A Noite dos Corajosos . Морган Райс

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Название A Noite dos Corajosos
Автор произведения Морган Райс
Жанр Героическая фантастика
Серия Reis e Feiticeiros
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9781632916662



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Reagrupando-se para invadir outro lugar? Kyle não conseguia ter a certeza.

      Quando tudo se acalmou, Kyle permaneceu ali, na agonia causada pelos seus ferimentos. Ele observou Alva a baixar lentamente o seu bastão e a luz a escurecer ao redor dele. Alva, em seguida, virou-se para ele, estendeu a palma da sua mão e colocou-a na testa de Kyle. Este sentiu uma onda de luz a entrar no seu corpo, sentindo-se a aquecer, a ficar mais leve e, em pouco tempo, sentiu-se completamente curado. Sentou-se, em choque, sentindo-se novamente ele – e transbordando de gratidão.

      Alva ajoelhou-se ao lado de Kolva, colocou a mão no estômago e curou-o também. Pouco depois, Kolva levantou-se, claramente surpreendido por estar recuperado, com um brilho nos seus olhos. Dierdre e Marco foram os próximos e, quando Alva colocou as suas mãos neles, eles também ficaram curados. Ele aproximou o seu bastão e tocou em Leo e Andor, também. Eles levantaram-se, todos curados pelo poder mágico de Alva antes que os seus ferimentos acabassem de vez com eles.

      Kyle ficou ali, espantado, testemunhando em primeira mão o poder deste ser mágico sobre quem ele só tinha ouvido rumores durante a maior parte da sua vida. Ele sabia que estava na presença de um verdadeiro mestre. Ele também sentia que era uma presença fugaz; um mestre que não podia ficar.

      "Conseguiste", disse Kyle, cheio de admiração e gratidão. "Impediste toda a nação de trolls."

      Alva abanou a cabeça.

      "Eu não impedi", respondeu ele, deliberadamente, com uma voz cautelosa, antiga. "Eu apenas os abrandei. Uma grande e terrível destruição ainda vem a caminho."

      "Mas como?", insistiu Kyle. "A fissura – eles nunca poderiam atravessá-la. Tu mataste tantos milhares deles. Não estamos seguros?"

      Alva abanou a cabeça tristemente.

      "Tu ainda nem começaste a ver a ponta desta nação. Muitos mais milhões vão ainda avançar. A grande batalha começou. A batalha que vai decidir o destino de Escalon."

      Alva atravessou os escombros da Torre de Ur, escolhendo o seu caminho com o seu bastão. Kyle estudava-o, perplexo, como sempre, por aquele enigma. Ele finalmente virou-se para Dierdre e Marco.

      "Vocês anseiam voltar para Ur, não é?", perguntou-lhes.

      Dierdre e Marco acenaram de volta, com um olhar esperançado.

      "Ide", ele ordenou.

      Eles olharam para ele, claramente perplexos.

      "Mas não resta nada lá", disse ela. "A cidade foi destruída. Inundada. Os Pandesianos governam-na agora."

      "Voltar lá seria voltar para as nossas mortes", Marco entrou na conversa.

      "Por agora," Alva respondeu. "Mas tu vais lá fazer falta em breve, quando a grande batalha chegar."

      Dierdre e Marco, não necessitando de estímulo, viraram-se, montaram Andor juntos e galoparam para longe, para sul em direção à floresta, de volta para a cidade de Ur.

      Leo ficou para trás, ao lado de Kyle e este acariciou-lhe a cabeça.

      "Tu pensas em mim e em Kyra, não é rapaz?", perguntou Kyle a Leo.

      Leo ganiu-lhe carinhosamente. Kyle poderia dizer que ele ficaria a seu lado, protegendo-o como se ele fosse Kyra. Ele sentia nele um grande parceiro de luta.

      Kyle olhou para Alva, questionando, quando este se virou e olhou para a floresta ao norte.

      "E nós, meu senhor?", perguntou Kyle. "Onde é que fazemos falta?"

      "Exatamente aqui", disse Alva.

      Kyle olhou para o horizonte, juntando-se a ele ao olhar para norte em direção a Marda.

      "Eles estão a chegar", acrescentou Alva. "E nós os três somos a última e derradeira esperança."

