Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Название Um Escudo De Armas
Автор произведения Морган Райс
Жанр Героическая фантастика
Серия Anel Do Feiticeiro
Издательство Героическая фантастика
Год выпуска 0
isbn 9781632912084



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o grito de guerra imediato de milhares de homens e o galope dos seus cavalos encheu seus ouvidos, enquanto eles avançavam logo atrás dele.

      Godfrey já se sentia tonto, o vento soprava seu cabelo e o vinho subia-lhe à cabeça, enquanto ele corria em direção a uma morte certa e se perguntava em que raios ele havia se metido.

      CAPÍTULO CINCO

      Thor estava montado em seu cavalo, de um lado estava seu pai e do outro, McCloud, Rafi se encontrava perto. Atrás deles havia dezenas de milhares de soldados do Império, era a principal divisão do exército de Andronicus, bem disciplinada e aguardando pacientemente as ordens de Andronicus. Todos permaneciam ali, no topo de uma colina, olhando para as Highlands e seus picos cobertos de neve. No topo das Highlands estava situada a cidade McCloud, Highlândia. Thor ficou tenso quando ele observou que milhares de soldados saíam da cidade e cavalgavam em direção a eles, preparando-se para a batalha.

      Aqueles não eram homens MacGil; nem soldados do Império. Eles usavam uma armadura que Thor reconhecia vagamente; mas quando ele apertou ainda mais o punho de sua nova espada, ele não tinha certeza de quem eles eram exatamente, ou por que eles estavam atacando.

      “Soldados McCloud. Meus ex-guerreiros.” McCloud explicou a Andronicus. “Todos bons soldados. Todos são homens que eu treinei e que lutaram comigo.”

      “Mas agora eles se viraram contra você.” Andronicus observou. “Eles marcham para batalhar contra você.”

      McCloud fez uma careta, sua aparência era grotesca, lhe faltava um olho e a metade de seu rosto estava marcada com o brasão do Império.

      “Me desculpe, meu senhor.” Ele disse. “Não é minha culpa. Isso é obra de meu filho, Bronson. Ele virou meu próprio povo contra mim. Se não fosse por ele, todos eles se juntariam a mim agora para defender sua grande causa.”

      “Não é por causa de seu filho.” Andronicus corrigiu, sua voz era fria como o aço, voltando-se para McCloud. “É porque você é um comandante fraco e um pai ainda mais fraco. A falha em seu filho é uma falha em você. Eu deveria saber que você seria incapaz de controlar seus próprios homens. Eu devia ter lhe matado há muito tempo.”

      McCloud engoliu em seco, nervoso.

      “Meu senhor, por favor, considere também que eles não estão apenas lutando contra mim, mas contra o senhor. Eles querem livrar o Anel do Império.”

      Andronicus abanou a cabeça e dedilhou seu colar de cabeças encolhidas.

      “Mas você está do meu lado agora.” Disse ele. “Então lutar contra mim é lutar contra você, também.”

      McCloud, carrancudo, desembainhou a espada para enfrentar o exército que se aproximava.

      “Eu vou lutar e matar todos e cada um dos meus homens.” Declarou ele.

      “Eu sei que você fará isso.” Andronicus disse. “Se você não fizer, eu mesmo o matarei. Não é que eu precise de sua ajuda. Meus homens podem causar muitíssimo mais dano do que você poderia sonhar – especialmente quando liderados por meu próprio filho, Thornicus.”

      Thor estava montado no cavalo, ouvindo vagamente todas as conversas, mas ao mesmo era como se ele não estivesse ouvindo nada daquilo. Ele estava atordoado. Sua mente fervilhava com pensamentos estranhos que ele não reconhecia, pensamentos que pulsavam através de seu cérebro e continuamente o lembravam da lealdade que ele devia ao seu pai; do seu dever de lutar pelo Império; de seu destino como o filho de Andronicus. Os pensamentos davam voltas em sua mente implacavelmente e por mais que Thor tentasse, ele era incapaz de limpar sua mente e concentrar-se em seus próprios pensamentos. Era como se ele tivesse sido tomado como refém dentro de seu próprio corpo.

      Quando Andronicus falava, cada uma de suas palavras transformava-se em uma sugestão e logo depois em uma ordem na mente de Thor. Então, de alguma forma, elas se convertiam em seus próprios pensamentos. Thor lutava, uma pequena parte dele tentava livrar sua mente daqueles sentimentos invasivos, para poder alcançar algum nível de clareza. Mas quanto mais ele lutava, mais difícil se tornava.

