Название | Razão para Salvar |
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Автор произведения | Блейк Пирс |
Жанр | Современные детективы |
Серия | Um mistério de Avery Black |
Издательство | Современные детективы |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781640299030 |
O’Malley atendeu na segunda chamada.
- Avery, meu Deus... Onde você estava?
- Na banheira.
- Você está no seu apartamento?
- Sim. Aconteceu algo? Eu vi a mensagem do Connelly. Ele mandou mensagem. O que está havendo?
- Olha... Podemos ter algo muito complicado acontecendo e se você puder, gostaríamos que você viesse. Na verdade, mesmo que você não possa, Connelly quer você aqui.
- Por que? – Avery perguntou, intrigada. – O que aconteceu?
- Apenas... Apenas venha aqui, pode ser?
Ela suspirou, percebendo que a ideia de voltar ao trabalho na verdade a atraia. Talvez aquilo a daria alguma energia. Talvez aquilo a tiraria do humor lamentável em que ela estivera nas duas últimas semanas.
- O que é tão importante, porra? – Ela perguntou.
- Temos um assassinato – O’Malley disse. – E estamos certos de que foi Howard Randall.
CAPÍTULO DOIS
O medo de Avery aumentou quando ela chegou ao Departamento. Havia vans da imprensa por todos os lados, com repórteres brigando por posição. Havia muita comoção no estacionamento e no gramado onde havia guardas uniformizados nas portas frontais, mantendo a imprensa afastada. Avery dirigiu pela outra entrada, longe da rua, e viu que havia vans estacionadas por lá também.
Entre os poucos oficiais que estavam nos fundos do prédio mantendo a paz, ela viu Finley. Quando ele viu seu carro, se afastou da multidão e acenou, dizendo-a para vir até ele. Aparentemente, Connelly havia o posicionado ali como guarda para conseguir faze-la passar por toda aquela loucura e entrar.
Avery estacionou seu carro e caminhou o mais rápido que pode até a entrada dos fundos. Finley logo chegou a seu lado. Por conta de sua história como advogada e dos grandes casos que ela resolvera como detetive, ela sabia que tinha um rosto que seria facilmente reconhecido pela mídia local. Felizmente, graças a Finley, ninguém a viu antes que ela entrasse pela porta dos fundos.
- Que porra está acontecendo? Pegamos Randall? – Avery perguntou.
- Eu gostaria muito de te dizer o que aconteceu – Finley disse. – Mas Connelly me disse para não falar nada. Ele quer ser o primeiro a falar com você.
- Justo. Eu acho.
- Como você está, Avery? – Finley perguntou enquanto eles caminhavam rapidamente até a sala de conferências da sede do A1. – Digo, com tudo isso que está acontecendo com Ramirez.
Ela encolheu os ombros e respondeu:
- Estou bem. Lidando bem com tudo.
Finley entendeu a mensagem e esqueceu o assunto. Eles seguiram pelo resto do caminho até a sala de conferências em silêncio.
Ela esperava encontrar a sala de conferências tão cheia quanto o estacionamento. Imaginou que algo envolvendo Howard Randall levaria todos os agentes disponíveis a estarem por lá. No entanto, quando entrou com Finley, viu apenas Connelly e O’Malley sentados à mesa. Os dois homens já estavam na sala, com expressões paradoxais uma a outra. O olhar de O’Malley era de sincera preocupação, enquanto a expressão de Connelly parecia dizer Que porra eu tenho que fazer com você agora?
Quando sentou-se, Avery quase se sentiu como uma criança que fora mandada à sala do diretor.
- Obrigado por vir tão rápido – Connelly disse. – Eu sei que você está passando por uma barra. E acredite... Eu só te chamei porque eu achei que você gostaria de estar envolvida no que está acontecendo.
- Howard realmente matou alguém? – Ela perguntou. – Como você sabe? Vocês o pegaram?