      CAPÍTULO CINCO

      Kyra estava inundada de pânico enquanto lutava na teia de aranha, contorcendo-se, desesperada para ficar livre à medida que a enorme criatura rastejava para ela. Ela não queria olhar, mas não conseguia evitá-lo. Virou-se e ficou cheia de medo ao ver uma enorme aranha a sibilar, a rastejar na sua direção, com uma enorme perna de cada vez. Esta olhava para ela com os seus enormes olhos vermelhos, elevando as suas longas e pretas pernas felpudas e abrindo a sua larga boca que revelava caninos amarelos, de onde escorria saliva. Kyra sabia que ela tinha apenas alguns momentos para viver – e que esta seria uma maneira horrível de morrer.

      Enquanto se contorcia, Kyra ouvia à sua volta na teia o barulho de ossos; ela olhou e viu os restos de todas as vítimas que tinham ali morrido antes dela e ela sabia que as suas hipóteses de sobrevivência eram mínimas. Ela estava presa à teia e não havia nada que conseguisse fazer.

      Kyra fechou os olhos, sabendo que não tinha outra escolha. Ela não podia contar com o mundo exterior. Ela tinha de olhar para dentro. Ela sabia que a resposta não residia na sua força externa, nas suas armas externas. Se ela contasse com o mundo exterior, ela morreria.

      Internamente, porém, o seu poder, ela sentia, era vasto, infinito. Ela tinha de tocar na sua força interior, tinha de convocar os poderes que ela temia enfrentar. Ela tinha de, por fim, entender o que a motivava, compreender o resultado total de toda a sua formação espiritual.

      Energia. Tinha sido isso que Alva lhe tinha ensinado. Quando confiamos em nós próprios, usamos apenas uma fração da nossa energia, uma fração do nosso potencial. Toca na energia do mundo. Todo o universo está à espera para te ajudar.

      Corria-lhe nas veias, ela sentia-o. Era algo especial com que ela tinha nascido, que sua mãe tinha passado para ela. Era o poder que corria através de tudo, como um rio que flui debaixo da terra. Era o mesmo poder em que ela sempre tinha tido dificuldade em confiar. Era a parte mais profunda de si mesma e na qual ela ainda não confiava completamente. Era a parte que ela mais temia, mais do que qualquer inimigo. Ela queria chamar a sua mãe, desesperada pela sua ajuda. No entanto, ela sabia que não podia alcançá-la ali, naquela terra de Marda. Ela estava totalmente sozinha. Talvez o facto de estar completamente sozinha, dependente de mais ninguém, fosse a etapa final da sua formação.

      Kyra fechou os olhos, sabendo que era agora ou nunca. Ela sentia que se tinha de tornar maior do que ela própria, maior do que este mundo que ela via à sua frente. Obrigou-se a concentrar-se na energia dentro de si e, em seguida, na energia ao seu redor.

      Lentamente, Kyra sintonizou-se. Ela sentia a energia da teia, a energia da aranha; ela conseguia senti-la a correr por si. Lentamente ela permitiu que aquela energia se tornasse uma parte dela. Ela já não lutava contra ela. Ela permitiu-se, em vez disso, unir-se a ela.

      Kyra sentiu-se a abrandar; ela sentiu o tempo a desacelerar. Ela sintonizou-se no mais ínfimo pormenor, ouvindo tudo, sentindo tudo ao seu redor.

      De repente, Kyra sentiu um clarão de energia. Ela percebeu, pela primeira vez, que todo o universo era um só. Sentiu todos os muros da separação a descerem, sentiu a barreira entre os mundos externos e internos a dissolver-se. Ela sentiu que a própria distinção era falsa.

      Ao senti-lo, ela sentiu também uma onda de energia, como se uma represa se tivesse libertado dentro dela. As palmas das suas mãos ardiam como se estivessem em chamas.

      Kyra abriu os olhos e viu a aranha, tão perto agora, a olhar para ela, preparando-se para atacar. Ela virou-se e viu o seu bastão, a pouca distância, preso na teia. Esticou-se, não duvidando de si mesma. Convocou o bastão e, ao fazê-lo, ele navegou pelos ares, diretamente para a palma da mão que o esperava. Ela agarrou-o firmemente.

      Kyra usou o seu poder, sabendo que ela era mais forte do que tudo o que via à sua frente e confiou em si mesma. Ao fazê-lo, ela levantou o braço, segurando o bastão que se libertou da teia.

      Ela rodopiou e, assim que a aranha aproximou os seus caninos, ela alcançou-a e espetou o seu bastão dentro da sua boca.

      A aranha soltou um horrível e estridente ruído e Kyra empurrou com força o bastão para as profundezas da sua boca, virando-a de lado. A aranha tentou fechar as mandíbulas, mas não