Perseguida . Блейк Пирс

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Название Perseguida
Автор произведения Блейк Пирс
Жанр Современные детективы
Серия Um Mistério de Riley Paige
Издательство Современные детективы
Год выпуска 0
isbn 9781640292796



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      Não havia uma única luz acesa na casa. Talvez não estivesse ninguém. Ou talvez Riley ali encontrasse algo difícil de suportar. Não importava. Bateu à porta.

      “Joel Lambert! Abra a porta!” Gritou Riley.

      Seguiram-se alguns momentos de silêncio. Riley bateu novamente à porta. E por fim ouviu alguém a praguejar no interior da casa. A luz do alpendre acendeu-se. Ainda com a corrente, a porta abriu-se ligeiramente. À luz do alpendre, Riley deparou-se com um rosto desconhecido. Era um homem de barba e aspeto deprimido com cerca de dezanove anos.

      “O que é que quer?” Perguntou o homem ainda ensonado.

      “Estou à procura da minha filha,” Disse Riley.

      O homem parecia intrigado.

      “Está no lugar errado, minha senhora,” Disse.

      Ele tentou fechar a porta, mas Riley deu-lhe um pontapé com tanta força que a corrente se partiu e a porta escancarou-se.

      “Ei!” Gritou o homem.

      Riley entrou pela casa adentro. A casa estava tal como da última vez que Riley lá estivera – uma confusão horrível repleta de odores suspeitos. O homem era alto e sólido. Riley apercebeu-se da semelhança entre ele e Joel, mas aquele homem não tinha idade para ser pai de Joel.

      “Quem é você?” Perguntou Riley.

      “Chamo-me Guy Lambert,” Respondeu o homem.

      “É irmão de Joel?” Questionou Riley.

      “Sim. E quem é você?”

      Riley mostrou-lhe o distintivo.

      “Agente Especial Riley Paige, FBI,” Disse.

      Os olhos do homem abriram-se muito, alarmados.

      “FBI? Deve haver algum engano.”

      Riley não ficou surpreendida. Da última vez que ali estivera, suspeitara que os pais de Joel não existiam. Não fazia a mínima ideia do que que lhes poderia ter sucedido.

      “Onde está a minha filha?” Perguntou Riley.

      “Ouça, eu nem sequer conheço a sua filha.”

      Riley avançou na direção da porta mais próxima. Guy Lambert tentou bloquear-lhe o caminho.

      “Não é suposto ter um mandado de busca?” Perguntou o homem.

      Riley empurrou-o.

      “Agora quem dita as regras sou eu,” Rugiu Riley.

      Riley entrou num quarto desarrumado. Ninguém estava ali. Abriu outra porta que lhe revelou uma casa de banho nojenta e outra ainda que fazia ligação a um segundo quarto. Ninguém.

      E foi então que ouviu uma voz vinda da sala de estar.

      “Não se mexa!”

      Riley dirigiu-se à sala de estar onde encontrou o seu parceiro, Bill Jeffreys, na porta de entrada. Riley tinha-lhe ligado antes de sair de casa para a ajudar. Guy Lambert estava caído no sofá, desamparado.

      “Este tipo parecia estar de saída,” Disse Bill. “Disse-lhe que devia esperar aqui por ti.”

      “Onde é que eles estão?” Perguntou Riley. “Onde está o seu irmão e a minha filha?”

      “Não faço ideia.”

      Riley agarrou-o firmemente pela T-shirt.

      “Onde está o seu irmão e a minha filha?” Repetiu.

      Quando ele respondeu, “Não sei,”, Riley empurrou-o contra a parede. Bill libertou um som de insatisfação. Não havia dúvida que receava que Riley perdesse o controlo. Mas ela não queria saber.

      Já em pânico, Guy Lambert atirou uma resposta.

      “Estão mesmo no próximo quarteirão desta rua. 1334.”

      Riley largou-o. Sem dizer mais uma palavra, saiu da casa com Bill no seu encalço.

