhar ao longo da margem. Os lados da falésia caíam na direção das profundezas.

      À