Название | Em Busca de Heróis |
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Автор произведения | Морган Райс |
Жанр | Героическая фантастика |
Серия | Anel Do Feiticeiro |
Издательство | Героическая фантастика |
Год выпуска | 0 |
isbn | 9781632910592 |
“Desculpe-me, senhor.” Disse Thor, pegando- o pelo braço.
O homem olhou para a mão de Thor com desdém.
“O que é isso, rapaz?”
“Eu estou procurando a Legião do Rei. O senhor sabe onde eles treinam?”
“Por acaso eu pareço um mapa?” O homem retrucou asperamente e se foi resmungando.
Thor ficou surpreendido por sua rudeza…
Ele correu para a próxima pessoa a quem viu, uma mulher sovando uma massa em uma longa mesa. Havia várias mulheres à mesa, todas trabalhando arduamente e Thor tentava descobrir qual delas poderia saber.
“Desculpe-me, senhorita.” Disse ele. “Por acaso sabe onde a Legião do Reino costuma treinar?”
Elas se olharam entre si e riram, algumas delas eram apenas uns anos mais velhas do que ele.
A mais velha se virou e olhou para ele.
“Você está procurando no lugar errado.” disse ela. “Aqui, nós estamos fazendo os preparativos para as festividades.”
“Mas me disseram que eles treinam na corte do rei.” Thor disse confundido.
As mulheres desataram a rir novamente. A mais velha colocou suas mãos em seus quadris e sacudiu a cabeça.
“Você atua como se esta fosse sua primeira vez na corte. Por acaso tem uma ideia de quão grande é tudo isso?”
Thor ficou todo vermelho ao ver as mulheres rirem, então se marchou. Ele não gostava que se divertissem às suas custas.
Ele viu a sua frente uma dúzia de caminhos, torcendo e girando cada qual cruzando a corte do rei. Distribuídas entre os muros de pedra, havia pelo menos uma dúzia de entradas. O tamanho e a área deste lugar eram impressionantes. Thor tinha a triste impressão de que poderia passar dias procurando e mesmo assim não encontraria o lugar.
De repente, teve uma ideia: com certeza, um soldado saberia onde os demais treinavam. Ele estava nervoso por abordar um autêntico soldado real, mas percebeu que era isso o que deveria fazer.
Ele virou-se e correu para a muralha, para o soldado de guarda na entrada mais próxima, esperando que ele não o jogasse longe. O soldado erguia-se firme, olhando fixamente para a frente.
“Estou procurando pela Legião do Rei.” Thor disse, expressando a maior valentia possível em sua voz.
O soldado continuou a olhar para a frente, ignorando-o totalmente.
“Eu disse que estou procurando pela Legião do Rei!” Thor insistiu com voz mais alta, determinado a ser reconhecido.
Após alguns segundos, o soldado olhou para baixo, com desdém.
“Pode me dizer onde fica?” Thor insistiu.
“E que tipo de negócio você tem com eles?”
“Um assunto muito importante.” Thor urgiu, esperando que o soldado não o pressionasse.
O soldado novamente passou a olhar fixamente para a frente, ignorando-o mais uma vez. Thor sentiu seu coração afundar-se, com medo de não receber jamais, uma resposta.
Porém, depois do que pareceu ser uma eternidade, o soldado lhe respondeu: “Siga pelo portão ao leste, em seguida, siga pelo Norte tanto quanto você puder. Pegue o terceiro portão à esquerda, depois a bifurcação à direita e mais uma bifurcação à direita. Passe pelo segundo arco de pedra, o campo de treinamento estará logo depois do portão. Mas eu lhe aviso, você perde seu tempo. Eles não recebem visitantes.”
Era tudo o Thor precisava ouvir. Sem perder um segundo, ele se virou e correu pelo campo, seguindo as instruções, repetindo-as em sua cabeça, tentando memorizá-las. Ele notou o sol alto no céu e só rezava para que, quando ele chegasse, não fosse já tarde demais.