Os três homens compartilharam um olhar desconfortável em volta da mesa.
- Não, não exatamente. – Finley disse.
- Aconteceu ontem à noite – Connelly disse.
Avery suspirou. Ela na verdade já esperava escutar algo assim na imprensa ou em uma mensagem do A1. Ainda assim... o homem com quem ela conversara na prisão pedindo por conselhos não parecia capaz de um assassinato. Era estranho... Ela conhecia ele muito bem de seu passado como advogada e sabia que ele era capaz de matar. Ele havia feito isso várias vezes. Havia onze assassinatos ligados a ele na época de sua prisão, e especulações de que havia ainda outros que poderiam ser atribuídos a ele com mais evidências. Ainda assim, algo naquelas notícias a chocava, mesmo que tudo soasse completamente normal.
- Temos certeza que foi ele? – Ela perguntou.
Connelly ficou desconfortável no mesmo momento. Ele suspirou e levantou-se da cadeira, começando a caminhar.
- Não temos uma evidência forte. Mas é uma universitária e o assassinato foi macabro o suficiente para nos fazer pensar que foi Randall.
- Já temos um arquivo? – Ela perguntou.
- As coisas estão sendo compiladas e—
- Posso ver?
Novamente, Connelly e O’Malley olharam-se incertos.
- Não precisamos que você vá a fundo nisso – Connelly disse. – Chamamos você porque você conhece esse louco melhor do que ninguém. Isso não é um convite para entrar no caso. Você está lidando com muita coisa no momento.
- Eu agradeço a preocupação. Temos fotos da cena do crime que eu possa ver?
- Sim – O’Malley disse. – Mas são muito horripilantes.
Avery não disse nada. Ela estava começando a ficar nervosa com o fato de que eles haviam a chamado com tanta urgência e, agora, estavam a tratando quase como uma criança.
- Finley, você poderia ir até meu escritório e trazer o material que nós temos? – Connelly perguntou.
Finley levantou-se, obediente como sempre. Vendo ele ir, Avery percebeu que as duas semanas que ela passara em estado de certo luto pareciam bem mais do que treze dias. Ela amava seu trabalho e sentia muita falta daquele lugar. Apenas o fato de estar ali animava seu estado de espírito, mesmo servindo apenas como um tipo de recurso para O’Malley e Connelly.
- Como está Ramirez? – Connelly perguntou. – A última notícia que tive era de dois dias atrás e a situação ainda era a mesma.
- Continua igual – ela disse com um sorriso cansado. – Sem boas novas, sem notícias ruins.
Ela quase contou a eles sobre o anel que as enfermeiras haviam encontrado no bolso dele—o anel de noivado que Ramirez iria lhe oferecer. Talvez aquilo ajudasse-os a entender porque ela estava tão próxima do caso e tinha escolhido ficar ao lado dele o tempo todo.
Antes que a conversa prosseguisse, Finley voltou à sala com a pasta de arquivos que não continha muita coisa. Ele colocou em frente a ela, ganhando um aceno de aprovação de Connelly.
Avery abriu as fotos e as olhou. Havia sete no total, e O’Malley não havia exagerado. Elas eram bem alarmantes.
Havia sangue por todo lado. A garota fora levada para um beco e suas roupas arrancadas. Seu braço direito parecia ter sido quebrado. Seu cabelo era loiro, ainda que estivesse quase todo coberto por sangue. Avery procurou ferimentos a bala ou marcas de facada, mas não viu nada. O método do assassinato não se revelou até que ela chegasse à quinta foto, em close, que mostrava o rosto da garota.
- Pregos? – Ela perguntou.
- Sim – O’Malley disse. – E pelo que podemos dizer, foram colocados com tanta precisão e força que ele deve ter usado uma dessas pistolas de prego pneumáticas. Temos peritos trabalhando nisso, então por enquanto só podemos especular. Nós achamos que o primeiro golpe foi o que a atingiu atrás da orelha