Perdidas . Блейк Пирс

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Название Perdidas
Автор произведения Блейк Пирс
Жанр Современные детективы
Серия Um Mistério de Riley Paige
Издательство Современные детективы
Год выпуска 0
isbn 9781640298347



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disse, “Estamos à procura de uma arma de proteção pessoal para o meu amigo.”

      “Bem, tenho a certeza que temos por aqui alguma coisa que lhe convenha,” Disse o homem.

      Blaine sentiu-se constrangido sob o olhar do homem. Não devia ser todos os dias que uma mulher atraente ali entrava para o namorado escolher uma arma.

      Blaine sentiu-se envergonhado. Até se sentiu envergonhado por se sentir envergonhado. Nunca se vira a si próprio como o tipo de homem que se sentisse inseguro em relação à sua masculinidade.

      Enquanto Blaine saía da sua estranheza, o vendedor olhou para a arma de Riley aprovadoramente.

      “Essa Glock Modelo 22 que aí tem é uma bela arma, minha senhora,” Disse ele. “Pertence às forças de segurança, não é?”

      Riley sorriu e mostrou-lhe o distintivo.

      O homem apontou para uma fila de armas semelhantes numa montra de vidro.

      “Bem, tenho das vossas Glocks aqui. Uma excelente escolha, na minha opinião.”

      Riley olhou para as armas, depois olhou para Blaine como que perguntando a sua opinião.

      Blaine limitou-se a encolher os ombros e a corar.

      Riley abanou a cabeça.

      “Não me parece que uma semiautomática seja o tipo de arma que mais nos interessa,” Disse ela.

      O homem assentiu.

      “Sim, são complicadas, sobretudo para alguém sem grande experiência no manejo de armas. As coisas podem correr mal.”

      Riley concordou, acrescentando, “Sim, podem acontecer falhas de ignição, obstrução, palheta dupla, falha na ejeção.”

      O homem disse,”É claro que esses problemas não se colocam a uma experiente agente do FBI. Mas para este senhor, talvez um revólver seja a melhor escolha,”

      O homem conduziu-os a uma montra de vidro repleta de revólveres.

      Os olhos de Blaine repousavam nas armas com canos mais curtos.

      Pelo menos pareciam menos intimidantes.

      “E que tal este?” Disse ele, apontando para um em particular.

      O homem abriu a montra, tirou a arma e entregou-a a Blaine. Era estranho ter a arma na mão. Não sabia se era mais leve ou mais pesada do que estava à espera.

      “Uma Ruger SP101,” Disse o homem. “Nada má escolha.”

      Riley olhou para a arma de forma incerta.

      “Penso que estamos à procura de algo com um cano de quatro polegadas,” Disse ela. “Algo que absorva melhor o recuo.”

      O homem voltou a assentir.

      “Certo. Bem, penso que tenho aquilo que procuram.”

      Tirou uma pistola maior da montra. Entregou-a a Riley que a examinou de forma aprovadora.

      “Oh, sim,” Disse ela. “Uma Smith e Wesson 686.”

      Depois sorriu a Blaine e entregou-lhe a arma.

      “O que é que te parece?” Perguntou Riley.

      Esta arma mais longa parecia-lhe ainda mais estranha na mão. Só lhe restava sorrir envergonhadamente para Riley. Ela retribuiu o sorriso. Ele percebeu pela sua expressão que ela finalmente se apercebera do seu sentimento de estranheza.

      Riley virou-se para o dono e disse, “Penso que a levamos. Quanto custa?”

      Blaine ficou espantado com o preço da arma, mas partiu do princípio que Riley sabia se o negócio era ou não justo.

      Também ficou surpreendido com a facilidade em comprar a arma. O homem pediu-lhe dois comprovativos de identidade e Blaine deu-lhe a carta de condução e o cartão de eleitor. Depois Blaine preencheu um pequeno formulário consentindo uma verificação de passado. A verificação computorizada demorou apenas alguns minutos e Blaine estava apto a comprar a arma.

      “Que tipo de munição querem?” Perguntou o homem.

      Eiley disse, “Dê-nos uma caixa de Federal Premium Low Recoil.”

      Alguns momentos mais tarde, Blaine era o perplexo proprietário de uma arma.

      Ficou a olhar para a arma assustadora que se encontrava non balcão numa caixa de plástico aberta, envolta num material protetor. Blaine agradeceu ao homem, fechou a caixa e virou-se para se ir embora.

      “Espere um minuto,” Disse o homem alegremente. “Não a quer experimentar?”

      O homem conduziu Riley e Blaine até uma porta nas traseiras da loja que dava para um campo de tiro interior. Depois deixou Riley e Blaine sozinhos. Blaine estava contente por não estar lá mais ninguém naquele momento.

      Riley apontou para a lista de regras que se encontrava na parede e Blaine Leu-as com atenção. Depois abanou a cabeça apreensivo.

      “Riley, deixa-me dizer-te…”

      Riley riu-se.

      “Eu sei. Eu ajudo-te.”

      Riley levou-o até uma das cabinas vazias onde ele colocou o equipamento de proteção para os ouvidos e olhos. Ele abriu a caixa com cuidado.

      “Carrego-a?” Perguntou a Riley.

      “Ainda não. Primeiro praticamos sem munições.”

      Ele segurou a pistola nas mãos e Riley ajudou-o a encontrar a posição mais adequada – ambas as mãos na coronha da pistola mas com os dedos afastados do cilindro, cotovelos e joelhos ligeiramente curvados, ligieramente inclinados para a frente. Dali a momentos, Blaine estava a apontar a pistola para uma forma vagamente humana num alvo de papel a cerca de vinte e três metros de distância.

      “Primeiro vamos praticar a ação dupla,” Disse Riley. “É quando não puxas o gatilho para trás a cada disparo, fazes tudo com o gatilho. Isso vai-te permitir sentir o gatilho. Puxa o gatilho para trás suavemente, depois liberta-o também suavemente.”

      Blaine praticou com a arma descarregada algumas vezes. Depois Riley mostrou-lhe como abrir o cilindro e preenchê-lo com munição.

      Blaine assumiu a mesma postura de há pouco. Preparou-se, sabendo que a arma daria um bom coice e apontou cuidadosamente ao alvo.

      Premiu o gatilho e disparou.

      A subita força para trás assustou-o e a arma saltou das suas mãos. Baixou a arma e olhou na direção do alvo. Não via buracos. Subitamente interrogou-se como é que alguém quereria utilizar uma arma com um coice tão intenso.

      “Vamos trabalhar a tua respiração,” Disse Riley. “Inspira devagar enquanto apontas, depois expira suavemente para que exales no momento em que disparas. É quando o teu corpo está mais quieto.”

      Blaine disparou outra vez. Ficou surpreendido por ter sentido mais controlo.

      Olhou para o fundo da carreira e viu que pelo menos desta feita tinha acertado no alvo de papel.

      Mas ao preparar-se para disparar outro tiro, foi assaltado por uma memória – a memória do dia mais assustador da sua vida. Um dia em que ainda vivia na casa ao lado da de Riley e ouvira um barulho infernal vindo da casa ao lado. Correra para a casa de Riley e deparou-se com a porta da frente parcialmente aberta.

      Um homem estava a atacar a filha de Riley no chão.

      Blaine correra na sua direção e tirara o homem de cima de April. Mas o home m era demasiado forte para Blaine o controlar e Blaine foi selvaticamente atacado até perder a consciência.

      Era uma memoria amarga e por um momento trouxe-lhe de volta um sentimento de triste impotência.

      Mas de repente, esse sentimento evaporou-se ao sentir o peso da arma nas suas mãos.