Um Sonho de Mortais . Морган Райс

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Название Um Sonho de Mortais
Автор произведения Морган Райс
Жанр Героическая фантастика
Серия Anel Do Feiticeiro
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9781632915801



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ouve passos e, ao se virar, vê um pirata se preparando para atingir O'Connor com uma clava. Thor parte para cima dele e, sentindo a Espada dos Mortos vibrando em suas mãos, corta a clava ao meio e perfura o coração do pirata antes que ele possa alcançar O'Connor. Thor, em seguida, se vira, chuta outro homem nas costelas e, controlado pela Espada dos Mortos, corta a cabeça do homem. Thor fica espantado e tem a sensação de que aquela espada tem vontade própria, motivando Thor a fazer a sua vontade.

      Ao mesmo tempo em que Thor golpeia furiosamente em todas as direções, uma dúzia de homens parte para cima dele. Thor está coberto de sangue até os cotovelos quando, de repente, um pirata salta no ar e aterrissa em suas costas. O mercenário levanta um punhal e se prepara para enfiá-lo na parte de trás do ombro de Thor. Ele está muito perto e é tarde demais para que Thor possa reagir.

      Thor vê um objeto no ar pelo canto de seu olho e de repente sente o homem soltá-lo e cair no convés. Thor se vira e vê Angel em pé, tendo acabado de arremessar uma pedra, e percebe que ela tinha acertado a cabeça do homem em cheio. O homem se contorceu aos pés de Thor, que observa espantado quando Angel se adianta, pega um gancho no chão e, levantando o braço, o enfia no peito do homem. Aquele é o mesmo gancho que os piratas tinham usado para prendê-los em sua rede no mar. A justiça, Thor percebe, tinha sido feita.

      Ele não havia imaginado que Angel fosse capaz de se defender; ele vê uma chama ardendo nos olhos dela enquanto ela fica parada diante dele e percebe que Angel possui o espírito de um verdadeiro guerreiro e que é muito mais complexa do que ele havia pensado.

      Thor se vira e parte para a briga junto com seus homens, atacando implacavelmente, todos eles unidos como sempre haviam feito em tantos lugares. Eles são uma máquina de matar perfeita e protegem as costas uns dos outros, lutando lutam muito bem juntos e conhecendo os ritmos de cada um. Elden balança seu machado de guerra e Indra arremessa sua lança, matando aqueles que Elden não consegue alcançar. Matus gira o mangual, matando dois piratas de uma vez, enquanto Reece usa a sua longa alabarda para matar três piratas antes que eles possam chegar até Selese. E Selese, por sua vez, coloca a poeira de seu saco em suas feridas, curando seus ferimentos à medida que eles avançam e mantendo-os fortes.

      Lentamente, a maré vira à medida que eles derrotam um homem após o outro. Os corpos começam a se acumular no convés e logo resta apenas uma dúzia deles.

      Com os olhos arregalados de medo, os piratas restantes, percebendo que não será possível ganhar, derrubam seus punhais, facões e machados e erguem as mãos, aterrorizados.

      "Não nos matem!" Grita um deles, tremendo. "Nós não tivemos a intenção de fazer isso! Nós apenas seguimos ordens!"

      "Tenho certeza que você não tinha essa intenção," Desdenha Elden.

      "Não se preocupe," Thor diz: "nós não vamos iremos matá-los."

      Thor embainha a espada, adiantando-se, pega o pirata, levantando-o sobre a sua cabeça, e o arremessa no mar.

      "Os peixes farão isso por nós."

      Os outros se juntam a ele, empurrando os poucos piratas restantes ao mar com suas armas. Thor observa as águas ficando vermelhas ao mesmo tempo em que tubarões circulam e abafam os gritos dos piratas.

      Thor volta a olhar para os outros, que o encaram com seriedade. Ele pode ver em seus olhos que eles estão pensando a mesma coisa que ele: Eles haviam vencido.

      CAPÍTULO NOVE

      Erec se inclina sobre a borda do navio e, ao olhar para baixo sob a luz de tochas, vê o mar cheio de cadáveres. Os corpos dos soldados do Império estão flutuando, todos mortos por Erec e seus homens e jogados para fora do barco. Enquanto ele assiste, lentamente, um de cada vez, os corpos afundam nas águas do mar.

      Erec observa sua frota de navios e vê seus homens em todos eles, agora livres graças a Alistair, que havia partido as cordas que os mantinham presos. O Império tinha sido tolo em deixar apenas uma dúzia de soldados para proteger cada navio, acreditando ser invencível. Eles tinham estado em número bem menor e, assim que as cordas dos homens de Erec tinham sido soltas, matá-los e retomar o comando de seus navios tinha sido fácil. Eles haviam subestimado Alistair.

      Eles também não tinham tido qualquer razão para temer uma rebelião, pois haviam cercado completamente todos os navios de Erec. Na verdade, ao olhar para cima, Erec vê que o bloqueio do Império, com seus mil navios, ainda está intacto. Não há qualquer lugar para onde eles possam fugir.

      Quando mais trombetas soam e mais soldados do Império gritam no meio da noite, Erec pode ver as lanternas sendo acesas ao longo da frota. O Império, um dragão adormecido, está lentamente se organizando. Logo eles irão atacar os homens de Erec como uma serpente, estrangulando-os até a morte. Desta vez, Erec tem certeza, eles não terão qualquer tipo de piedade.

      Erec pensa rapidamente. Ele examina os navios do Império, procurando qualquer ponto fraco no bloqueio, um lugar com menos navios. Quando ele se vira e olha para trás, Erec vê um lugar onde os navios do Império estão mais espalhados, com espaços de quase vinte metros entre eles. Aquele é o ponto mais fraco do cerco, embora, mesmo assim, o bloqueio não seja fraco. Aquela é certamente a melhor opção e eles não têm escolha, a não ser tentar atravessar.

      "ESTENDAM AS VELAS!" Erec grita e, quando ele parte para a ação, suas ordens são repetidas e ecoam ao longo de toda a sua frota.

      As velas são içadas e os homens começam a remar; Erec fica em pé na proa, seguindo na frente com seu navio e seguido de perto por sua frota. Ele olha para a frente, guiando o seu navio para o ponto fraco do bloqueio. Ele só espera que eles possam chegar até lá rápido o suficiente, antes que todos os navios do Império percebam e fechem o cerco. Se eles apenas conseguirem passar, eles alcançarão mares abertos diante deles. Erec sabe que o Império os seguirá de perto e que aquela provavelmente será uma perseguição que não será capaz de ganhar.

      Ainda assim, ele tem que tentar. Alguns planos, até mesmo os planos mais imprudentes, são melhores do que sofrer a derrota e enfrentar a morte.

      "Vamos conseguir passar?" Diz uma voz.

      Erec se vira e vê Strom aproximando-se dele com a mão no punho de sua espada, ainda suja com o sangue dos soldados do Império que ele havia matado.

      Erec dá de ombros.

      "E por acaso temos escolha?" Ele responde.

      Strom olha para o horizonte e permanece ao lado dele, inflexível.

      "Quanto tempo até que eles percebam que estamos nos aproximando?"

      Eles têm a sua resposta quando uma flecha passa zunindo pelo ar ao lado de Erec e Strom e encontra o seu alvo em um dos homens de Erec, apenas alguns metros atrás deles. O homem grita e cai de costas, segurando a flecha no peito e tentando puxá-la com as duas mãos. Ele fica tremendo no chão até a morte.

      Outra flecha passa zunindo pelo ar, depois outra e mais outra. Erec e Strom não se abaixam e continuam em pé sem medo, recusando-se a mostrar medo.

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