O Conde De Edgemore. Amanda Mariel

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Название O Conde De Edgemore
Автор произведения Amanda Mariel
Жанр Исторические любовные романы
Серия
Издательство Исторические любовные романы
Год выпуска 0
isbn 9788835402596



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caminho muito longo para ir. O Fox Grove Hall fica ao virar da esquina. Eu posso me levar até lá. – disse Carstine.

      – Bobagem – ele insistiu, então encontrou o olhar dela com um sorriso confiante. – Blake Fox, Conde de Edgemore, a seu serviço. – Ele fez uma reverência. – Você deve ser a nova empregada de lady Minerva?

      Carstine estreitou os olhos nele. O homem tinha uma semelhança impressionante com Lady Minerva. Sua coloração era mais clara, mas o formato amendoado dos olhos e as maçãs do rosto eram exatamente iguais. Ela limpou a garganta.

      – É um prazer conhecê-lo, meu senhor, embora eu tema que esteja enganado sobre Lady Minerva.

      – Bobagem. – Ele acenou com a mão. – Minha irmã me esfolaria se eu deixasse sua criada na neve e machucada dessa forma. Venha. – Ele estendeu a mão para ela.

      Empregada? A palavra ecoou em sua mente, e Carstine estreitou os olhos. O que o faria pensar que ela era uma criada? Ela olhou para a saia molhada e as botas enlameadas. Ela podia estar um pouco desgrenhada, mas não era uma empregada doméstica.

      – Não seja teimosa. – Lorde Edgemore mexeu os dedos, impaciente. – Venha, eu vou ajudá-la a montar no cavalo.

      – Não. – Carstine balançou a cabeça. – Eu não vou cavalgar com você.

      – Mas é claro que você vai. Você é empregada de minha irmã e, portanto, é de minha responsabilidade. – Ele deu um passo para mais perto, a brisa fresca agitando as madeixas douradas penduradas perto de seus ombros. – Eu sei que você está acostumada com o frio, mas você congelará se ficar muito tempo fora. – Ele capturou o braço dela e a cutucou para ficar de pé. – Não seja teimosa.

      As bochechas de Carstine ardiam com calor furioso. Ela se afastou, depois se levantou.

      – Eu já disse . Não é nada. Sua assistência não é necessária.

      Ele a insultou, e ela não pôde deixar de ficar chateada. E o que ser escocês tinha a ver com alguma coisa? Ele achava que ela era menos que ele, por causa de sua herança? Foi por isso que decidiu que ela era uma criada?

      Estava na ponta da língua de Carstine corrigir suas crenças equivocadas. No entanto, o pensamento de ver sua presunção desmoronar uma vez que fossem apresentados corretamente se mostrou muito tentador, e ela engoliu em seco suas palavras.

      Ele mereceria a sua punição e o embaraço que certamente seguiria. Além do mais, ela se deliciaria com cada momento desconfortável que ele sofresse. Um sorriso estendeu seus lábios quando ela imaginou o olhar que, sem dúvida, atingiria seu belo rosto.

      Ela era uma moça vingativa, de fato.

      Carstine gritou quando o conde a levantou e a jogou na sela. Ela olhou para ele, o queixo erguido desafiadoramente.

      – Eu não vou cavalgar com você. – Ela começou a se abaixar para descer do cavalo, deslizando em direção à borda da sela. – Você não pode me forçar.

      Lorde Edgemore estendeu a mão, segurando sua cintura e mantendo-a no lugar.

      – Ouso dizer que não entendo sua objeção. Nem me importo. Não vou deixar você aqui para congelar, nem vou permitir que você intensifique sua lesão andando com esse tornozelo. – Ele olhou de relance para a bota dela. – Você vai cavalgar.

      – Não.

      – Isso é uma ordem. – Ele a segurou com mais firmeza na sela. – E eu te aviso agora, não aceitarei mais argumentos.

      Carstine bufou um suspiro irritado.

      – Então você vai guiar o cavalo – ela jogou as rédeas para ele. – Enquanto você caminha.