      Riley pegou na lanterna e com ela verificava os números das casas. “É por aqui,” Disse ela.

      “Temos que pedir ajuda,” Disse Bill.

      “Não precisamos de reforços.” Disse Riley enquanto corria pelo passeio.

      “Não é isso que me preocupa.” Bill seguia-a.

      Dali a instantes, Riley já se encontrava no quintal de uma casa de dois andares. Estava decrépita e obviamente condenada ao abandono, com terrenos vazios em ambos os lados – uma típica barraca para consumidores de heroína. Lembrou-lhe a casa onde um psicopata sádico chamado Peterson a tinha mantido cativa. Peterson tinha-a aprisionado numa jaula e tinha-a torturado com um maçarico de gás propano até ela conseguir fugir e ter rebentado a casa com o propano que ele lá armazenava.

      Hesitou por um momento, abalada pela memória. Mas depois recordou-se:

      A April está aqui.

      “Prepara-te,” Disse a Bill.

      Bill pegou na sua lanterna e na arma, e caminharam juntos na direção da casa.

      Quando Riley chegou ao alpendre, viu que as janelas estavam vedadas com tábuas. Desta vez, não planeava bater à porta. Não queria dar a conhecer a sua presença a Joel ou a qualquer outra pessoa que estivesse dentro da casa.

      Tentou a maçaneta. Rodou mas a porta estava fechada com uma lingueta. Riley sacou a arma e disparou, rebentando dessa forma com o que a impedia de entrar. Rodou novamente a maçaneta e a porta abriu-se.

      Apesar da escuridão do exterior, os seus olhos tiveram que se ajustar ao entrar com Bill na sala de estar. A única luz existente provinha de algumas velas que iluminavam um sinistro cenário de lixo e escombros onde estavam incluídos sacos vazios de heroína, seringas e outra parafernália associada à droga. Conseguia ver sete pessoas – duas ou três tentavam pôr-se de pé vagarosamente depois do estrépito que Riley causara, os restantes estavam deitados no chão ou aninhados em cadeiras num estupor induzido pela droga. Todos pareciam devastados e doentes, e as suas roupas estavam sujas e esfarrapadas.

      Riley guardou a arma. Não ia precisar dela – ainda não.

      “Onde está a April?” Gritou. “Onde está Joel Lambert?”

      Um homem que tinha acabado de se levantar disse numa voz nebulosa, “Lá em cima.”

      Com Bill no seu encalço, Riley subiu a escadaria escura, apontando a lanterna à sua frente. Conseguia sentir os degraus podres a cederem sob o seu peso. Ela e Bill entraram num corredor no topo das escadas. Viram três entradas, uma das quais dava para uma casa de banho infecta, todas sem portas e visivelmente vazias. A quarta entrada ainda tinha porta e estava fechada.

      Riley dirigiu-se à porta. Bill tentou alcançá-la para a impedir de entrar.

      “Deixa-me entrar primeiro,” Disse Bill.

      Riley passou por ele, ignorando-o, abriu a porta e entrou no quarto.

      As pernas de Riley quase colapsaram perante o cenário que viu. April estava deitada num colchão, murmurando “Não, não, não” sucessivamente. April contorcia-se febrilmente enquanto Joel Lambert lutava para lhe tirar a roupa. Um homem com excesso de peso estava próximo, à espera que Joel terminasse a sua tarefa. Uma seringa e uma colher repousavam na vela que tremeluzia na mesa-de-cabeceira.

      Riley compreendeu tudo. Joel tinha drogado April quase até à inconsciência e estava a oferecê-la como favor sexual àquele homem repulsivo – quer fosse a troco de dinheiro ou de outra coisa qualquer, Riley não sabia.

      Riley sacou da arma e apontou-a a Joel. Era tudo o que conseguia fazer para evitar abatê-lo naquele momento.

      “Afasta-te dela,” Disse Riley.

      Joel percebeu de imediato o estado em