      Enquanto Thor estava ali montado em seu cavalo, olhando o exército entrante galopando pelas planícies, ele sentia o sangue em suas veias fluindo e tudo no que ele conseguia pensar era em sua lealdade ao seu pai; sua necessidade de esmagar qualquer um que estivesse no caminho de seu pai e em seu destino de governar o Império.

      “Thornicus, você está me ouvindo?” Andronicus espetou. “Você está preparado para testar a si mesmo numa batalha por seu pai?”

      “Sim, meu pai.” Thor respondeu, olhando para a frente. “Eu combaterei qualquer um que lute contra ti.”

      Andronicus sorriu largamente. Ele se virou e olhou para seus homens.

      “HOMENS!” Ele exclamou. “Chegou a hora de enfrentar o inimigo para livrar o Anel de seus sobreviventes rebeldes de uma vez por todas. Vamos começar com esses homens McCloud que ousam nos desafiar. Thornicus, meu filho, vai liderá-los na batalha. Vocês vão segui-lo como seguem a mim. Vocês vão dar suas vidas por ele como dariam por mim. Trair meu filho será como trair a mim!”

      “THORNICUS!” Andronicus gritou.

      “THORNICUS!” Entoaram em coro dez mil soldados do Império, atrás deles.

      Thor, encorajado, levantou a nova espada para o alto, a espada do Império que o seu amado pai lhe dera. Ele sentiu um poder que fluía através dela, o poder de sua linhagem, de seu povo, de tudo o que ele estava destinado a ser. Por fim, ele estava de volta para casa, de volta com o seu pai, mais uma vez. Por seu pai, Thor faria qualquer coisa. Até mesmo lançar-se para a morte.

      Thor soltou um grande grito de guerra enquanto esporava seu cavalo e ia avançando para o vale, ele seria o primeiro a batalhar. Atrás dele ouviu-se um grande grito de guerra, dezenas de milhares de homens o seguiram, todos eles estavam preparados para seguir Thornicus até a morte.

      CAPÍTULO SEIS

      Mycoples estava encolhida, enrolada dentro da imensa rede de Akron, incapaz de estirar seu corpo, ou bater suas asas. Ela encontrava-se no navio do Império e por mais que lutasse, ela não conseguia levantar o queixo, mover os braços nem expandir suas garras. Ela nunca tinha se sentido tão mal em sua vida, nunca havia sentido tanta falta de liberdade e de força. Ela estava enrolada em uma bola, seus olhos piscavam lentamente e ela estava muito desanimada, mais devido a Thor do que a si mesma.

      Mycoples podia sentir a energia de Thor, mesmo daquela grande distância, mesmo que seu navio navegasse através do mar, subindo e descendo as ondas monstruosas. O corpo dela subia e descia enquanto as ondas golpeavam o convés. Mycoples podia sentir que Thor estava mudando, tornando-se outra pessoa, deixando de ser o homem que ela havia conhecido. Seu coração estava partido. Ela não podia evitar sentir que de alguma maneira o havia desapontado. Ela tentou lutar mais uma vez, desejando muito ir até Thor para salvá-lo. Mas ela simplesmente não conseguia se libertar.

      Uma enorme onda golpeou o convés e as águas espumantes do Tartuvian deslizaram debaixo de sua rede, fazendo-a deslizar e bater com a cabeça no casco de madeira. Mycoples se encolheu e rosnou, ela já não tinha o espírito ou a força que costumava ter. Ela estava resignada com seu novo destino, sabendo que estava sendo levada para ser morta, ou pior ainda, para viver uma vida em cativeiro. Ela não se importava com o que acontecesse com ela. Ela só queria que Thor estivesse bem e que ela pudesse ter uma chance, apenas uma última chance, de poder vingar-se de seus agressores.

      “Aqui está ela! Ela deslizou pela metade do deck!” Gritou um dos soldados do Império.

      Mycoples sentiu uma pontada súbita e dolorosa nas escamas sensíveis de seu rosto, ela viu dois soldados do Império com lanças de nove metros de comprimento, cutucando-a a uma distância segura através da rede. Ela tentou investir contra eles, mas suas amarras a impediram. Ela rosnava enquanto eles a cutucavam uma e outra vez e riam, claramente divertidos.

      “Ela não é tão assustadora agora, não é?” Um deles perguntou ao outro.

      O outro riu, apontando sua lança perto de seu olho.