      A satisfação a inundou quando Lorde Edgemore tomou as rédeas e começou a conduzir o cavalo em direção à Fox Grove Hall. O lorde arrogante e presunçoso podia tê-la insultado, mas pelo menos nisso ela tinha o melhor dele. O conhecimento de que havia mais por vir melhorou bastante o humor dela.

      Carstine voltou sua atenção para o campo enquanto relaxava na sela. Ela logo teria sua plena vingança.

      CAPÍTULO 2

      Blake Fox, quarto Conde de Edgemore, levou seu cavalo Crusader e seu fardo raivoso pelo caminho até Fox Grove Hall. Ele estava totalmente decidido a entregar a mulher mal-humorada, se não bonita, à porta do criado, e depois se retirar para a sala de bilhar para pegar um conhaque tão necessário.

      Seus ossos estavam gelados até a medula. Sem dúvida, a mulher também sofria. Blake não pôde deixar de se perguntar se a mulher também gostava de conhaque. Se ela não estivesse tão irritada com ele, a convidaria para se juntar a ele para um copo.

      Ele arriscou um olhar para a sela do Crusader. Ela estava sentada na sela, com os braços cruzados sobre os abundantes seios e a cabeça erguida. Com base em sua aparência, ela estava lidando com o frio do inverno muito melhor do que ele. Talvez fosse a disposição zangada que a mantinha aquecida?

      Ele ouvira que as mulheres escocesas eram uma raça diferente, embora nunca acreditasse na provocação. Não quando os escoceses que conhecera não pareciam muito diferentes dos colegas ingleses, mas esta mulher…

      Ela era todo fogo e faísca, escondidos sob uma pele clara e olhos cativantes. Uma coroa de tranças de cabelos ruivos escuros criava o efeito de uma auréola no topo da cabeça da diabinha, enquanto seu rosto em forma de coração era igualmente enganador.

      Ele a queria.

      A constatação o assustou, e ele voltou sua atenção para o caminho. Mas então, por que ele não iria querer a moça? Ela era deslumbrante e ardente. Sem dúvida, a menina seria uma companheira de cama esplêndida.

      Supondo, é claro, que ele pudesse influenciar a opinião dela sobre ele.

      Encantando-a com o desejo de ele entrar em suas saias.

      Blake voltou o olhar para ela.

      – Qual é o seu nome?

      Ela sorriu como se guardasse um segredo e depois disse:

      – Senhorita Carstine Greer.

      – Ah, um nome bonito para uma mulher igualmente deslumbrante.

      Ela ergueu o queixo um pouco mais alto, a indignação nadando em seus brilhantes olhos verdes. Apesar de seu aparente desgosto pela bajulação dele, um pequeno sorriso curvou seus lábios.

      Blake não pôde deixar de provocá-la.

      – Parece que você não está acostumada a lisonjas. Uma pena, sem dúvida.

      – Pelo contrário, meu senhor. Sofri com muito mais elogios floridos do que qualquer mulher deveria. – Carstine sustentou seu olhar, seu olhar duro, mas não totalmente hostil.

      Naquele momento, ele se decidiu. A insolente Carstine estaria em sua cama no Natal. Ela estaria implorando por seus elogios e desejando seus beijos. Ela seria dele, e seria um feliz Natal, de fato.

      Pelo menos, um prazer imensamente agradável.

      – Querido Deus! O que aconteceu, Carstine?

      Blake parou ao ouvir o som agudo da voz de sua irmã Minerva. Ele girou um pouco para vê-la correndo na direção deles.

      – Por que você está montando o cavalo de Blake? Você está machucada? – Minerva gritou enquanto continuava na direção deles, seus cachos castanhos balançando a cada passo.

      – Escorreguei em um pedaço de gelo e torci o tornozelo. Apenas uma pequena torção. Não é nada. Curará rápido. –  respondeu Carstine.

      Blake virou-se para um lacaio que seguira Minerva de casa e disse:

      – Ajude a mulher a descer. Leve-a para abaixo das escadas e atenda-a com o que precisar.

      – Abaixo das escadas! –  Minerva gritou com indignação. –