Maria Aparecida Ripari

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    Poesias de Maria

    Maria Aparecida Ripari

    POESIAS DE MARIA é a minha lágrima em gota 
    Que cai nas páginas deste livro singelo,
    Sem pretensão, sem beleza, cada verso adota 
    Da minha alma todo o meu amor e desvelo.


    São versos simples sem a formosa estética,
    Sem regras, sem normas, rudes e desatentos,
    Mesmo não contendo belas rimas e métrica 
    Foram escritos com todo o meu sentimento.


    Escrevi este livro em noites insones, encalmas,
    De rimas pobres, mas repleto de anseios.
    Nas suas páginas fulgurando o ardor d'alma 
    E do meu coração amoroso tanto enleio.


    Nenhum verso é belo ou perfeito,
    Mas todos retratam a minha vida,
    Que de tanto amor perfeito no peito,
    Revestem-se de pureza e ternura embelecida.


    Eu sei, que a poesia, para ser linda,
    Tem que ter rimas belas de modos diversos
    Para cantar a beleza do amor e ainda
    Ter métrica para que sejam perfeitos os versos.


    Tem que ter o riso e o soluço do amor 
    De quando a terra palpitante adormece 
    A tristeza e o silêncio da dor 
    Como se fosse do coração uma prece.




    Tem que ter as cores do firmamento,
    Do céu áureo, anilado e estrelado,
    Das flores fragrantes aromas e alentos  "E dos puros incensos, odores perfumados.


    Tem que ter a profundeza do mar,
    Os anseios inquietantes da natureza,
    Dos pássaros a sonoridade do gorjear 
    E da melodia, a enternecedora beleza.


    Tem que ter a suavidade da brisa 
    E a força violenta do furioso vento,
    A placidez do rio manso que desliza 
    E a magia do ocaso suave e lento.


    Tem que ter a ternura do doce beijo 
    O encanto do sorriso alegre e bonito,
    A insacidez do ardoroso desejo 
    Que arte no peito amante e aflito.


    Tem que ter o sal da lágrima pura,
    Das dores o sofrimento profundo,
    Das mãos a carinhosa, cálida ternura 
    E do olhar, o meigo brilho fecundo.
    O branco tem a claridade do dia 


    Quando os raios solares cintilam,
    O negro tem a beleza que preludia 
    A noite quando as estrelas brilham.

    Poesias de Maria

    Maria Aparecida Ripari

    POESIAS DE MARIA é a minha lágrima em gota 
    Que cai nas páginas deste livro singelo,
    Sem pretensão, sem beleza, cada verso adota 
    Da minha alma, todo o meu amor e desvelo.


    São versos simples sem a formosa estética,
    Sem regras, sem normas, rudes e desatentos,
    Mesmo não contendo belas rimas e métrica 
    Foram escritos com todo o meu sentimento.


    Escrevi este livro em noites insones, incalmas,
    De rimas pobres, mas repleto de anseios.
    Nas suas páginas fulgurando o ardor d'alma 
    E do meu coração amoroso, tanto enleio.


    Nenhum verso é belo ou perfeito,
    Mas todos retratam a minha vida,
    Que de tanto amor perfeito no peito,
    Revestem-se de pureza e ternura embelecida.


    Eu sei, que a poesia, para ser lida,
    Tem que ter rimas belas de modos diversos
    Para cantar a beleza do amor e ainda
    Ter métrica para que sejam perfeitos os versos.


    Tem que ter o riso e o soluço do amor 
    De quando a terra palpitante adormece 
    A tristeza e o silêncio da dor 
    Como se fosse do coração uma prece.


    Tem que ter as cores do firmamento,
    Do céu áureo, anilado e estrelado,
    Das flores fragrantes aromas e alentos  "E dos puros incensos, odores perfumados.


    Tem que ter a profundeza do mar,
    Os anseios inquietantes da natureza,
    Dos pássaros a sonoridade do gorjear 
    E da melodia, a enternecedora beleza.


    Tem que ter a suavidade da brisa 
    E a força violenta do furioso vento,
    A placidez do rio manso que desliza 
    E a magia do ocaso suave e lento.


    Tem que ter a ternura do doce beijo 
    O encanto do sorriso alegre e bonito,
    A insacidez do ardoroso desejo 
    Que arte no peito amante e aflito.


    Tem que ter o sal da lágrima pura,
    Das dores o sofrimento profundo,
    Das mãos a carinhosa, cálida ternura 
    E do olhar, o meigo brilho fecundo.


    O branco tem a claridade do dia 
    Quando os raios solares cintilam,
    O negro tem a beleza que preludia 
    A noite quando as estrelas brilham.


    A natureza é sábia, entende de vida, 
    Criou para o universo a noite e o dia;
    A noite é a continuidade interrompida 
    Do dia quando ele adormece e se esfria.


    Não existe dia se a noite não houver,
    Não há noite se antes não veio o dia,
    Mas os dois juntos, entrelaçados se quer, 
    Formam um par de vida que reinicia.
    " As cores são de diversas tonalidades 
    Diferentes, mas todas são muito bonitas, 
    Providas de sutis sensualidades,
    Todas são de uma beleza infinita.


    Se não houvesse a cor preta, escura,
    As outras cores não se sombrariam 
    E não havendo sombras nas figuras,
    Os desenhos e formas não se formariam.


    Na alma do branco mora a triste alegria 
    Que se enternece e beleza irradia,
    Na alma do negro mora a meiga melancolia 
    Que sensibiliza e traz terna magia.


    E com essa comparação singela 
    Mas com tanta sabedoria galante,
    As cores podem criar pessoas belas,
    O que isolado não tem tanto encanto.




    É que o branco não é o lírio belo 
    Como o negro não é o belo arbusto, 
    Contudo, os dois juntos em doce anelo, 
    São capazes de dar primorosos frutos.


    E esses frutos viçosos e fortes de fato,
    Que enfeitam da vida e os barrancos,
    São os formosos mestiços mulatos,
    Produto dos amores do negro com o branco.


    O tempo impiedoso tudo desbarata,
    Nada deixa dos belos e jovens anos, 
    Impiedosamente destrói e maltrata 
    Trazendo somente dolorosos danos.


    O tempo implacável tudo desgasta,
    Nunca perdoa os erros e os enganos, 
    Implacavelmente desfigura e mata  " As belezas e as forças pela corrida dos anos.


    Os estragos não ficam só no corpo,
    Pelo coração e n'alma se espalham,
    Não existe firme e seguro porto 
    Que o tempo não estraçalha.