Thor correu pelos caminhos imaculados, bordejados com conchas marinhas, dando voltas e percorrendo seu caminho através da corte do rei. Ele tentou o melhor possível seguir as direções, esperando não desviar-se do caminho. No outro extremo do pátio, ele viu todos os portões e escolheu o terceiro da esquerda. Passou por ele e em seguida, seguiu pelas bifurcações, percorrendo cada etapa do caminho. Ele correu contra o tráfico, entre milhares de pessoas que abarrotavam a cidade, a multidão crescia a cada minuto. Ele esbarrava nos tocadores de alaúde, malabaristas, bobos da corte e artistas de todo tipo, todos eles vestidos com muita elegância.
Thor não podia suportar a ideia de que a seleção começasse sem ele e tentou o melhor que podia concentrar-se enquanto percorria cada trecho do caminho, à procura de qualquer sinal do campo de treinamento. Ele passou por um arco, virou-se na direção indicada e então, lá longe, avistou o que só poderia ser o seu destino: um mini coliseu, construído com pedras, em um círculo perfeito. Soldados guardavam o portão enorme, localizado no centro. Thor ouviu o ruído da plateia abafado pelas paredes e seu coração acelerou. Esse era o lugar.
Ele correu, seus pulmões explodiam. Quando ele alcançou o portão, dois guardas se adiantaram e baixaram suas lanças, barrando o caminho. Um terceiro guarda deu um passo adiante e fez um gesto com a mão, indicando-lhe que se detivesse.
“Pare aí!” Ele ordenou.
Thor parou em seco, tratando de recuperar o fôlego, mal podia conter sua agitação.
“O senhor… não… entende.” Ele disparou as palavras, saltando entre as respirações. “Eu tenho de entrar. Estou atrasado.”
“Tarde para quê?”
“O alistamento.”
O guarda, um homem pesado, baixo com a pele esburacada, se virou e olhou para os outros, quem lhe devolveram o olhar zombeteiro. Ele se virou e perscrutou Thor com um olhar depreciativo. “Os recrutas ingressaram horas atrás, no transporte real. Se você não foi convidado, você não pode entrar…”
“Mas o senhor não entende. Eu devo…”
O guarda estendeu a mão e agarrou Thor pela camisa.
“Você, não entende, você, seu moleque insolente! Como ousa vir aqui e tentar forçar a entrada? Agora vá embora, antes que eu lhe prenda.”
Ele empurrou Thor, que cambaleou para trás vários metros.
Thor sentiu uma pontada no peito, onde a mão do guarda havia tocado, porém, mais do que isso, ele sentia a dor da rejeição. Ele estava indignado. Ele não tinha ido até ali para ser rejeitado por um guarda, sem sequer ser visto. Ele estava determinado a entrar.
O guarda voltou-se para seus homens e Thor lentamente afastou-se, indo no sentido horário em torno do edifício circular. Ele tinha um plano. Ele andou até que estivesse fora da vista, então irrompeu a correr, traçando seu caminho ao longo das paredes. Ele assegurou-se de que os guardas não estivessem observando, então aumentou a velocidade até correr mais velozmente. Quando ele estava do outro lado do edifício ele avistou outra entrada para a arena – no alto havia aberturas em arco na pedra, bloqueadas por barras de ferro. Em uma dessas aberturas estava faltando uma barra. Ele ouviu outro rugido, subiu o parapeito da janela e olhou.
Seu coração se acelerou. Espalhados dentro do enorme campo de treinamento em forma de círculo se encontravam dezenas de recrutas – incluindo seus irmãos. Alinhados, todos eles diante de pelo menos uma dúzia de soldados do Exército Prata. Os homens do rei caminhavam entre eles, contando-os.
Outro grupo de recrutas permanecia separado sob o olhar atento de um soldado, atirando lanças um em alvo distante. Um deles errou.
As veias de Thor ardiam de indignação. Ele poderia ter batido essas marcas; ele era tão bom quanto qualquer um deles. Só porque ele era mais jovem, um pouco menor, não era justo que ele fosse deixado fora.
De repente, Thor sentiu uma mão em suas costas ao mesmo tempo em que foi puxado para trás e jogado pelos ares. Ele aterrissou com força no chão, sem fôlego.
Ele olhou para cima e viu o guarda do portão, zombando dele.
“O